ODE

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

A dinamicidade da política

Sem sombra de dúvida é a política, a atividade mais dinâmica que existe. Nada se compara aos movimentos que comandam a política partidária. Nenhuma outra atividade humana é tão rápida, fugaz, inusitada, efêmera, etc. Na política acontece de tudo, inclusive nada, e tudo nela é possível. Por isso os dizeres a seu respeito: “Em política boi voa” e, “Em política, pode-se morrer de qualquer coisa, menos de tédio”. Nela [na política] nada faz a diferença e tudo pode ser igual até que se prove o contrário.

Exemplos são vários, principalmente, os que envolvem agentes políticos da maior relevância. O exemplo mais acabado, é o ex-presidente Lula. Este, governou o Brasil por oito anos consecutivos, “elegeu” sua sucessora e, em menos de dez anos após deixar a presidência da República, acusado de corrupção, foi preso e passou mais de 500 dias trancafiado. Solto, hoje lidera todas as pesquisas de intenção de votos para a presidência da República.

Isso não acontece somente com os grandes nomes da política nacional, mas sim, por todo o território nacional. Muitos, que já foram elevados aos mais altos cargos eletivos, hoje se encontram no completo ostracismo. Isso demonstra a dinamicidade da política. O que estava vivo ontem, apodrece hoje e, o que estava morto, como uma fênix, ressurge das cinzas com toda a força. Mesmo porque, nenhuma liderança política exerce cargos por nomeação, mas sim, por eleição e o juiz de tudo isso, é o povo.

Daí não caber arrogância, hipocrisia nem mentiras no exercício do poder político. Tudo isso é detectado pelo povo que, antenado, sabe a hora de dizer “sim” e a de dizer “não”. O poder político é circunstancial e, no mais das vezes, efêmero. Aqueles que acreditam que o poder emana de si próprios, dão com os burros n’água porque não entendem que são apenas hospedeiros e instrumentos desse poder. A obsequiosa outorga concedida pelo povo é reavaliada constantemente.

A única certeza que o poder traz é a de que, com ele ou quando se deixa de tê-lo, a solidão é uma companheira certa. No exercício do poder estamos sempre sós, mesmo quando rodeados de áulicos e aproveitadores. Fora dele [do poder], a solidão é mais confortável porque desacompanhada. Para os que não estão preparados para isso, o sofrimento é dobrado. Tudo isso faz parte da ânsia do homem pela voluptuosidade do poder. Afinal, o movimento é sexy.




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