quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Prefeitos reclamam de crise financeira

Há um adágio popular que diz: “O costume é quem mata o corpo”. Eu também fui prefeito e sei das agruras por que passam administradores de pequenos municípios que vivem quase que exclusivamente dos repasses do FPM – Fundo de Participação dos Municípios. Quando esses repasses diminuem não há planejamento que resolva o problema, principalmente quando os vai-e-vem de bonança e agruras são constantes. Nos períodos mais recentes, as prefeituras, desde 2017, nadaram em dinheiro.

Primeiro veio a pandemia de covid-19 quando o governo federal abriu as torneiras e distribuiu dinheiro a torto e a direito para que os prefeitos socorressem os pacientes daquela terrível doença. Passado o flagelo da doença, vieram as famigeradas emendas pix quando os dinheiros de Brasília eram canalizados para as prefeituras de forma dadivosa e sem limites. Agora, com o controle estabelecido pelo STF, as emendas foram limitadas.

Não bastasse isso, com a ascensão de Lula à presidência da República, o sistema de repasses mudou de forma quando o presidente prefere dar o dinheiro direto aos beneficiários dos programas de assistência social: Bolsa Família; Pé de Meia; Vale Gás, Vale Energia, isenção de Imposto de Renda, etc. Com isso, os prefeitos estão de pires nas mãos. Em face disso, uma autoridade estadual me disse sorrindo: “Os prefeitos estão lisos, mas quem paga a conta são os menos favorecidos porque as vantagens pessoais dos grandes continuam sendo concedidas”.



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