quarta-feira, 21 de julho de 2021

A HIPOCRISIA DO FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHAS ELEITORAIS

De todo jeito eles passam a perna no povo. Quando da última reforma eleitoral, os deputados e senadores proibiram o financiamento de campanhas eleitorais com dinheiro da iniciativa privada e criaram o Fundo Partidário, mais conhecido como “fundão”. Ou seja, dinheiro público para financiar as campanhas eleitorais.

Gostaram da farra, e agora, insatisfeitos com os 2 bilhões de reais destinados para esse tal financiamento, acabam de consignar na LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias, um aumento de quase 200%. O “fundão” turbinado passará a ser de 5,8 bilhões de reais. Isso mesmo, um valor equivalente ao orçamento da maioria dos ministérios federais.

Não bastasse esse descaramento, manobraram da seguinte forma: deputados e senadores votaram pelo estratosférico aumento e, o presidente da República já anunciou que vai vetar essa lei. Só que reside aí uma artimanha. O presidente veta e os congressistas derrubam o veto presidencial que será votado juntamente com outros projetos que camuflarão o “fundão”.

A prova da falcatrua é tanta, que até os dois filhos do presidente Bolsonaro, Eduardo e Flávio, deputado federal e senador, respectivamente, votaram a favor do mesmo “fundão” que o papai vai vetar. O mais grave é que essa dinheirama é administrada pelos presidentes dos vários partidos políticos e serve, principalmente, pata financiar as campanhas dos que já são deputados e senadores. É, portanto, uma farra combinada de cima a baixo, enquanto um monte de brasileiros desempregados passa fome. Mesmo assim, a hipocrisia persiste quando não impede a mistura do dinheiro privado com o público no financiamento de campanhas operando em caixa 2.




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