sexta-feira, 23 de junho de 2023

Repentes Memoráveis XXXV

Este poema, anônimo, que reproduzo abaixo, me foi enviado por um leitor assíduo deste Blog e que não quer ser identificado, mas pediu-me para divulgá-lo. Talvez para testar sobre a receptividade dos leitores. Como este é um espaço democrático e de veiculação de notícias e assuntos vários do interesse popular, eis aí os versos desse poeta princesense que falam do amor:

 

Sinto prazer em sofrer por ti

É uma forma de te ter comigo

Essa prazerosa dor de te sentir

Mesmo me tendo como inimigo

Tu estás lá, mas te sinto aqui

 

Acho bom não me quereres mais

Pois meu amor não é platônico, mas doentio

Prefiro sofrer do que correr atrás

Somente pensando em ti já me alivio

Pois, perto de mim, só sofrimento me traz

 

É muito triste amar sozinho

Mas, o amor é quem manda na gente

Se pudéssemos escolher o nosso ninho

O sofrimento acabaria completamente

Extirpando dos corações o espinho

 

O amor recôndito é bem sem graça

Sentimento que alimenta a morbidez

Quando atende ao que o destino traça

Mas quando chegar a tua vez

Verás a tristeza que a gente passa

Vivendo numa eterna viuvez.

 


 

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