sexta-feira, 8 de julho de 2022

Evidências eleitorais na política da Paraíba

Há pouco menos de dez dias para o início das convenções que escolherão os candidatos a concorrer aos vários cargos eletivos, nas eleições do próximo dia 02 de outubro, em que pese as especulações da imprensa oposicionista, o quadro que se apresenta é por demais previsto. De acordo com pesquisas sobre a intenção de votos, para o concurso ao governo do Estado, o atual governador, João Azevedo (PSB), pontua na frente, seguido, nessa ordem, pelos candidatos: Pedro Cunha Lima (PSDB); Veneziano Vital do Rego (PMDB) e Nilvan Ferreira (PL).

É certo que os números atuais não garantem uma vitória do governador João, em um primeiro turno. No entanto, em face de a campanha não haver ainda começado, nada pode se dar como definido. Os candidatos da oposição, baseados ainda na larga vitória de Azevedo em 2018, festejam a posição atual com esperanças de um sucesso no segundo turno. Há, porém, que se pensar, que o governador, candidato à reeleição, detém o poder da caneta, coisa que não começou ainda a exercitar. Porém, como eleição não se vence de véspera, é auspicioso esperar para ver.

Confabulando com algumas pessoas, no início desta semana, deparei-me com uma professora aposentada, que antes havia me dito que não votaria em ninguém. Agora, no entanto, após a determinação governamental da incorporação de uma bolsa aos salários dos profissionais da Educação, extensivo aos aposentados, a ex-professora afirmou que votaria em João Azevedo “com as duas mãos”. Eis o poder da caneta, que apenas começou a funcionar, numa desmedida e desproporcional condição, em referência aos demais candidatos.

Quanto às possíveis chapas dos candidatos que concorrem pela oposição, podemos fazer também uma análise para aclarar o que pode vir a acontecer. O pré-candidato, Pedro Cunha Lima, em que pese figurar no segundo lugar, divide votos com seu concorrente e conterrâneo, Veneziano Vital, em Campina Grande e não tem a certeza de que, num eventual segundo turno, receberia seu apoio porque este, dependeria também da determinação do ex-presidente Lula.

Já o pré-candidato do PL, o radialista Nilvan Ferreira, o único que empunha a bandeira bolsonarista, tem restrito seu apoio eleitoral à área metropolitana da capital paraibana, sem a garantia de um eventual apoio de quaisquer dos demais pré-candidatos num possível segundo turno. Em face dessa análise deduz-se que o quadro, por indefinido que pareça, mesmo considerando as atribulações que afligem a chapa governista, pende para uma vitória do governador João Azevedo; mesmo porque, a força da caneta é quem abre o cofre.



 

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