terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Bolsonaro "pianinho"

Na grande manifestação realizada na Avenida Paulista, no último domingo (25), o ex-presidente Jair Bolsonaro, acuado, muito cuidadoso, tentando se redimir das culpas e com medo da "papuda", fez um ato defensivo e muito comportado, sem atacar ninguém, pedindo para que seja passada uma borracha no passado e que, todos os que ofenderam à democracia - inclusive ele - sejam anistiados, enfim, o que vimos naquela manifestação, foi um Bolsonaro respeitoso, contrito, "pianinho!"

Eis a realidade de quem perde o poder. Na política, a vida é assim; quando descemos do planalto para habitar a planície, temos de adotar comportamentos outros, principalmente os que mudaram o modo de agir quando detinham o poder, aqueles que, arvorados de seres superiores, achavam que nunca seriam apeados. O poder é invólucro e não essência. Nesse caso, o que voga é o que está dentro da roupa, não a roupa.

Na manifestação, Bolsonaro, ausente dos amigos militares, não atacou o STF, nem negou a preparação do golpe de Estado. Pelo contrário, quando pediu anistia, fez uma confissão de culpa. Em que pese o mea culpa, o evento, não muda nada porque, os elementos comprobatórios sobre a investigação da participação do ex-presidente na intentona para se manter no poder, são mais do que suficientes para que o processo lhe cause sérias dores de cabeça, Aliás, quando a cabeça não pensa, o corpo padece. Resta-lhes agora, se agarrar às preces da ex-primeira-dama.



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