sábado, 4 de dezembro de 2021

Alheio à verdadeira realidade, Bolsonaro continua esnobando

Posando de liderança, o presidente Jair Bolsonaro, em seu discurso por ocasião de sua filiação ao PL, na última terça-feira (30), afirmou: “Tiramos o Brasil da esquerda”. Acha ele [Bolsonaro], que o mérito foi exclusivamente seu e não das circunstâncias daquele momento político. À época, tudo convergiu para aquele resultado eleitoral.

É certo que o discurso anticorrupção aliado à promessa de acabar com a velha política do toma-lá-dá-cá, promovida pelo chamado “centrão”, contribuiu e muito para o êxito eleitoral do presidente. O sentimento antipetismo que vigorava naquele momento era um caldo de cultura para o surgimento de um novo modelo.

Por ser um deputado do “baixo clero”, portanto, completamente desconhecido da massa dos eleitores, Jair Bolsonaro, armado dessas bandeiras e beneficiado por uma providencial peixeirada, empolgou a maioria e foi eleito presidente da República, num momento crucial da nossa história política.

Assumindo o governo, a coisa mudou. Descolado das promessas de campanha, exceto da de armar o povo, Bolsonaro, enfraquecido pelas denúncias de corrupção, primeiro quanto aos seus filhos e, depois, quanto ao seu próprio governo, caiu nos braços do “centrão” que lhe dá, agora, a sustentação política necessária contra a queda.

O apoio do “centrão” à sustentação de um governo enfraquecido, é o início da destruição desse governo que vira refém deles [do “centrão”] e não consegue governar. Os profissionais da política que povoam Brasília são necessários para qualquer governo, porém, só escapam deles, os governos que tenham sintonia com o povo, o que não é o caso de Jair Bolsonaro.


Diretor Comercial: Bernardo Victor de Carvalho Maximiano Roberto




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