Sem sombra de dúvida é a política, a atividade mais dinâmica
que existe. Nada se compara aos movimentos que comandam a política partidária.
Nenhuma outra atividade humana é tão rápida, fugaz, inusitada, efêmera, etc. Na
política acontece de tudo, inclusive nada, e tudo nela é possível. Por isso os
dizeres a seu respeito: “Em política boi voa” e, “Em política, pode-se morrer
de qualquer coisa, menos de tédio”. Nela [na política] nada faz a diferença e
tudo pode ser igual até que se prove o contrário.
Exemplos são vários, principalmente, os que envolvem agentes
políticos da maior relevância. O exemplo mais acabado, é o ex-presidente Lula.
Este, governou o Brasil por oito anos consecutivos, “elegeu” sua sucessora e,
em menos de dez anos após deixar a presidência da República, acusado de
corrupção, foi preso e passou mais de 500 dias trancafiado. Solto, hoje lidera
todas as pesquisas de intenção de votos para a presidência da República.
Isso não acontece somente com os grandes nomes da política
nacional, mas sim, por todo o território nacional. Muitos, que já foram
elevados aos mais altos cargos eletivos, hoje se encontram no completo
ostracismo. Isso demonstra a dinamicidade da política. O que estava vivo ontem,
apodrece hoje e, o que estava morto, como uma fênix, ressurge das cinzas com
toda a força. Mesmo porque, nenhuma liderança política exerce cargos por nomeação,
mas sim, por eleição e o juiz de tudo isso, é o povo.
Daí não caber arrogância, hipocrisia nem mentiras no
exercício do poder político. Tudo isso é detectado pelo povo que, antenado,
sabe a hora de dizer “sim” e a de dizer “não”. O poder político é
circunstancial e, no mais das vezes, efêmero. Aqueles que acreditam que o poder
emana de si próprios, dão com os burros n’água porque não entendem que são
apenas hospedeiros e instrumentos desse poder. A obsequiosa outorga concedida
pelo povo é reavaliada constantemente.
A única certeza que o poder traz é a de que, com ele ou quando
se deixa de tê-lo, a solidão é uma companheira certa. No exercício do poder
estamos sempre sós, mesmo quando rodeados de áulicos e aproveitadores. Fora
dele [do poder], a solidão é mais confortável porque desacompanhada. Para os
que não estão preparados para isso, o sofrimento é dobrado. Tudo isso faz parte
da ânsia do homem pela voluptuosidade do poder. Afinal, o movimento é sexy.
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