O ex-presidente Sarney já disse: “Conversar com Lula é muito perigoso. Ele é muito envolvente. Poucos
resistem à sua sedução”. E foi isso o que aconteceu, ontem (25), na
entrevista concedida pelo ex-presidente ao Jornal Nacional. Lula respondeu a
todas as perguntas e, de forma natural e tranquila, tomou conta do pedaço.
Quanto às perguntas sobre a Operação Lava-Jato, o ex-presidente afirmou que,
naquele caso, o processo fugiu da Justiça para o campo da política e, sem
demonstrar rancor algum, reafirmou seu propósito de - em caso de vitória nas
urnas -, governar para todos.
Realçou a aliança como ex-governador Geraldo Alckmin (PSB),
que figura na chapa como seu vice, dizendo que governará conjuntamente com ele.
Quanto às perguntas sobre o governo Dilma Rousseff, deu um recado, afirmando
que governará com os melhores sem olhar para o passado. Debochou do atual
governo dizendo que escolherá o Procurador Geral da República obedecendo à
lista tríplice; que não decretará sigilo de 100 quanto aos assuntos que possam
lhe incomodar e que a Polícia Federal voltará a ter a autonomia de antes.
Envolvente e de ânimo desarmado, Lula afirmou que debelará a
inflação, acabará com a fome, priorizará a criação de emprego e renda e
promoverá, de novo, a inserção dos menos favorecidos no contexto da vida
nacional. Quanto à pergunta se se comporia com o “centrão”, o ex-presidente
declarou que fará acordos com os partidos e não com blocos. Condenou o
“orçamento secreto” afirmando que não será refém do Congresso Nacional. Quanto
à política externa, disse que fará o Brasil amigo de todo mundo sem contencioso
com nenhum, país. Experiente que é e, em sintonia como momento nacional, Lula
tirou de letra.
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