ODE

sábado, 12 de setembro de 2020

ELEIÇÕES MISTERIOSAS

 



Nunca, em tempo algum, se viu processo eleitoral mais esquisito do que o que ora presenciamos. Situação por demais atípica. Começou com as imposições provocadas pela Pandemia do Coronavírus, quando até a data das eleições foram adiadas (de 04/10 para 15/11). Em Princesa, as atipicidades se exacerbam, pois, enquanto nos demais municípios que compõem a nossa Região Geoadministrativa, já está quase tudo definido, aqui está tudo se resolvendo ainda. É sabido que são três os candidatos que postulam a prefeitura, e nenhuma das chapas que deverão concorrer estão compostas ou definidas.

Do lado da situação, comandada pelo prefeito Ricardo Pereira do Nascimento, a chapa que se anuncia é uma “mula sem cabeça”, tem definido o nome do empresário, José Casusa, como candidato a vice-prefeito, mas há indefinições quanto ao candidato a prefeito. O atual gestor insiste em dizer-se candidato à reeleição, porém, todos sabem que Nascimento não pode concorrer porque é condenado em segundo grau, por órgão colegiado. Essa indefinição provoca especulações que envolvem vários nomes, que possivelmente serão indicados para a titularidade da chapa do Cidadania: os atuais vereadores, Garrancho ou Naldinha ou – o que é mais provável -, o jovem Romero Brás.

No seio das oposições as coisas se invertem. Enquanto ambos os partidos (Democratas e PSDB) - que se opõem ao prefeito -, já lançaram suas pré-candidaturas a prefeito há quase dois anos, nesse crucial momento do afunilamento provocador de decisões urgentes, ainda se especula quem seriam seus candidatos a vice-prefeito, ou se os dois se coligam, para juntos combaterem a chapa do situacionismo. Na verdade, até agora, ninguém sabe de nada. É certo que confabulações andam acontecendo em prol da união das oposições, o que poderá trazer gratas surpresas à maioria da população e amargos dissabores ao situacionismo, uma vez ser saber de todos que os dois pré-candidatos da oposição (Alan Moura e Sidney Filho), juntos, reúnem um naco do eleitorado suficiente para suplantar o projeto de continuidade do grupo que ora se encontra no poder.

Diante disso, depreende-se que em havendo fumaça preta, as misteriosas eleições deste ano serão renhidas. Em caso de fumaça branca – o que é desejo da maioria da população princesense -, o pleito será um passeio. Todos no aguardo de um desfecho alvissareiro para Princesa. Habemus Juízo?


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