A cada sessão da CPI da Covid o cerco se fecha mais para o
Governo. Os depoimentos, a cada dia mais surpreendentes, não param de trazer
novidades que complicam cada vez mais a situação do presidente Bolsonaro. Este,
calado sobre as denúncias de corrupção capitaneadas – segundo os irmãos Miranda
-, pelo deputado federal e líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros,
demonstra estar completamente acuado diante de tantas denúncias.
Ontem, com o depoimento do cabo da Polícia Militar mineira,
Luís Paulo Dominguetti, a coisa ficou mais complicada ainda. Ao apresentar um
áudio tentando descredenciar o deputado Luiz Miranda, que denunciou suspeitas
de corrupção ao próprio presidente, após constatação de que a gravação era
fraudada, ficou no ar quais as verdadeiras intenções dessa manobra.
Esse procedimento deu munição aos senadores da oposição, no
sentido de conjecturarem que o depoimento de Dominguetti foi algo plantado pelo
governo para tumultuar as investigações. Exacerbam-se com isso, as quebras de
sigilos, a apreensão de celulares, enfim, as desconfianças de que o governo do
presidente Bolsonaro tem algo a esconder e que teme o desfecho final dos
trabalhos da CPI. Bolsonaro, que foi ferido pela espada na primeira campanha, tem
agora uma cruz para carregar nesse calvário que se anuncia longo e tenebroso.
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