quarta-feira, 17 de março de 2021

SEIS POR MEIA-DÚZIA

 




É chato fazer uma avaliação prévia. O correto é deixar o menino nascer para ver o que vai acontecer. Nesse governo Bolsonaro, porém, nada nos surpreende porque nada muda. Tudo é previsível dentro do contexto que é a balbúrdia dessa administração maluca. A troca do Ministro da Saúde nada mais foi do que uma satisfação dada aos próprios aliados, que também não aguentavam mais a incompetência do obediente general Pazuello. Os do chamado “centrão”, indicaram vários nomes, mas o presidente Bolsonaro preferiu abençoar o nome indicado pelo filho nº 01 (aquele das rachadinhas).

O presidente da República tirou um títere e botou um fantoche. Isso mesmo. No discurso de transmissão do cargo, o sainte Pazuello, afirmou que não estava havendo transição, mas sim, continuação, pois, o governo era um só: o do presidente Bolsonaro. Em consonância com isso, o entrante, Marcelo Queiroga, fez seu verso obedecendo ao mesmo mote, quando disse: “a política de saúde é a do governo e não a do ministro”. Ou seja, nada mudará, somente a subserviência que trocará de cara, os cordões que manipularão o novo boneco serão os mesmos.

Nesse gravíssimo momento por que passa o país, acometido dessa terrível e devastadora doença que é a Cocid-19, é desalentador saber que a orientação, no Ministério que tem o condão de coordenar ações no combate à Pandemia, continuará sendo ado presidente negacionista. Quecompetência tem, Bolsonaro, para elaborar políticas de saúde? Receitar Hidróxido de Cloroquina e Ivermectina? Promover aglomerações? Desestimular o uso de máscaras?Dizer que a vacina provoca efeitos colaterais?

O ideal era que o presidente nomeasse um ministro competente, com autonomia para trabalhar, desse-lhe um tempo e, após avaliação do seu trabalho, tomasse as providências necessárias. O momento não é de brincadeira, são pessoas que estão morrendo aos montes, a saúde do país está em colapso, as vacinas são insuficientes. Urge que sejam tomadas as providências necessárias. O Brasil não pode mais esperar, nem podemos ter mais um Ministro da Saúde sem autonomia para agir em prol do combate à pandemia. Nesse jogo de números, seis por meia-dúzia significa quase 300 mil brasileiros mortos.

DSMR, em 17 de março de 2021.

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