quarta-feira, 27 de novembro de 2024

O silêncio que incomoda

 

Às vezes, o silêncio faz mais barulho do que a zoada. É o que está acontecendo em Princesa. Uma abelha me zoou que o prefeito-eleito, Garrancho, não está somente calado, mas muito enigmático. Segundo o inseto voador, o secretariado da nova administração já está quase formado, porém, o segundo escalão, reside somente na cabeça do novo prefeito e, muitos dos que estão agora no desempenho de cargos importantes, estão com o coração na mão. A abelha me confidenciou que, alguns, já estão até se desfazendo de bens adquiridos através de financiamento.

Desinformada sobre se fica ou se sai, a maioria desses comissionados nutre a esperança no primeiro discurso do então candidato Garrancho: "Nós não podemos perder essa eleição, pois muitos dos nossos compraram casas, carros..." Esperança vã, pois, promessa de candidato não tem valor depois da vitória. Para os que perderam a eleição, tudo continua como d'antes no quartel d'Abrantes. Para os que acham que ganharam, resta-lhes o aguardo dos humores do novo gestor.

Na política é assìm: vem o "oba-oba" e, logo em seguida, vem o "epa-epa". Mesmo se tratando de um governo de continuidade, o carimbo que será impresso deverá ser o do novo administrador. Na política, é igual na monarquia: "rei morto, rei posto". Aos amigos do antigo rei agradecimentos pelo empenho na campanha. Aos amigos do novo rei, os bons cargos e as benesses do poder e, depois disso, os desgostos, as decepções, as saudades dos tempos velhos e, a inevitável ruptura. Quem viver verá.





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