As eleições do ano passado, em Princesa, foram movimentadas
demais. Para quem gosta de fatos novos e de coisas inusitadas, foram um prato cheio.
Por isso que digo sempre: em Princesa, em se tratando de política, pode-se
morrer de qualquer coisa, menos de tédio. Não bastasse a situação precária em
que o prefeito, Ricardo Pereira do Nascimento, assumiu esse segundo mandato,
caiu este na besteira de abdicar do uso do poder que as urnas lhe concederam,
quando não determinou quem seria o presidente da Câmara Municipal, optando por
um sorteio. Talvez, se esse sorteio tivesse sido feito naquela caixa
transparente, que a Rádio Princesa usa nos debates, a coisa poderia ter dado
certo. Mas, não. Foi sorteada a vereadora Cleonice Henriques que, mesmo sendo
aliada de Nascimento, não goza de sua completa confiança, não é do núcleo duro
do poder. Imaginando estar agradando a todos ou exercitando democracia, está
agora, o prefeito, em situação complicadíssima.
Como é saber de todos, o prefeito governa amparado por uma
liminar que, precária, pode cair a qualquer momento. Em acontecendo isso, quem
assume a cadeira de prefeito, interinamente, é a presidente da Câmara Municipal
e, se confirmando a inelegibilidade de Nascimento, novas eleições terão de
acontecer dentro de 90 dias. No exercício da interinidade, a vereadora
Cleonice, aliada do prefeito, é sim a candidata natural a concorrer nas urnas.
Nada poderá impedi-la de reivindicar esse direito, principalmente, considerando
que o jornalista e aliado de Nascimento, Tião Lucena, já disse que não há
nenhum dos aliados do prefeito que esteja preparado para tal. Ademais, Cleonice
tem dois vereadores que lhe apoiam incondicionalmente, que são Ivonete Limeira
e Alaelson Henriques; tem os irmãos (ricos empresários) que, certamente, não vão
deixar o cavalo passar selado sem que nele montem.
Diante do exposto, constata-se que são vários os fatores que
conspiram contra o prefeito e a favor da grife Gino’s. Confabulações familiares
já estão sendo realizadas para engrossar o gogó da nova presidente que, diga-se
em verdade, seu mandato foi conseguido a duras penas por méritos valiosos
somente seus e de alguns parentes. É fato também que o senhor prefeito não
tinha nenhum interesse em sua eleição, mesmo porque, em que pese ser Cleonice
aliada de Nascimento, nunca foi depositária de muita confiança, tampouco de
prestígio pelo chefe do Poder Executivo. Será que pelo fato de não haver tomado
conta do galinheiro, chegou a hora do troco? Será que o tiro que Nascimento deu
no pé, pode ser traduzido num tiro de misericórdia? Logo, logo, saberemos.
Avante Crêu de Gino!
DSMR, em 08 de janeiro de 2021
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