quinta-feira, 4 de maio de 2023

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro falsifica cartão de vacina do ex-presidente e de sua filha

Atendendo a uma ordem do ministro Alexandre de Morais do STF, a Polícia Federal prendeu, ontem (03), no Rio de Janeiro, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro César Barbosa Cid. Além da prisão de Cid, a PF fez também, busca e apreensão na casa de Bolsonaro e de vários assessores seus. Do ex-presidente, a PF recolheu seu aparelho celular e alguns documentos. A operação, realizada logo no início da manhã, prendeu mais oito pessoas.

Após solicitação de investigação pela Controladoria Geral da União – CGU, a Polícia Federal procedeu a investigações que culminaram com a constatação de que, Mauro Cid, fraudou documentos públicos quando mandou fabricar, no município fluminense de Duque de Caxias, ilicitamente, os certificados de vacinação do ex-presidente Bolsonaro e de sua filha adolescente. A intenção era a de forjar Carteiras de Vacinação que possibilitassem o ingresso do ex-presidente e de sua filha, nos Estados Unidos.

É sabido por todos que, Jair Bolsonaro, enquanto presidente da República, recusou-se a tomar a vacina e negou sempre a eficácia dos imunizantes contra a covid-19. E mais: atrasou contratos para sua aquisição; disse que quem tomasse a vacina poderia virar jacaré ou ser prejudicado em seu sistema imunológico, chegando ao cúmulo de anunciar que, quem fosse inoculado poderia desenvolver o mal da AIDS. De forma completamente irresponsável, Bolsonaro, na qualidade da maior autoridade da Nação, conspirou sempre contra a vacina e em favor do mal que assolava todo o país.

Por fim, com a sua provável anuência ou, no mínimo, com o seu conhecimento, seu principal assessor, tomou a iniciativa de fabricar comprovantes de vacinação falsos para facilitar sua fuga para os EUA. Não bastasse isso e, acompanhando a crença no comportamento negacionista do ex-mandatário, muitos morreram no Brasil por acreditarem na sua palavra. Aqui mesmo, em Princesa, um amigo meu (que não declinarei seu nome por respeito à sua memória), recusou-se a tomar a vacina por cega obediência à sua convicção bolsonarista e, morreu.  

Em face da operação deflagrada ontem, seu desenrolar poderá trazer à luz muito mais fatos escabrosos envolvendo o ex-presidente e seus assessores mais próximos. Por enquanto, os investigados poderão ser incursos em crimes de infração de medida sanitária preventiva; associação criminosa; corrupção de menores; formação de quadrilha, dentre outros ilícitos. De uma coisa a Justiça já tem certeza: o poder foi usado para criar facilidades ao ex-presidente, o que o coloca em maus lençóis, principalmente quando o conteúdo do seu celular for investigado.



Nenhum comentário:

Postar um comentário