Os chamados Bolsominions se comprazem com as asneiras proferidas pelo presidente Bolsonaro. Esperançosos de que seja dado um golpe militar para eternizar o “mito” no poder, os devotos, retardatários como bem nominou o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, perdem seu tempo com essa perspectiva.
Primeiramente, golpe militar na América Latina é algo démodée. Segundo, para isso acontecer,
seus promotores teriam de contar com a simpatia de pelo menos a metade da
população e com apoios dos segmentos da sociedade civil, da Igreja, etc. Sem
falar na necessária bênção do Tio Sam.
O que aconteceu em 1964 foi resultado de um caldo de cultura muito
peculiar. O país estava em completa desordem política. Embora não fosse
plausível, havia motivos para que os militares desconfiassem de conspirações
comunistas, isso estava na moda. Ademais, a classe média, com o respaldo da
Igreja Católica, aderiu completamente ao movimento golpista.
Hoje, a situação é bem outra. Mesmo porque, Donald Trump não
está mais no comando da “polícia do mundo” (EUA). Negacionista em tudo, Jair
Bolsonaro, ao esnobar a vitória eleitoral do presidente americano, Joe Biden,
ganhou a antipatia deste o que, com certeza não lhes permitirá receber sua
bênção para uma empreitada golpista.
Somado a tudo isso, o que vemos hoje, são reações enérgicas
dos demais poderes da República contra esse bravatismo autoritário e ridículo
do presidente. Faço minhas as palavras do senador Tasso Jereissati, quando diz
que o primarismo de Bolsonaro não combina com o cargo que ocupa. A estratégia autoritária
do “bozo”, sem perspectivas, poderá sim, lhe custar fragorosa derrota nas urnas
de 2022.
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