Cumprindo etapa final neste ano que hoje se acaba, vimos
desejar a todos os leitores que nos brindaram com sua atenção durante 2021, um
Feliz Ano Novo cheio de paz e realizações. Há exatos dois anos atravessamos
período sombrio convivendo com a terrível pandemia do coronavírus. Lamentamos
profundamente as perdas de parentes e amigos, mas estamos agora - com a
vacinação avançada - a vislumbrar tempos melhores e esperamos que esse ano que
começa amanhã, seja promissor para todos nós. Feliz 2022 para todos com um
abraço fraterno.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
Feliz 2022
Complexo de vira-latas
Esquecendo de que somos o berço da nacionalidade brasileira, alguns
de nós, nordestinos, nos submetemos ao vexame de tentarmos imitar os irmãos
sulistas quando, de forma caricata, adotamos seu ridículo sotaque e passamos a
falar “chiando”. É isso que o jornalista e dramaturgo brasileiro, Nelson
Rodrigues, chama de “complexo de vira-latas” se referindo aos brasileiros em
relação aos que vivem nas comunidades internacionais ditas desenvolvidas. No
caso em tela quanto a alguns nordestinos, esse complexo se exacerba quando nos
sentimos obrigados a imitar nossos próprios conterrâneos da parte meridional.
Triste constatar a aculturação de pessoas que nasceram e se
criaram no Nordeste e, de repente, sem que nem pra quê, desistem da nossa fala
cantante, maviosa, e passam a adotar o sotaque dos que vivem em São Paulo e no
Rio de Janeiro. São vários os exemplos: tenho um amigo, com grau de instrução
elevado, que sem mais nem menos passou a falar chiando; uma ex-colega de
trabalho, que falava normalmente entre nós, sempre que atendia ao telefone,
adotava o jeito de falar carioca; uma namorada de tempos atrás me afirmava que
falar corretamente era se expressar como fazem os paulistas e, pasmem! Um amigo
comum, somente pelo fato de haver recebido uma carta de um parente que mora no
Rio de Janeiro, até hoje fala “carioquês”.
São hábitos adotados por quem se despersonaliza em benefício
do que acha superior. É o “complexo de vira-latas” de quem quer imitar aqueles
a quem considera superiores a si próprio e à sua cultura. O Brasil começou aqui
no Nordeste. A nossa região é a mais pródiga na produção de cérebros
privilegiados em contributo à nossa cultura, literatura, etc. Como disse acima,
somos o berço da nacionalidade e disso temos de nos orgulhar. Espelhemo-nos
naqueles que tentamos imitar, pois, nenhum sulista vem pra cá e retorna pra lá
falando com o nosso sotaque. Se pelo menos imitássemos com competência... Mas
nem isso. A língua mater não deixa e
vez por outra, misturamos quando pronunciamos o nosso “oxente” chiando. A nossa
língua é bonita, difícil, doce e bem articulada; o nosso modo de falar
nordestino é peculiar, o problema é o chiado dela que tentamos imitar de forma
caricata e ridícula, o que nos remete ao que Nelson Rodrigues chama de
vira-latismo.
terça-feira, 28 de dezembro de 2021
As Fronteiras de Perdição, o lançamento do ano
Em que pese estarmos já no segundo ano da terrível pandemia,
2021 esperou quase terminar para protagonizar o mais importante evento cultural
deste ano, o lançamento do livro do princesense, Emmanuel Conserva de Arruda: As Fronteiras de Perdição – Indígenas,
Vaqueiros e Sesmarias. Contida de 142 páginas, a obra, resultado da
dissertação de mestrado do autor, apresentada em 2007, é um trabalho de
pesquisa e análise acuradas que traz à luz informações importantíssimas acerca
da formação histórica do município de Princesa. Nesse contexto, tive a honra de fazer a apresentação na obra.
O lançamento desse trabalho aconteceu ontem (27), no
“Palacete dos Pereiras”, local que sedia hoje a APLA – Academia Princesense de
Letras e Artes. Prestigiado por grande número de pessoas, o evento revestiu-se
de sucesso total. O trabalho de Emmanuel Arruda traz em seu bojo uma análise da
ação colonizadora no sertão da Paraíba, mais especificamente sobre a “ocupação,
arranjo e funcionalidade desse espaço” que compreende o município de Princesa,
remetendo “à concessão da primeira data de terras que ocorreu em novembro de
1766”, destinada à sesmaria que era chamada de Alagoa da Perdição.
Sem sombra de dúvida, o livro de Emmanuel, pela qualidade das
informações que encerra é, além de leitura necessária, volume que não pode
faltar na prateleira de quem interessado pela historiografia de Princesa. Obra
seminal, guia e luz para os que pretendem pesquisar sobre a nossa formação
histórica e veredicto final sobre a ocupação geográfica do que chamamos hoje de
Princesa. Essa publicação se faz leitura indispensável para os que pretendem
compreender o nosso recanto.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2021
Pronunciamento radiofônico do prefeito de Princesa faz “escola”
Há milhares de anos atrás, o pensador chinês, Confúcio, já
dizia: “A ignorância é arrogante. Os que
pensam que sabem são justamente aqueles que nada sabem”. Isso se aplica na
justeza ao prefeito Ricardo Pereira do Nascimento. Acostumado a chamar os da
oposição de “analfabetos funcionais”, Nascimento, no último sábado (25) se
superou assassinado o nosso vernáculo. Em sua fala, através do rádio, o
prefeito neologizou o nosso português criando termos os mais diversos que,
certamente, serão inseridos nos nossos dicionários: “madriarca”; “tramista”;
“Clivo”; “pretensores”; ”expoeria”, dentre outros neologismos.
No exercício de sua contumaz arrogância, assertivou: “ninguém
me superará”. Foi esta a única verdade proferida naquele programa radiofônico,
pois, na mentira e na enganação, ele é mesmo único e insuperável. Imitando o
presidente Jair Bolsonaro, personalizou as coisas públicas dizendo: “a minha
educação”; “o meu Fundeb”; “vou dar o mármore à escola ‘Tomé Francisco’”,
dentre outras referências. Confundindo os valores, com o intuito de atingir
seus adversários (os Mouras), perguntou: “quem já prosperou junto a eles?”
Com suas próprias palavras, Nascimento confirma o que todo
mundo vê na rua, ou seja, a prosperidade financeira dele próprio e a dos que o
cercam. Nesses quase cinco anos de administração são notórios os sinais
exteriores de riqueza de muitos dos que acompanham o prefeito. Quem tinha uma
bicicleta, hoje circula num carrão. Muitos que não tinham um pau prá dar num
gato, hoje são donos de chácaras e esnobam com o dinheiro público. Somente na
cabeça desse “tramista” é normal pensar assim: que o dinheiro público deve
servir para promover a prosperidade de particulares.
O desequilíbrio emocional de Nascimento causa espécie. Sem
nervos para aguentar as críticas dos adversários e sem disposição para se
consertar, ele ataca de forma efusiva, “expoendo” suas raivas e atirando a esmo
atinge, desde os “pretensores” até a “madriarca”, ou seja, todos estão sob o
seu “clivo”. O ódio aos adversários é tanto que ele [o prefeito] chegou a
recomendar que as pessoas votem nos candidatos a deputados seus adversários,
mas não sufraguem o nome do doutor Aledson Moura. E isso, simplesmente porque o
Moura está, no momento, em defesa dos direitos dos professores. Em todas as
farmácias vendem nervocalm.
Falando de Arte
O torso de gesso
Henri Matisse
- 1919, óleo sobre tela, 117 x 89,5 cm
Matisse passou por
várias academias de arte em Paris, mas encontrou seu estilo a partir de 1895,
com o grupo de pintores que ficou conhecido como fauve (“fera”, em francês) – a denominação se deve a uma crítica
negativa a seu trabalho exposto no Salon d’Automne de 1905. A pintura fauvista
é caracterizada pelos temas do cotidiano, a estilização e simplificação de
formas, a ruptura com a perspectiva clássica, a ausência de gradação entre
matizes, e o uso de cores vibrantes, que não correspondem a um referencial de
realidade. Em oposição ao cubismo, que explorava cada objeto a partir de vários
pontos de vista, o artista optava pela frontalidade das figuras. O torso de gesso (1919) é um entre seus
muitos nus, odaliscas e interiores. Nesta obra há um diálogo entre os objetos
em primeiro plano e os que estão ao fundo: o torso sobre a mesa tem a mesma
posição da mulher no quadro da parede; a cortina em azul e branco dá
continuidade ao motivo do arranjo de flores; a mesa, que confere um senso de
profundidade ao ambiente, opõe-se à cadeira à esquerda. Assim, todos os
elementos em cena parecem se fundir num movimento sinuoso. (Extraído do Guia do MASP)
FELICIANO RODRIGUES FLORÊNCIO
FELICIANO RODRIGUES
FLORÊNCIO, mais
conhecido como Major Feliciano, nasceu em Princesa em 13 de dezembro de 1851.
Era filho de Francisco Rodrigues Florêncio e de dona Rosa de Medeiros
Florêncio. Feliciano teve idade provecta, morreu em 1944 aos 93 anos de idade.
Pode-se dizer que foi ele o patriarca de muitas das famílias mais importantes e
tradicionais de Princesa. Ramificam-se dele ou se entrelaçam com o dele, os
seguintes sobrenomes de famílias princesenses: Florêncio; Rodrigues; Medeiros;
Barros; Frazão; Leandro; Florentino; Lima; Andrade; Pereira, Carvalho, dentre
outros vários. Muitos dos personagens que protagonizaram a história recente de
Princesa têm com o velho Major alguma identificação: José Pereira; Richomer
Barros; José Frazão; Aloysio Pereira; Sebastião Medeiros e muitos outros.
Feliciano, além de próspero agricultor, agropecuarista e proprietário de vastas
terras, destacava-se também por ser detentor da patente de Major da “Guarda
Nacional”. Constituiu família através de duas uniões matrimoniais. As primeiras
núpcias contraiu com dona Joaquina de Andrade Lima com quem teve os filhos:
João; Luiz; José; Maria e Antônia. Do segundo casamento, com Maria Adélia de
Medeiros, nasceram: Ana, Noemi e Francisco.
Desilusão amorosa
Segundo descrito no livro de autoria de Ada Florêncio Barros
da Nóbrega (neta do Major): “Feliciano
Rodrigues Florêncio – O moço, o major, o velho” – Ideia – 2013 – João
Pessoa/PB, o velho, quando jovem aos dezoito anos teve uma paixão por uma moça moradora
no termo de Floresta/PE, chamada Úrsula, paixão que não logrou êxito uma vez
estar a jovem prometida a outro rapaz. Esse desengano amoroso, segundo narra
sua neta escritora, cobriu de tristeza toda a existência do Major Feliciano.
Extraído do livro acima citado:
“(...) Quando comecei a escrever sobre ele
[Feliciano], a primeira coisa que coloquei no papel, como fato da maior
relevância, motivo preponderante do seu viver, foi sua paixão pela moça de
Floresta, tal como inúmeras vezes ouvi-o narrar. Acho que o episódio máximo que
o envolveu para sempre necessitava ser dividido, se possível, com todos os
humanos que pudessem se alegrar ou chorar com ele (...)”.
Líder e revolucionário
Feliciano Florêncio era um líder por natureza, começando esse
exercício em casa quando, na qualidade de patriarca de um clã, sempre proveu a
todos os seus filhos de meios para que se desenvolvessem como donos de casa e
pais de família. Cuidava de tudo. Destemido, nunca se intimidava com nada e
tinha respostas para tudo. Lutou na “Guerra de Princesa” ao lado do coronel Zé
Pereira – de quem era parente e amigo íntimo -, como um dos comandantes ou chefes
de grupo daquele movimento revoltoso que instituiu o “Território Livre de
Princesa”. Era da linha de frente. Depois da luta, com a vitória da “Revolução
de 30”, foi preso sob a acusação de desobediência civil. Submeteu-se à prisão,
mas não abandonou Princesa. Resistiu e protestou contra as perseguições
impostas a seus familiares, especialmente à sua destemida filha, Antônia
Florêncio Carlos de Andrade (“Dona Toinha”) desafiando os poderosos que
acabavam de assumir o poder e, impávido, chegou até a pedir garantias diretamente
ao presidente (governador) do Estado para si, seus familiares e seus amigos.
Quando da ocupação de Princesa por um pelotão do exército comandado pelo
capitão João Facó, este, o convocou para retirar-se da cidade, ao que o Major
respondeu: “Daqui não saio para canto
nenhum. O que foi que fiz? Não matei, não roubei, não desonrei. Sou um pai de
família, vivo do meu trabalho, por que vou ter que abandonar tudo e me
retirar?”. Não saiu de Princesa e enfrentou tudo até as coisas se
acalmarem. Conta-se que, instado pelo então Delegado de Polícia, Antônio Diniz
- que era também irmão do novo prefeito da cidade -, para visitar sua filha
[Antônia] presa na cadeia de Princesa, o Major – considerando aquele convite um
acinte -, o pôs de casa para fora num perigoso desafio que poderia lhes causar
grandes prejuízos em detrimento de sua própria liberdade ou integridade física.
O fim
Findas as querelas de 1930 viveu, o Major, o resto de seus
dias em Princesa sem nunca haver sido desrespeitado nem desrespeitar ninguém.
Depõe contra o famoso Major (pela dubiedade de depoimentos), sua posição tomada
quanto ao hediondo crime perpetrado, com a participação de um de seus filhos
(José Policarpo) contra o médico cearense, doutor Ildefonso de Lacerda Leite,
em Princesa, em 1902. Conforme escritos da época, Feliciano foi conivente com
essa tragédia – se não diretamente envolvido, porém, no mínimo, omisso – que
abalou Princesa e foi notícia em toda a imprensa do Nordeste e até nacional.
Nessa ocasião, foi preso – juntamente com o então vigário da paróquia de
Princesa, Padre Manoel Raymundo de Nonato Pitta -, acusado de urdir o
assassinato do médico cearense. Em tempo breve, considerado inocente, foi
absolvido e solto.
O velho Major, em que pese haver tido pouca instrução formal,
sabia ler e escrever e era afeito a tiradas sábias na sua filosofia matuta, o
que encantava a todos, porque carregada de sinceridade e destemor no dizer.
Nada o abalava, pois, segundo sua neta Ada, a única coisa que o afetou
fortemente na vida foi perder o seu verdadeiro amor, dor que não poderia jamais
ser sobreposta por outra qualquer. Segundo a escritora, essa desventura o fez
forte para enfrentar as agruras da longa vida.
O Major Feliciano foi um homem do seu tempo. Além da forte
influência que exerceu no meio familiar o fez também nos âmbitos político e
social, uma vez que foi ele, o único princesense, até hoje, a presidir o Poder
Legislativo por quatro vezes consecutivas, realçando que, naquela época, o
cargo de Presidente do Conselho Municipal (equivalente à Câmara Municipal de
hoje), detinha as funções de Prefeito da Vila ou da Cidade. Foi também, em 1909,
Suplente de Juiz Municipal. Dada à grande influência que teve o Major Feliciano
Florêncio, na vida política e social de Princesa, está o mesmo a merecer esta
sucinta rememoração que, a exemplo da homenagem a ele prestada, logo após sua
morte, quando a Câmara de Vereadores aprovou uma Lei dando seu nome à Rua mais
antiga de Princesa (Rua “Major Feliciano”, localizada no Bairro do Cruzeiro”),
o inscrevemos agora na relação dos princesenses ilustres.
domingo, 26 de dezembro de 2021
Vídeo do doutor Aledson desmascara, em definitivo, o prefeito de Princesa
Antes de discorrer sobre o assunto, recomendo aos leitores
que assistam ao vídeo, feito por doutor Aledson Moura, que foi veiculado, ontem,
nas redes sociais,.
No último sábado (25), o prefeito Ricardo Pereira do
Nascimento compareceu aos microfones da Rádio Princesa FM, não para desejar um
Feliz Natal aos seus munícipes, mas sim para mentir e destilar o ódio incontido
que alimenta contra os que lhe fazem oposição. Ele não aceita nem aguenta o contraditório.
Agora, Nascimento está num beco sem saída. Com a determinação
pessoal de dar um calote nos professores quanto ao rateio dos 70% do Fundef, o
prefeito se ampara ilegalmente numa lei que não tem a ver com isso e se nega a
pagar aos professores algo em torno de R$ 15 mil. Esse valor supera em muito os
salários atrasados na minha gestão (o que não foi pago por falta de recursos),
portanto, trata-se de um prejuízo ainda maior, provocado por quem, desde o
início da administração vem penalizando essa classe quando lhes surrupiou
vários benefícios e direitos adquiridos.
O problema do prefeito agora, é que o doutor Aledson Moura
está na sua cupira e não o deixará em paz enquanto ele não cumprir o que é de
direito em favor dos docentes de Princesa. Rodeado por uma turma de vereadores
subservientes (o que foi dito por ele próprio na Rádio, ontem), parlamentares
que não estão nem aí para corrigir as falcatruas dele, Nascimento se exaspera
com a atuação de Aledson em favor dos professores, chegando ao ponto de recomendar
aos seus opositores que votem nos candidatos a deputados de fora, e não votem
em doutor Aledson.
Ele [Nascimento], não quer que o doutor Aledson Moura seja
deputado estadual. Para ele não interessa ver alguém, independente e com poder
suficiente para enfrentá-lo. O que o prefeito gosta mesmo é de ver todo mundo
ajoelhado aos seus pés, fazendo o que ele manda, e detesta que apontem seus
erros e suas falcatruas. Se é lamentável para Nascimento, é louvável para a
sociedade princesense surgir uma voz corajosa em defesa das vítimas desse
impostor mentiroso e desonesto.
A PRIMEIRA COMUNHÃO DE FILHOS DE PRINCESA QUE HOJE ESTÃO, EM SUA MAIORIA, NO GOZO DA TERCEIRA IDADE.
FOTO DAS CRIANÇAS, PAIS E CATEQUISTAS, DA SOLENIDADE DE “PRIMEIRA COMUNHÃO” DO ANO DE 1962.
Em 08 de dezembro de
1962, dia em que se comemora a festa de Nossa Senhora da Conceição aconteceu,
na Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Conselho, em Princesa, solenidade
religiosa que promoveu a Primeira Comunhão das crianças que foram
contemporâneas minhas de infância. Na ocasião, juntamente aos meninos e meninas
que receberam o 3º Sacramento (a Eucaristia), posaram, no patamar da Igreja, as
catequistas, os pais e demais familiares e amigos, dos comungantes, para a fotografia
oficial, o que rememoramos agora. Naquele tempo, a “Primeira Comunhão” era um
evento religioso e social revestido da maior importância. Pena que na
fotografia acima reproduzida, não tive condições de identificar a todos. Porém,
com algum esforço e a contribuição de amigos, consegui reconhecer alguns que -
de acordo com a numeração que adotei, informo aqui os que posso nominá-los na
linha de frente.
Da esquerda
para a direita:
1 – Maria Amélia de Mirabeau Lacerda
(anjo)
2 – Cidilene de Miron Maia (anjo)
3 – Valdar de Antônio Liberalquino
4 – João Bosco de Marçal do Silva
5 – Paulo de Anunciada
6 – Neguinho de Costiano
7 – Antônio de dona Osana
8 – Bosco de Expedito Leandro
9 – Chico de Rosendo
10 – Nehemias de
Severino Almeida
11 – Dominguinhos de dona Osana
12 – Totonho de Fófa
13 – João de Mirô Arruda
14 – Maria de Jesus de Antônio
Nominando (anjo)
15 – Edna de Tião Basílio (anjo)
sábado, 25 de dezembro de 2021
SABÁTICAS
🛑Nas palavras do comentarista político, Gerson Camarotti: "Bolsonaro não agrega o 'centrão', nem o 'centrão' agrega Bolsonaro". E, nas palavras de um líder do "centrão". "O presidente da República é um defunto muito pesado para ser carregado, principalmente no Nordeste"
🛑O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, negacionista de carteirinha, com medo de morrer, sucumbiu, tomou a vacina contra a covid-19, postou nas redes sociais e, na primeira aparição em público, levou sonora vaia de seus seguidores. Será disso que o bôzo tem medo?
🛑No atual momento, o prefeito de Princesa - em busca de votos para seus parceiros -, corre atrás dos adversários para dar empregos a torto e a direito. Enquanto isso, seus correligionários ficam aguardando as promessas da campanha do ano passado.
🛑A candidatura do deputado, Pedro Cunha Lima, ao Palácio da Redenção, é coisa para inglês ver. Nem ele mesmo acredita. Ademais, no lançamento da candidatura, ocorrido no início desta semana, o fato mais relevante foi a ausência de seu pai, o ex-governador Cássio Cunha Lima.
🛑O Congresso Nacional, votou na última terça-feira (21), pela aprovação da liberação de verba para suprir o Fundo Eleitoral (o chamado "fundão" que financiará as eleições de 2022), no valor de R$4,9 bilhões. Em 2018, o dispêndio para o mesmo desiderato foi de apenas R$ 1,7 bilhões. Enquanto isso, pessoas pobres catam restos de comidas nos lixões. Eita democracia cara da mulesta!
🛑Na Paraíba, sobram vacinas e faltam braços. Mesmo assim, o nosso Estado não figura entre os que mais vacinaram no país. Pelo visto, falta mais alguma coisa...
🛑Dezembro chegou para mostrar ao povo de Princesa que o prefeito mente deslavadamente. Por mais de uma oportunidade, Nascimento garantiu - em entrevistas radiofônicas -, que até este mês de dezembro, as principais ruas da cidade estariam asfaltadas. Como já sabíamos, até agora nada. E o nariz do prefeito crescendo....
🛑O presidente Jair Bolsonaro, de férias no Guarujá/SP, dançou funk numa lancha e desagradou aos deputados e senadores da bancada evangélica: "Esse comportamento é ofensivo à pauta dos bons costumes". Desse jeito, o bôzo termina dançando de verdade.
🛑O pré-candidato, Ciro Gomes (PDT) disse, sobre o outro pré-candidato, Sergio Moro (Podemos): "Ele não quer debater comigo porque eu vou dizer que ele é um corrupto, estepe do fascismo e bandidão despreparado". Vixi!
🛑O rateio dos recursos do Fundeb, em Princesa, se o prefeito quisesse pagar, seria algo em torno de R$15 mil para cada professor.
🛑🤝Os abraços de hoje vão para: Darvina Galdino, Rialtoan Araújo, Dilma Araújo, Cilmara de Edinho, Lígia Paulino, Antônio Dellano e Júlia, João Bosco de Marçal do Silva, Noca e Neném de Beni, Mônica Barros, Rosarinho Carvalho, doutor Dedé, doutor Diomar Pegado, compadre Marcos, Ninha de Zé do Prego, doutor Alan Moura, Chico de Tozinho, Antônio Fon-fon, Roque de Tião do Ó, Antônio Lira, Lita Maia, Roque Fogueteiro, Neno França, Luís de Cordeiro, Dorinha de Luís Galvão, Natália Leandro e Marconi Campelo.
O Natal de antigamente II
Quando escrevo neste Blog sobre as coisas da nossa Princesa de antanho, as contribuições dos conterrâneos - através de comentários postados - vêm a mancheias. Desta feita, foi Lilia Muniz, o que me faz reeditar o título. O novenário da Padroeira, com seus patrocinadores (noiteiros), movimentava a festa quase que numa competição. Levavam em consideração quem melhor enfeitava os altares da Igreja Velha (missão que era sempre confiada às senhoras Ada Barros; Juanita Cardoso; Antônia Gastão e Titica de Mirabeau); quem mais contribuía com dinheiro e até quem soltava mais foguetões.
Depois da novena - com ladainha e tudo -, que se encerrava com a bênção do Santíssimo Sacramento, todos se postavam no adro a Igreja para assistir ao festival pirotécnico que antecedia às apresentações do Pastoril. A noite mais triste era a "Noite das Viúvas" mesmo assim, soltavam foguetões e balões nas cores roxa e branca (representando o luto pelos falecidos). Por outro lado, a noite mais animada era a "Noite dos Artistas" que acontecia no derradeiro dia do ano. Nessa noite, acontecia um verdadeiro show pirotécnico. Sob o comando de Pedro Fogueteiro, além dos famosos balões (confeccionados por Joaquim Gomes e por Tozinho Leandro), havia os "neguinhos" pilando num pilão o que soltava faíscas multicoloridas.
Tinha também um ritual engraçado quando Estela Cavalcante e Alice de Padre Maia duas solteironas juramentadas -, percorriam as barracas da festa e as principais residências da cidade. Estela, segurando uma caixa de madeira e, dentro dela, uma imagem do "menino Jesus" e, Alice, a tocar num pequeno sino; humildemente, pedindo esmolas, o que era revertido em favor da Igreja. Ceia de Natal, só nas casas dos ricos. Os remediados se satisfaziam comendo galinha assada nas Barracas do Padre e tomando guaraná quente e, os pobres, enchiam o bucho com pão-doce e com o capilé de João Costa. As crianças dormiam cedo na esperança de encontrar, no outro dia, um presente deixado no sapato, por Papai Noel.
Aledson Moura concita professores a reivindicar seus direitos
Em vídeo veiculado ontem (24), nas redes sociais, o doutor Aledson Moura se dirigiu aos professores da Rede Municipal de Ensino de Princesa, prestando esclarecimentos acerca do rateio dos recursos do Fundeb e concitando-os a buscarem seus direitos. Em sua fala, o suplente de deputado mostrou que a verdadeira intenção do senhor prefeito Ricardo Pereira do Nascimento é a de enganar os docentes princesenses.
Aledson Moura fez ver que é uma falácia, quando o prefeito diz que não pagará o abono dos professores por conta do que dispõe a Lei 173/2020, que proíbe aumentos salariais no período de março a dezembro de 2020, por conta da pandemia de covid-19. Esclareceu que a vinculação de 70% do Funde destinado aos professores é um preceito constitucional, e que a lei supracitada não tem nada a ver com esse caso. Ademais, é sabido por todos que o prefeito Nascimento não hesitou em conceder, a si próprio, um astronômico aumento salarial no mesmo período proibitivo e agora, arvora-se de legalista somente para negar o abono que é de direito de todos os docentes. Exemplo disso é o município de Teixeira que, ontem, depositou nas contas dos professores algo em torno de R$ 15 mil, a título de abono, fruto do rateio desse mesmo recurso do Fundeb.
O problema é que o prefeito de Princesa, em sua constante prática de mentir e de enganar, forja argumentos insustentáveis para surrupiar o que é de direito dos professores. São dois pesos e duas medidas: aumenta seu salário e nega abono a toda uma categoria. O pau que dá em Chico, não dá em Francisco? E o sindicato da classe, por que está tão calado? E os próprios professores, por que não se mobilizam publicamente em busca do que é seu de direito? Estranho, muito estranho.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2021
Mais um princesense no rol dos imortais
No próximo dia 27 deste mês, o princesense Emmanuel Conserva
de Arruda, promoverá, em Princesa, o lançamento de seu livro “As Fronteiras de
Perdição”. A obra trata da formação histórica da cidade de Princesa, suas
raízes, resultado de esmerado trabalho de pesquisas e análises. A apresentação
do livro se dará no Palacete dos Pereiras às 19:30. Importante não só a
aquisição da obra, mas também a presença naquele local que hoje sedia a APLA –
Academia Princesense de Letras e Artes. Imperdível.
O Natal de antigamente
Um comentário despretensioso do conterrâneo Gilson Kumamoto,
nas redes sociais, se referindo ao Pastoril, me deu inspiração para escrever
sobre o Natal, mais especificamente sobre o Natal da Princesa das décadas de
1960/70. Naquele tempo, tudo girava em torno da Igreja. As festividades de
final de ano se confundiam com a Festa da Padroeira. Já em meados de dezembro a
Rua Grande se enchia de barracas (toscas conformações feitas com madeira e
palhas de coco) que funcionavam como bares onde eram servidas, além de bebidas,
as comidas típicas da região.
No entorno da Igreja Matriz, comandado pelo vigário e
organizado pelas associações religiosas, montava-se a quermesse onde aconteciam
os leilões que eram “chamados”, de cima de um palco, por Parajara Duarte, o
mesmo palco em que acontecia o Pastoril, quando se digladiavam os partidários
do cordão azul e do cordão encarnado. Também se instalava o que mais se parecia
com um parque de diversões com canoas e o juju de “seu” Manezim Cristóvão, além
do “jogo do mocó” patrocinado por frei Alberto.
Como tudo em Princesa era contido de política, o Pastoril - dança
realizada por moçoilas da sociedade em que desenvolviam jornadas com cantos
alusivos ao Natal -, tinha como torcedores do cordão Azul os partidários dos
“Pereira” e, o cordão Encarnado - sob o comando de João Mandú - era louvado
pelos “Diniz”. No Pastoril, os ramalhetes das pastorinhas eram oferecidos aos
ricos comerciantes que contribuíam com dinheiro para a Igreja. Já nos leilões,
a disputa era acirrada: quando algum dos nominandistas
oferecia um lance numa galinha assada, um pereirista cobria o valor, e vice-versa.
Era tudo muito divertido, mas antes do profano, havia a festa
sacra. O novenário iniciava no dia 23, culminando com a coroação da Padroeira
no dia 31 de dezembro. No dia 1º de janeiro acontecia a Missa Solene e a
Procissão com a imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho. Os homens de bens
carregavam o andor da Santa, no que eram acompanhados – em filas – pelas associações:
“Filhas de Maria”; “Franciscanos”; “Zeladoras do Sagrado Coração de Jesus”,
dentre outras. No novenário, cada noite tinha um patrocinador, sempre
representante das classes mais abastadas, o que proporcionava contribuições
avultadas para a Igreja. Era assim o Natal de antigamente.
Vacina não é remédio
Somente no Brasil vemos isso. Ontem (23), o ministro da
saúde, o paraibano Marcelo Queiroga – negacionista de carteirinha -, além de
dizer que a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos de idade não é prioridade,
afirmou que a imunização dessa faixa de idade dependerá da autorização dos pais
e de uma prescrição médica. Autorização paterna, em se tratando de crianças,
isso é óbvio. Prescrição médica, no entanto, soa ridículo uma vez que vacina
não é remédio.
Para entender o onagro raciocínio do ministro, teríamos que
transportar a “infalibilidade papal” para os médicos ou, no mínimo,
considerá-los inspirados pelo Divino Espírito Santo. Isso mesmo, pois, a
prescrição teria que ter, no seu bojo, o entendimento de quais seriam as crianças
que poderiam ser contaminadas pelo vírus da covid-19. Diante dessa maluquice,
fica patente a irresponsabilidade desse desastrado governo que é comandado por
um maluco que se faz seguir por outros tantos.
O presidente Jair Bolsonaro, que dança funk – como se tudo
estivesse às mil maravilhas - enquanto os pobres catam restos de comidas nos
lixões, a cada dia cria situações as mais complicadas e prejudiciais à
população. Contrário à vacina salvadora, impõe agora as maiores dificuldades
para a imunização de crianças, no que é seguido pelo ministro Queiroga, num
momento em que se constata que morrem, no Brasil, vitimadas pela covid-19, uma
criança a cada dois dias. Se para eles a vacina não é prioridade, para o povo,
a prioridade é que esse governo acabe.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
Até agora, em Princesa, nada de rateio do Fundeb
O que vem ocorrendo em várias cidades do Brasil e também da
Paraíba, a exemplo de Monteiro, São Bento, Quixaba/PE e, em breve aqui no
município vizinho de Tavares, é a boa vontade e o cumprimento da lei, por parte
dos prefeitos, em conceder o rateio do excedente dos recursos do Fundeb, a
título de abono, entre os profissionais da Educação. Estranhamente, em
Princesa, ao arrepio da lei, isso vem sendo ignorado sob a alegação de que,
para tanto, há uma recomendação contrária do Tribunal de Contas. Eu pergunto: E
por que nos demais municípios isso é permitido?
Ignorado pelo senhor prefeito, esse direito dos docentes municipais,
que se recusa a pagar os abonos aos professores e pelo Sindicato representante
da classe, quando sequer se pronuncia a respeito, estão também calados os
próprios professores. O prefeito que se gaba em pagar salários em dia, se nega
agora em conceder o que é de direito àqueles profissionais que, representados
por uma instância [sindicato] pelega, - a mesma que antigamente rugia como um
leão, hoje, se comporta igual um gatinho angorá - tal qual a Câmara de
Vereadores, se submete aos ditames do chefe em abandono de seus associados.
Na Paraíba, a fatura política ainda não está liquidada
Mesmo com os partidários do ex-governador Cássio Cunha Lima
afirmando que o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, apoiará o nome
de Pedro Cunha Lima para governador do Estado, as especulações quanto a uma
composição de Romero com João Azevedo persistem. O governador afirmou, ontem,
que não perdeu o contado com o ex-prefeito e que mantém vivas as esperanças de
tê-lo junto na chapa majoritária.
Na política nada é impossível. Na verdade, Romero Rodrigues,
que despontava como candidato natural da oposição para enfrentar o governador
em sua reeleição e que tinha o expresso apoio do presidente Jair Bolsonaro,
sabiamente, ao sentir os humores políticos, recuou desistindo da empreitada e do
apoio presidencial e, agora no conforto do “ostracismo”, diz que disputará uma
vaga na Câmara Federal, porém, nos bastidores, vive de confabulações com João
Azevedo através do telefone. Na Paraíba, o jogo só acaba quando termina.
Quase certa a composição Lula/Alckmin para as eleições do próximo ano
Após jantar ocorrido na última segunda-feira (20), em que se
refestelaram o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (ainda sem partido), juntos a algumas lideranças de várias nuances
partidárias, se supõe quase certa a composição Lula/Alckmin (nessa ordem), para
concorrer à presidência da República nas eleições do ano que vem.
Mesmo estando pontuando com líder nas pesquisas de intenção
de votos para o governo de São Paulo, Geraldo Alckmin sabe que será duríssima a
campanha naquele Estado onde o governador João Dória, de posse da caneta, bancará
a candidatura de seu vice, Rodrigo Garcia. Além do mais, o cenário se torna
adverso quando Alckmin, sem poder, terá dificuldades de reunir um bloco
partidário competitivo em torno de seu próprio nome.
Somado a tudo isso, o favoritismo do ex-presidente Lula nessa
pré-campanha presidencial faz-se convidativo a uma confortável composição com
este. Na verdade, esse casamento se apresenta como algo lucrativo para ambos os
lados, uma vez que Lula, além de afagar a centro-direita, auferirá vantagens
ganhando mais alguns votos no interior do maior Estado da Federação. Por essas
e outras razões, a composição entre os dois figadais adversários de antanho, já
se faz quase certa.
7 DE SETEMBRO DE 1968
A foto acima retrata um pelotão alegórico do Grupo Escolar
“Gama e Melo” no desfile do dia “7 de Setembro” do ano de 1968. A faixa,
ostentada por Dedé de Genésio, traz a seguinte inscrição; “Crianças de hoje, Homens de amanhã”. As crianças retratadas nessa
fotografia são as seguintes: de capacete, Toinho de Edeildo posa de “engenheiro”;
de batina, roquete e missal nas mãos, Dominguinhos retrata o “padre”; logo
atrás, está Zé de Odilon com uma aquarela nas mãos se fazendo de “pintor”; ao
lado de Dominguinhos, vemos “Pirrita” de Wálter Barreto com a maletinha de
“médico”; atrás dele, Elizabeth Felizardo é a “professora”; e, por fim, Brás de
Alfredo Carlos é o “arquiteto”. Pelo que sei quase nada se confirmou. Cada um
tomou seu rumo, no mais das vezes, de forma diferente do que está composto
nessa fotografia. Dos retratados, apenas eu e Dedé ficamos por aqui em Princesa,
os demais - à exceção de Zé de Odilon que já nos deixou -, residem todos fora
de Princesa. Se não tomaram as profissões aqui prenunciadas, pelo menos as
notícias são de que todos enveredaram pelo caminho do bem, menos o “padre”, que
virou político.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2021
Doutor Aledson parabeniza Manaíra pelo seu Aniversário
Ontem (21), Manaíra completou 60 anos de Emancipação Política. Mesmo nesse
tempo de pandemia, a data não passou em branco, ocasião em que foi inaugurado
um Ginásio de Esportes e realizado um torneio de futebol. Solidário com o povo
daquele município, doutor Aledson Moura compareceu para prestigiar os eventos,
ocasião em que se encontrou com várias lideranças que lhes emprestam apoio
político, a exemplo do vereador Rocha, e lideranças como professor Suel, Edezel,
pastor Mimi, Eriston, Etão,Juninho dentre outras.