ODE

quarta-feira, 28 de julho de 2021

A nomeação de Ciro Nogueira para a Casa Civil, enterra de uma só vez, o voto “auditável” e o governo

Primeiro, o presidente Bolsonaro rugiu com ameaças golpistas, caso o Congresso Nacional não aprovasse a PEC que determina a adoção do voto impresso (a que ele chama de auditável). Depois, mandou o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, mandar um recado ao presidente da Câmara Federal: Se não aprovarem o voto “auditável”, não haverá eleições”. Nada colou. Os representantes dos demais poderes da República exprimiram veementes protestos públicos contra essa ameaça golpista, e o “mito” botou a viola no saco.

Agora, completamente refém do “centrão”, o presidente sucumbe. Mesmo antes de a Comissão de Constituição e Justiça apreciar a PEC do voto impresso, Bolsonaro jogou uma pá de cal nesse Projeto. “Aconselhado” pelo presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (Progressistas/AL), o chefe do Executivo convidou o senador, Ciro Nogueira, presidente do Progressistas (a principal das legendas formadoras do “centrão”), para ocupar a pasta da Casa Civil da Presidência da República, principal ministério do Planalto.

Em face do desenrolar das investigações da CPI da Covid-19 e, temeroso do impeachment, Bolsonaro - sem nenhum escrúpulo, se submete às vontades de políticos fisiologistas que, além de discordarem do voto impresso, darão ao governo – que há bem pouco tempo se dizia diferente da chamada “velha política” -, uma péssima impressão. Diante de tudo isso, perguntamos: por quem os sinos dobram? Certamente, pelo “centrão” não é, pois, esse segmento político nunca afunda com ninguém. Réquiem para Bolsonaro, seu governo acabou.




Nenhum comentário:

Postar um comentário