Atendendo a uma ordem do ministro Alexandre de Morais do STF,
a Polícia Federal prendeu, ontem (03), no Rio de Janeiro, o tenente-coronel e
ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro César Barbosa Cid.
Além da prisão de Cid, a PF fez também, busca e apreensão na casa de Bolsonaro
e de vários assessores seus. Do ex-presidente, a PF recolheu seu aparelho
celular e alguns documentos. A operação, realizada logo no início da manhã,
prendeu mais oito pessoas.
Após solicitação de investigação pela Controladoria Geral da
União – CGU, a Polícia Federal procedeu a investigações que culminaram com a
constatação de que, Mauro Cid, fraudou documentos públicos quando mandou
fabricar, no município fluminense de Duque de Caxias, ilicitamente, os
certificados de vacinação do ex-presidente Bolsonaro e de sua filha adolescente.
A intenção era a de forjar Carteiras de Vacinação que possibilitassem o
ingresso do ex-presidente e de sua filha, nos Estados Unidos.
É sabido por todos que, Jair Bolsonaro, enquanto presidente
da República, recusou-se a tomar a vacina e negou sempre a eficácia dos
imunizantes contra a covid-19. E mais: atrasou contratos para sua aquisição;
disse que quem tomasse a vacina poderia virar jacaré ou ser prejudicado em seu
sistema imunológico, chegando ao cúmulo de anunciar que, quem fosse inoculado
poderia desenvolver o mal da AIDS. De forma completamente irresponsável,
Bolsonaro, na qualidade da maior autoridade da Nação, conspirou sempre contra a
vacina e em favor do mal que assolava todo o país.
Por fim, com a sua provável anuência ou, no mínimo, com o seu
conhecimento, seu principal assessor, tomou a iniciativa de fabricar
comprovantes de vacinação falsos para facilitar sua fuga para os EUA. Não
bastasse isso e, acompanhando a crença no comportamento negacionista do
ex-mandatário, muitos morreram no Brasil por acreditarem na sua palavra. Aqui
mesmo, em Princesa, um amigo meu (que não declinarei seu nome por respeito à
sua memória), recusou-se a tomar a vacina por cega obediência à sua convicção bolsonarista e, morreu.
Em face da operação deflagrada ontem, seu desenrolar poderá
trazer à luz muito mais fatos escabrosos envolvendo o ex-presidente e seus
assessores mais próximos. Por enquanto, os investigados poderão ser incursos em
crimes de infração de medida sanitária preventiva; associação criminosa;
corrupção de menores; formação de quadrilha, dentre outros ilícitos. De uma
coisa a Justiça já tem certeza: o poder foi usado para criar facilidades ao
ex-presidente, o que o coloca em maus lençóis, principalmente quando o conteúdo
do seu celular for investigado.
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