É chato fazer uma avaliação prévia. O correto é deixar o
menino nascer para ver o que vai acontecer. Nesse governo Bolsonaro, porém,
nada nos surpreende porque nada muda. Tudo é previsível dentro do contexto que
é a balbúrdia dessa administração maluca. A troca do Ministro da Saúde nada
mais foi do que uma satisfação dada aos próprios aliados, que também não
aguentavam mais a incompetência do obediente general Pazuello. Os do chamado
“centrão”, indicaram vários nomes, mas o presidente Bolsonaro preferiu abençoar
o nome indicado pelo filho nº 01 (aquele das rachadinhas).
O presidente da República tirou um títere e botou um
fantoche. Isso mesmo. No discurso de transmissão do cargo, o sainte Pazuello,
afirmou que não estava havendo transição, mas sim, continuação, pois, o governo
era um só: o do presidente Bolsonaro. Em consonância com isso, o entrante,
Marcelo Queiroga, fez seu verso obedecendo ao mesmo mote, quando disse: “a política de saúde é a do governo e não a
do ministro”. Ou seja, nada mudará, somente a subserviência que trocará de
cara, os cordões que manipularão o novo boneco serão os mesmos.
Nesse gravíssimo momento por que passa o país, acometido
dessa terrível e devastadora doença que é a Cocid-19, é desalentador saber que
a orientação, no Ministério que tem o condão de coordenar ações no combate à
Pandemia, continuará sendo ado presidente negacionista. Quecompetência tem,
Bolsonaro, para elaborar políticas de saúde? Receitar Hidróxido de Cloroquina e
Ivermectina? Promover aglomerações? Desestimular o uso de máscaras?Dizer que a
vacina provoca efeitos colaterais?
O ideal era que o presidente nomeasse um ministro competente,
com autonomia para trabalhar, desse-lhe um tempo e, após avaliação do seu
trabalho, tomasse as providências necessárias. O momento não é de brincadeira,
são pessoas que estão morrendo aos montes, a saúde do país está em colapso, as
vacinas são insuficientes. Urge que sejam tomadas as providências necessárias.
O Brasil não pode mais esperar, nem podemos ter mais um Ministro da Saúde sem
autonomia para agir em prol do combate à pandemia. Nesse jogo de números, seis
por meia-dúzia significa quase 300 mil brasileiros
mortos.
DSMR, em 17 de março de 2021.
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