Em Princesa, o zoadento proselitismo do poder público está dando lugar à silenciosa invasão do Coronavírus que está entrando na cidade, sorrateiramente, nas caladas da noite. Ontem, recebi um vídeo de um princesense anônimo, que mostra a chegada de um ônibus, lotado de trabalhadores vindos do corte de cana em São Paulo e entrando na cidade de madrugada. Segundo as imagens, o ônibus estacionou em frente ao Posto “São Sebastião”, no Bairro Maia e ali apearam vários homens - daqui e davizinha cidade Tavares – e, sem nenhum controle, entraram na cidade, sem cumprir os protocolos necessários como a aferição de temperatura e demais sintomas que podem ser decorrentes da COVID-19. Já que os mesmos vêm do estado de São Paulo, o epicentro do mal, região onde a doença já grassa sem pena, deveriam as autoridades de saúde, exercerem algum controle sobre essa chegada.
Isso está ocorrendo em Princesa porque o Poder Público não está cumprindo seu papel em exercer o controlenecessário. Em Tavares, há vários dias, todas as entradas da cidade estão sendo monitoradas pela Secretaria Municipal de Saúde daquela cidade, 24 horas por dia. Ninguém entra nem sai sem que os profissionais de saúde saibam de onde vêm e para onde vão, além da constatação quanto ao estado de saúde de cada um. Esse controle faz-se necessário, pois, o afrouxamento observado em Princesa está transformando a nossa cidade em porta de entrada para todos os municípios da região, uma vez que desembarcam aqui, onde não há controle algum, e migram para suas cidades de origem. Princesa, diante da falta de responsabilidade do poder público, é hoje um entreposto para a disseminação do Coronavírus. Urge que providências sejam tomadas imediatamente. Com a palavra o senhor prefeito municipal e sua equipe responsável pela nossa saúde.
(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 31 DE MARÇO DE 2020).
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