Nunca, em tempo algum, se viu processo eleitoral mais
esquisito do que o que ora presenciamos. Situação por demais atípica. Começou
com as imposições provocadas pela Pandemia do Coronavírus, quando até a data
das eleições foram adiadas (de 04/10 para 15/11). Em Princesa, as atipicidades
se exacerbam, pois, enquanto nos demais municípios que compõem a nossa Região
Geoadministrativa, já está quase tudo definido, aqui está tudo se resolvendo
ainda. É sabido que são três os candidatos que postulam a prefeitura, e nenhuma
das chapas que deverão concorrer estão compostas ou definidas.
Do lado da situação, comandada pelo prefeito Ricardo Pereira
do Nascimento, a chapa que se anuncia é uma “mula sem cabeça”, tem definido o
nome do empresário, José Casusa, como candidato a vice-prefeito, mas há
indefinições quanto ao candidato a prefeito. O atual gestor insiste em dizer-se
candidato à reeleição, porém, todos sabem que Nascimento não pode concorrer
porque é condenado em segundo grau, por órgão colegiado. Essa indefinição
provoca especulações que envolvem vários nomes, que possivelmente serão
indicados para a titularidade da chapa do Cidadania: os atuais vereadores,
Garrancho ou Naldinha ou – o que é mais provável -, o jovem Romero Brás.
No seio das oposições as coisas se invertem. Enquanto ambos
os partidos (Democratas e PSDB) - que se opõem ao prefeito -, já lançaram suas
pré-candidaturas a prefeito há quase dois anos, nesse crucial momento do
afunilamento provocador de decisões urgentes, ainda se especula quem seriam seus
candidatos a vice-prefeito, ou se os dois se coligam, para juntos combaterem a
chapa do situacionismo. Na verdade, até agora, ninguém sabe de nada. É certo
que confabulações andam acontecendo em prol da união das oposições, o que
poderá trazer gratas surpresas à maioria da população e amargos dissabores ao
situacionismo, uma vez ser saber de todos que os dois pré-candidatos da
oposição (Alan Moura e Sidney Filho), juntos, reúnem um naco do eleitorado
suficiente para suplantar o projeto de continuidade do grupo que ora se
encontra no poder.
Diante disso, depreende-se que em havendo fumaça preta, as
misteriosas eleições deste ano serão renhidas. Em caso de fumaça branca – o que
é desejo da maioria da população princesense -, o pleito será um passeio. Todos
no aguardo de um desfecho alvissareiro para Princesa. Habemus Juízo?
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