Eles fazem uma reunião para marcar outra. Representantes dos países mais importantes do mundo, que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas – ONU, dezoito dias após o início do conflito sangrento que castiga israelenses e palestinos, na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, não encontraram ainda um consenso quanto a uma solução que permita acabar ou, no mínimo, promover ações que possam minorar o sofrimento das vítimas inocentes que morrem, aos montes, sob intensos bombardeios.
“Nós seremos julgados pelas próximas gerações por não havermos agido corretamente”. Com essa frase, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, que preside temporariamente aquele Conselho de Segurança, dá mostras de que as grandes potências mundiais, com poder de veto, estão aproveitando a oportunidade, mais para se digladiarem em suas diferenças políticas do que para viabilizar uma resolução em prol da paz no Oriente Médio.
O Brasil apresentou uma proposta de um cessar fogo e para a criação de um corredor humanitário entre a Faixa de Gaza e o Egito para que civis de outros países possam ser evacuados e para que, os palestinos de Gaza, possam receber ajuda na forma de medicamentos, comida, combustíveis, etc., mas os Estados Unidos vetaram essa proposta porque, na Resolução, não consta apoio irrestrito a Israel. Outra propositura está sendo elaborada pelos EUA, com o mesmo teor, acrescentada de apoio a Israel, porém, a Rússia, já avisou que vetará.
Nesse jogo de empurra, em que os cinco países (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) com assento permanente no Conselho de Segurança e com poder de veto, atendem somente aos seus interesses políticos, já se viu que nada se resolve. Enquanto isso, quase três milhões de pessoas, encurraladas, sofrem bombardeios intensos, situação em que já morreram mais de cinco mil civis, quase a metade crianças. Além da morte vinda dos céus, os palestinos de Gaza estão sem energia, água, comida, medicamentos, etc. e, com a promessa do primeiro-ministro de Israel de eliminar o Hamas a qualquer custo, com certeza, o remédio usado vai matar o paciente.
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