terça-feira, 8 de junho de 2021

A COPA DA DISCÓRDIA

Já a chamaram de “copa da morte”, “copandemia”... Até mascote já criaram ironizando um dos ícones desses tempos de Pandemia: “Pazuelito”. A Copa América, que a Argentina, o Chile e a Colômbia rejeitaram sediá-la por causa da Covid-19, teve guarida no Brasil. Por iniciativa de Rogério Caboclo (o presidente da CBF, afastado do cargo por graves denúncias de assédio sexual), com a anuência do presidente Bolsonaro, a 47ª edição do torneio,será realizada no Brasil. Essa decisão está causando o maior rebuliço, tanto no âmbito do futebol quanto nos meios políticos. O técnico da Seleção Brasileira já avisou que não concorda com a realização desse evento esportivo nesse tempo de Pandemia. Mesmo assim, os jogadores da Seleção Brasileira decidiram, ontem, que, mesmo sendo críticos da decisão presidencial, participarão da competição.Quanto aos políticos, principalmente os que fazem parte da CPI da Pandemia, são, em sua maioria contra a realização do certame em solo nacional.

Preventivamente, de acerto com o presidente afastado da CBF, Bolsonaro já avisara que, se Tite retirasse o escrete Canarinho da Copa América, deveria ser ele retirado do comando da Seleção. Isso lembra a Copa do Mundo de 1970 quando o treinador, João Saldanha, comunista de carteirinha,por determinação dos generais da ditadura militar, foi substituído por Zagalo. Seria essa a intenção de Bolsonaro?Um presidente que, como um Rei Midas ao contrário, igual a macaco em loja de louças, em tudo o que se mete, cria problemas sérios. Na verdade, a intenção do “mito”, que despenca em sua popularidade, é a de tirar a atenção do povo de seu destrambelhado governo e aproveitar a quadra para focar os interesses em algo que possa anestesiar a população. Além do mais, Bolsonaro encontrou uma oportunidade de ouro para fustigar a Rede Globo, quando concede ao SBT os direitos da transmissão dos jogos. Em termos de criar discórdias, o nosso Jair é craque.




Nenhum comentário:

Postar um comentário