quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Aliados de Bolsonaro já pensam em plano “B”

Temerosos de que o desenrolar das investigações sobre as várias irregularidades em que está metido Jair Bolsonaro, aliados mais chegados já pensam numa alternativa para o caso de o “mito” ser preso e transformar-se num cabo eleitoral às avessas. Até bem pouco tempo, mesmo inelegível – o que para alguns lhe concede uma aura de vítima – o ex-presidente era tido como um grande puxador de votos para o partido nas eleições do ano que vem. É tanto que o PL, que tem 300 prefeitos, esperava fazer mais de mil no próximo pleito.

Agora, com os desdobramentos das investigações sobre a venda das joias surrupiadas do patrimônio da União; sobre as falsificações de Cartões de Vacinação e ao que diz respeito à tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro último, os aliados de Bolsonaro estão com a pulga atrás da orelha com medo até de ele ser preso e, com isso, ao invés de capitalizarem seu prestígio, verem-se no olho do furacão do que poderá se transformar num dos maiores escândalos da República.

Na verdade, no seio do partido do ex-presidente, o PL, não existe um sentimento de solidariedade irrestrita. Na volta de Valdemar Costa Neto, seu presidente, o que conta mesmo são as vantagens que possam advir para o engrossamento das fileira partidárias e a consequente auferição de mais dinheiro do Fundo Partidário. Para quem conhece Valdemar e os próceres do “centrão”, sabe que eles não colocam a mão em cumbuca. Estão todos calados porque, em casa de enforcado não se fala em corda.



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