quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Golpe Militar? Risco zero

 


Os chamados Bolsominions se comprazem com as asneiras proferidas pelo presidente Bolsonaro. Esperançosos de que seja dado um golpe militar para eternizar o “mito” no poder, os devotos, retardatários como bem nominou o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, perdem seu tempo com essa perspectiva.

Primeiramente, golpe militar na América Latina é algo démodée. Segundo, para isso acontecer, seus promotores teriam de contar com a simpatia de pelo menos a metade da população e com apoios dos segmentos da sociedade civil, da Igreja, etc. Sem falar na necessária bênção do Tio Sam.

O que aconteceu em 1964 foi resultado de um caldo de cultura muito peculiar. O país estava em completa desordem política. Embora não fosse plausível, havia motivos para que os militares desconfiassem de conspirações comunistas, isso estava na moda. Ademais, a classe média, com o respaldo da Igreja Católica, aderiu completamente ao movimento golpista.

Hoje, a situação é bem outra. Mesmo porque, Donald Trump não está mais no comando da “polícia do mundo” (EUA). Negacionista em tudo, Jair Bolsonaro, ao esnobar a vitória eleitoral do presidente americano, Joe Biden, ganhou a antipatia deste o que, com certeza não lhes permitirá receber sua bênção para uma empreitada golpista.

Somado a tudo isso, o que vemos hoje, são reações enérgicas dos demais poderes da República contra esse bravatismo autoritário e ridículo do presidente. Faço minhas as palavras do senador Tasso Jereissati, quando diz que o primarismo de Bolsonaro não combina com o cargo que ocupa. A estratégia autoritária do “bozo”, sem perspectivas, poderá sim, lhe custar fragorosa derrota nas urnas de 2022.




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