quarta-feira, 28 de julho de 2021

FALANDO DE ARTE

 


Cinco moças de Guaratinguetá

1930, ÓLEO SOBRE TELA, 90,5 x 70 CM – Doação Frederico Barata, 1947

Na juventude, Di Cavalcanti frequentou ateliês e se tornou ilustrador e editor de arte em periódicos como a revista Panóplia (1918). Foi um dos principais idealizadores da Semana de Arte Moderna de 1922, marca inaugural do modernismo no Brasil. Em 1923, mudou-se para Paris e lá conheceu os cubistas Fernand Léger (1881-1955) e Georges Braque (1882-1963), deixando-se influenciar pelo desenho estilizado e a construção geométrica das cenas. De volta ao Brasil, e filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCB), foi um dos principais agitadores do debate artístico e intelectual de São Paulo, em especial por sua atuação no Clube dos Artistas Modernos (CVAM), que ajudou a fundar em 1932. Ele defendia o sentido político e histórico da figuração, que via como ferramenta para representar temas e personagens brasileiros. Cinco moças de Guaratinguetá (1930) é uma de suas obras mais importantes. As cinco figuras aprumadas, com tons de pele e vestidos de diferentes cores, ocupam todos os planos da pintura, cada qual com seu caráter. As áreas de cor em cada corpo e no cenário são bastante marcadas, com gradações que dão volume e profundidade. Anônimas, as moças interioranas demonstram como o imaginário popular ocupava um lugar central na arte brasileira durante o modernismo.(Extraído do Guia do MASP – Museu de Arte de São Paulo).




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