Primeiro, o presidente Bolsonaro rugiu com ameaças golpistas,
caso o Congresso Nacional não aprovasse a PEC que determina a adoção do voto
impresso (a que ele chama de auditável). Depois, mandou o ministro da Defesa,
general Walter Braga Netto, mandar um recado ao presidente da Câmara Federal: Se não aprovarem o voto “auditável”, não
haverá eleições”. Nada colou. Os representantes dos demais poderes da República
exprimiram veementes protestos públicos contra essa ameaça golpista, e o “mito”
botou a viola no saco.
Agora, completamente refém do “centrão”, o presidente sucumbe.
Mesmo antes de a Comissão de Constituição e Justiça apreciar a PEC do voto
impresso, Bolsonaro jogou uma pá de cal nesse Projeto. “Aconselhado” pelo
presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (Progressistas/AL), o chefe
do Executivo convidou o senador, Ciro Nogueira, presidente do Progressistas (a
principal das legendas formadoras do “centrão”), para ocupar a pasta da Casa
Civil da Presidência da República, principal ministério do Planalto.
Em face do desenrolar das investigações da CPI da Covid-19 e,
temeroso do impeachment, Bolsonaro -
sem nenhum escrúpulo, se submete às vontades de políticos fisiologistas que,
além de discordarem do voto impresso, darão ao governo – que há bem pouco tempo
se dizia diferente da chamada “velha política” -, uma péssima impressão. Diante de tudo isso, perguntamos: por quem os sinos dobram?
Certamente, pelo “centrão” não é, pois, esse segmento político nunca afunda com
ninguém. Réquiem para Bolsonaro, seu governo acabou.
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