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quarta-feira, 17 de julho de 2024

O “voto” que faltava a Donald Trump

Atentados políticos infligidos a políticos, aqui e alhures, têm tido o condão de mudar os rumos da história. Nem sempre as coisas continuam do mesmo jeito depois de acontecerem atos violentos que atentam contra as vidas de homens e de mulheres importantes. Em 28 de junho de 1914, o assassinato do arquiduque da Áustria, Francisco Ferdinando, foi considerado um dos principais motivos que provocaram a eclosão da Primeira Guerra Mundial.

Aqui no Brasil, no dia 6 de setembro de 2022, a peixeirada desferida contra a barriga do então candidato à presidência da República, Jair Messias Bolsonaro, há quem diga, foi determinante para sua vitória eleitoral em outubro daquele ano. Mais perto de nós ainda, em maio de 1992, o assassinato do recém-eleito prefeito da cidade de Manaíra, Manoel Leite, acabou com a hegemonia política de uma família que, há muito, detinha o poder naquele município.

No último sábado (13), a bala de fuzil AR-15 que atingiu, de raspão, a orelha direita do ex-presidente americano e candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ter sido o “voto” que lhe faltava para definir o prélio em seu benefício. Parece até estar escrito. Numa semana em que a candidatura do presidente Joe Biden mancava de uma perna sob a alegação de sua incapacidade física para disputar mais um mandato, o tiro em Trump pode ser a “extrema unção” às pretensões de reeleição de Biden.

Não existe eleição ganha por antecipação. Na verdade, os dois estão em empate técnico. Porém, enquanto a campanha de Joe Biden parece estar entrando pelo ralo, a de Trump cria alma nova com os fatos recentes. Mesmo assim, o atual presidente resiste em desistir, cumprindo a máxima do nosso Gominho, quando dizia: “A vontade de ganhar tira o medo de perder! Nesse caso, só o tempo dirá o que vai acontecer. Em política boi voa e, além de o crime não compensar, às vezes, a bala pode sair pela culatra.



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