sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Vacina não é remédio

Somente no Brasil vemos isso. Ontem (23), o ministro da saúde, o paraibano Marcelo Queiroga – negacionista de carteirinha -, além de dizer que a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos de idade não é prioridade, afirmou que a imunização dessa faixa de idade dependerá da autorização dos pais e de uma prescrição médica. Autorização paterna, em se tratando de crianças, isso é óbvio. Prescrição médica, no entanto, soa ridículo uma vez que vacina não é remédio.

Para entender o onagro raciocínio do ministro, teríamos que transportar a “infalibilidade papal” para os médicos ou, no mínimo, considerá-los inspirados pelo Divino Espírito Santo. Isso mesmo, pois, a prescrição teria que ter, no seu bojo, o entendimento de quais seriam as crianças que poderiam ser contaminadas pelo vírus da covid-19. Diante dessa maluquice, fica patente a irresponsabilidade desse desastrado governo que é comandado por um maluco que se faz seguir por outros tantos.

O presidente Jair Bolsonaro, que dança funk – como se tudo estivesse às mil maravilhas - enquanto os pobres catam restos de comidas nos lixões, a cada dia cria situações as mais complicadas e prejudiciais à população. Contrário à vacina salvadora, impõe agora as maiores dificuldades para a imunização de crianças, no que é seguido pelo ministro Queiroga, num momento em que se constata que morrem, no Brasil, vitimadas pela covid-19, uma criança a cada dois dias. Se para eles a vacina não é prioridade, para o povo, a prioridade é que esse governo acabe.


 

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