Antigamente - como agora - a prática da compra de eleitores
era algo restrito aos “grotões” do Nordeste e às periferias das grandes
cidades. Políticos detentores de mandatos lubrificam a máquina, e partem para o
ataque cooptando eleitores, sejam eles “pobres de Cristo” ou “pobres de
caráter”, com ofertas irrecusáveis, sejam elas financeiras ou de empregos,
cestas básicas, etc. Aqui em Princesa não é diferente, basta ver a proliferação
de fotos, postadas nas redes sociais, onde se retrata o prefeito Ricardo
Pereira do Nascimento, posando ao lado de famílias que, de repente e
coincidentemente, nesse período eleitoral, se identificam com sua gestão e
aderem ao seu projeto de poder.
O que era restrito aos lugares aonde o vento faz a curva,
agora acontece também nas grandes cidades e, principalmente, nos bolsões
eleitorais onde moram os que passam fome e pretendem votar em Lula. Semana
passada, um empresário bolsonarista, distribuidor de cestas básicas, foi
flagrado pela gravação de um vídeo quando se recusou a contemplar uma pobre
mulher, com uma marmita, porque esta disse que votaria no ex-presidente Lula.
As imagens repercutiram negativamente e, o empresário, desculpou-se (pelo
vídeo) admitindo que agiu mal. Aqui em Princesa a coisa é escancarada, não há
sequer pedido de desculpas.
Fosse somente isso, mas não. Além da prática da compra de
votos com benefícios financiados pelo dinheiro público, os candidatos e
apoiadores que se dizem cristãos e que vivem sempre a invocar o nome de Deus em
vão, o fazem de cara lavada. Em Princesa, após a fotografia divulgada, os
adesistas, quando não são contratados para o serviço público municipal, são
contemplados com contratos ou benefícios outros, tudo custeado com o que é
público. A prova do crime é que, logo após a sessão de fotos, as casas dos
venais são carimbadas com os retratos dos candidatos do comprador. Gado
comprado, gado ferrado.
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