Já a chamaram de “copa da morte”, “copandemia”...
Até mascote já criaram ironizando um dos ícones desses tempos de Pandemia:
“Pazuelito”. A Copa América, que a Argentina, o Chile e a Colômbia rejeitaram
sediá-la por causa da Covid-19, teve guarida no Brasil. Por iniciativa de
Rogério Caboclo (o presidente da CBF, afastado do cargo por graves denúncias de
assédio sexual), com a anuência do presidente Bolsonaro, a 47ª edição do
torneio,será realizada no Brasil. Essa decisão está causando o maior rebuliço,
tanto no âmbito do futebol quanto nos meios políticos. O técnico da Seleção
Brasileira já avisou que não concorda com a realização desse evento esportivo
nesse tempo de Pandemia. Mesmo assim, os jogadores da Seleção Brasileira
decidiram, ontem, que, mesmo sendo críticos da decisão presidencial,
participarão da competição.Quanto aos políticos, principalmente os que fazem
parte da CPI da Pandemia, são, em sua maioria contra a realização do certame em
solo nacional.
Preventivamente, de acerto com o presidente afastado da CBF,
Bolsonaro já avisara que, se Tite retirasse o escrete Canarinho da Copa
América, deveria ser ele retirado do comando da Seleção. Isso lembra a Copa do
Mundo de 1970 quando o treinador, João Saldanha, comunista de carteirinha,por
determinação dos generais da ditadura militar, foi substituído por Zagalo. Seria
essa a intenção de Bolsonaro?Um presidente que, como um Rei Midas ao contrário,
igual a macaco em loja de louças, em tudo o que se mete, cria problemas sérios.
Na verdade, a intenção do “mito”, que despenca em sua popularidade, é a de
tirar a atenção do povo de seu destrambelhado governo e aproveitar a quadra
para focar os interesses em algo que possa anestesiar a população. Além do
mais, Bolsonaro encontrou uma oportunidade de ouro para fustigar a Rede Globo,
quando concede ao SBT os direitos da transmissão dos jogos. Em termos de criar
discórdias, o nosso Jair é craque.
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