O irritado discurso de Nascimento não justificou o salário turbinado

No último sábado, discursando através da Rádio chapa-branca, o prefeito de Princesa não convenceu quanto à percepção de um dos maiores salários do Brasil. Muito irritado, Nascimento, justificou a mamata financeira dizendo que ganha bem porque trabalha muito. Será que o nosso gauleiter trabalha mais do que o governador da Paraíba? Será que a labuta de Nascimento é superior à do prefeito do Rio de Janeiro, que governa uma metrópole de mais de 5 milhões de habitantes? A irritação de Nascimento dá-se porque ele detesta ver suas estripulias tornadas públicas. Ele vende uma imagem de correto quando todo mundo sabe do seu passado e do que ele faz no presente.

Se a coisa fosse honesta, bastaria que o prefeito dissesse que seu salário foi legalmente aumentado e pronto. O problema é que a coisa denota estar eivada de irregularidades. Senão vejamos: foi convocada uma sessão extraordinária da Câmara Municipal somente para a votação da lei que aumentou os salários do prefeito e do vice; pelo menos dois dos vereadores de oposição (Erivolnado e Alan Moura), não foram comunicados dessa reunião; a votação foi feita em 30 de março, tudo indica, para escapar da Lei Complementar Nº 173/2020 que em seu art. 8º proíbe a concessão de quaisquer aumentos salariais a cargos públicos nesse período de pandemia.

Ficam no ar algumas perguntas que não querem calar e, talvez, somente serão respondidas pela Justiça. Por que essa pressa toda em conceder esse reajuste? Por que não foi dada ciência aos vereadores da oposição? Será que foi elaborada uma ata com data retroativa? Ademais, por que essa irritação toda de Nascimento? Será que a irregularidade de que desconfiamos é verdadeira? Este blog já tem a informação, de que os dois vereadores esquecidos, entrarão na justiça para que tudo isso seja devidamente apurado e esclarecido. Quanto ao comportamento do prefeito, na rádio, atirando para todos os lados, isso denota que o tiro da denúncia não saiu pela culatra, mas sim atingiu a jugular de Nascimento que, aperreado demais, tenta justificar o injustificável atacando os adversários.