Atentados políticos infligidos a políticos, aqui e alhures,
têm tido o condão de mudar os rumos da história. Nem sempre as coisas continuam
do mesmo jeito depois de acontecerem atos violentos que atentam contra as vidas
de homens e de mulheres importantes. Em 28 de junho de 1914, o assassinato do
arquiduque da Áustria, Francisco Ferdinando, foi considerado um dos principais
motivos que provocaram a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
Aqui no Brasil, no dia 6 de setembro de 2022, a peixeirada
desferida contra a barriga do então candidato à presidência da República, Jair
Messias Bolsonaro, há quem diga, foi determinante para sua vitória eleitoral em
outubro daquele ano. Mais perto de nós ainda, em maio de 1992, o assassinato do
recém-eleito prefeito da cidade de Manaíra, Manoel Leite, acabou com a
hegemonia política de uma família que, há muito, detinha o poder naquele
município.
No último sábado (13), a bala de fuzil AR-15 que atingiu, de
raspão, a orelha direita do ex-presidente americano e candidato à presidência
dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ter sido o “voto” que lhe faltava para
definir o prélio em seu benefício. Parece até estar escrito. Numa semana em que
a candidatura do presidente Joe Biden mancava de uma perna sob a alegação de
sua incapacidade física para disputar mais um mandato, o tiro em Trump pode ser
a “extrema unção” às pretensões de reeleição de Biden.
Não existe eleição ganha por antecipação. Na verdade, os dois
estão em empate técnico. Porém, enquanto a campanha de Joe Biden parece estar
entrando pelo ralo, a de Trump cria alma nova com os fatos recentes. Mesmo
assim, o atual presidente resiste em desistir, cumprindo a máxima do nosso
Gominho, quando dizia: “A vontade de
ganhar tira o medo de perder! Nesse caso, só o tempo dirá o que vai
acontecer. Em política boi voa e, além de o crime não compensar, às vezes, a
bala pode sair pela culatra.
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