Mesmo não sendo o segundo país mais populoso do mundo (está
atrás de China, Índia, EUA, Indonésia e Paquistão), o Brasil está em segundo
lugar como o país do mundo com maior número de mortes por COVID-19. Em que
pese, no concerto das nações, sermos líderes e destaque na capacidade de
promovermos campanhas de vacinação (graças ao Sistema SUS), estamos ainda
patinando quando se trata da imunização contra o Coronavírus. Países como
México, Chile, Costa Rica (para falar apenas da América Latina), já começaram
sua vacinação e nós, nada. Nos EUA, onde existe vacina na fila para ser
aplicada, uma vez não terem, os americanos, a nossa capacidade logística para
viabilizar uma vacinação em massa, aqui no Brasil a fila é de pessoas no
aguardo do imunizante salvador. Mundo afora, tudo foi feito com muita
competência e rapidez; uma vacina que leva em média, 7 anos para ser
desenvolvida, foi agora produzida em menos de um ano. Todo mundo fez seu dever
de casa. Aqui, não. Sob o comando da incompetência, temos um presidente da
República negacionista, que desde o início da pandemia desdenha da doença e,
para ter o controle do caos, demitiu profissionais competentes e nomeou um
general, onagro por excelência, para comandar o Ministério da Saúde e a bagunça
que ele próprio criou com declarações ridículas (“gripezinha”, “não sou
coveiro” “isso já tá no finalzinho”), que só contribuíram para produzir mais
contágio e, consequentemente, mais mortes. Agora, diante da grave situação,
Bolsonaro recua um pouco, permite a contratação com qualquer tipo de vacina
(inclusive a Coronavac, da China, que ele proibiu porque o governador de São
Paulo fez-se simpático à mesma) e corre atrás do prejuízo. Agora é tarde. Mesmo
assim, neste ano de 2020, aprendemos que a palavra esperança tomou nova
dimensão, e o que nos resta, é apegarmo-nos a ela. Seja o que Deus quiser.
DSMR, em 25 de dezembro de 2020.
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