quinta-feira, 9 de abril de 2020

CADA MACACO NO SEU GALHO




Em tempos recentes, ou melhor, de 1985 para cá, após a redemocratização, tivemos 08 presidentes da República dando plantão no Palácio do Planalto. Cada um com suas peculiaridades. Durante esse período, todos merecerem da imprensa ou de segmentos populares, apelidos que os identificavam de acordo com o momento do qual participavam. A maioria desses epítetos se desvaneceuainda durante os respectivos mandatos de alguns deles. Os presidentes dos quais aqui falaremos, tiveram, apelidos elogiosos e também pejorativos. Estranhamente, a maioria dos que foram cognominados com alcunhas elogiosas, deram com os burros n’água, enquanto outros, que receberam apelidos com o intuito de ridicularizarem-nos, surpreendentemente, foram mais bem sucedidos. O Brasil tem dessas coisas, vez por outra, aparece um maluco ou uma maluca que emburacam ou são emburacados nas urnas sob a louvação popular e, via de regra, decepcionam a todos. Quanto aos mais discretos, menos contundentes, os resultados têm se apresentado mais condizentes com a expectativa do povo. Vejamos alguns exemplos:

De “Sir Ney” a FHC

Em março de 1985, o então vice-presidente eleito, José Sarney, assumiu o comando da Nação num momento de consternação pela doença do titular, Tancredo Neves, e tornou-se efetivo quando da morte deste em 21 de abril daquele ano. Foi Sarney quem criou o termo “liturgia do cargo” e, por isso, foi apelidado, por Millôr Fernandes, de “Sir Ney”. Esse presidente se não conseguiu abater a hiperinflação carrega o mérito de haver bancado, com sensatez, a redemocratização o Brasil. Depois de Sarney, veio Fernando Collor, o “Caçador de Marajás”. Entrou com tudo e não fez nada. Confiscou poupança, deu aula de arrogância social e incompetência política e foi cassado pelo Congresso Nacional. Em seguida, assumiu o então vice-presidente, Itamar Franco, o “Topete”. Assumiu em situação de crise, mas teve a acuidade de formar competente equipe econômica, criar o “Plano Real” e debelar a inflação. Só isso. Depois dele, veio o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, o “FHC” que implementou e manteve o “Plano Real”, criou a Lei de Responsabilidade Fiscal, privatizou um monte e, até hoje, seu governo é considerado como bom. 

De Lula ao “mito”

Em 1º de janeiro de 2003, assume a presidência daRepública, um operário: Lula. Este não tem alcunha porque ele já é o apelido. Afora isso, foi chamado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, de “O Cara”. Fez um governo voltado para as classes menos favorecidas, promoveu a inclusão social e patrocinou um dos maiores períodos de desenvolvimento econômico e social do país. Para garantir sustentação política, meteu e deixou meterem as mãos na cumbuca. Foi condenado e, até um dia desses, estava preso. Ainda no auge, Lula, impôs sua vontade e elegeu uma porta: Dilma Rousseff, a “Mãe do PAC!”, o animal mais obtuso que já chegou a assumir a maior magistratura do país. Esta dispensa comentários, pois, mesmo tida como “honesta”, do alto de sua incompetência, teve a capacidade de desmontar tudo o que o antecessor construiu menos o esquema de corrupção que a derrubou. Depois da anta, veio o “Vampiro”. Com a assunção de Michel Temer, os críticos se esbaldaram em apregoar, previamente, o desastre que seria seu governo dado sua suposta incapacidade administrativa. Erraram. Temer fez um governo regular quando promoveu o início da recuperação econômica e não foi mais longe porque suas estripulias do passado afloraram e ele se tornou refém de quase todos os que lhe rodeavam. Findou-se uma era. Lula foi preso; Dilma foi cassada; Sarney está quasecaducando; Collor às voltas com a justiça; FHC recluso ao lar; Itamar morto e Temer colhendo os “loures” de suas falcatruas. 2018: surgiu o “mito”. Eleito sem participar deum único debate televisivo; sem apresentar programa de governo, exceto gestos que incentivavam a violênciafazendo apologia dela; salvo por uma providencial peixeirada; venceu Bolsonaro, o salvador da “Pátria Amada Brasil”. Já se completam mais de um ano de sua administração e, até agora nada temos a comemorar, a não ser seu cuidado para que o Coronavírus não abata de morte a economia do Brasil, em detrimento da saúde do povo.


(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 09 DE ABRIL DE 2020).

Nenhum comentário:

Postar um comentário