É saber de todos que o senador, Tasso Jereissati (PSDB/CE),
se apresenta como pré-candidato à presidência da República nas eleições que
acontecerão no próximo ano. Por isso, foi por todos considerado muito estranho
o encontro do presidenciável e senador cearense com o ex-presidente Lula, no
último domingo, ocorrido em Fortaleza. Não se sabe o que conversaram. Porém, a
esquisitice persiste, uma vez serem, os dois, quadros importantes dos dois
partidos (PT e PSDB), que antagonizam na política brasileira desde 1994.
É notória a polarização da pré-disputa eleitoral, em busca da
principal cadeira do Palácio Planalto, entre Lula e o presidente Jair
Bolsonaro. É certo também que as atuais pesquisas de opinião, indicam ampla
vantagem para o pré-candidato do PT. Talvez isso seja o motor para que
políticos representantes da chamada “terceira via” – quase todos adversários do
presidente da República -, confabulem com Lula por nele veem a real
possibilidade de impedir uma reeleição de Bolsonaro.
É claro que Jair Bolsonaro detém ainda um naco importante do
eleitorado brasileiro; algo em torno de 30%, principalmente nas regiões Norte,
Sul e Centro-Oeste. Lula se viabiliza eleitoralmente mais no Nordeste e vem
crescendo no Sudeste. Além do que indica esse cenário - no caso do senador
Jereissati, contribui também, para essa aproximação, além do panorama que
favorece a polarização acima citada, a declaração do ex-presidente, FHC, que
admite sim, votar em Lula num eventual segundo turno, se o outro candidato for
Bolsonaro.
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