segunda-feira, 31 de julho de 2023

Este Blog extrapola fronteiras

O Blog do Dominguinhos alcança sucesso até fora do Brasil. As estatísticas recentemente divulgadas dão conta dos excelentes números desse jovem veículo de comunicação. Com menos de 5 anos no ar, este Blog já ultrapassa as fronteiras nacionais quando, além de ser acessado em todo o Brasil, agora, tem público também no estrangeiro: Estados Unidos, Argentina e, até na Nigéria, dentre outros países. Conforme gráfico acima, constata-se que depois de Princesa, com 53,9% de público alcançado, vem João Pessoa (9,9%), Tavares (4,5%), São José de Princesa (2,4%) e por aí vai. Isso nos estimula a continuar cada vez mais nos aprimorando para melhor informar. O sucesso deste Blog talvez se explique pelo fato de ser diferente, quando não cuida somente das notícias do dia-a-dia, mas, também aborda assuntos vários atendendo aos interesses de todos.



Posto Candelária se destaca no cenário empresarial princesense

Uma organização do jovem empresário Matheus Soares Fontenele, o Posto Candelária, instalado em Princesa desde 07 de outubro de 2017, localizado à Rua Manoel Batista da Silva, no Bairro Maia (saída para Flores/PE), é um empreendimento moderno, dotado de excelentes instalações e atendimento de primeiríssima qualidade com o intuito de bem servir aos seus clientes. Além do abastecimento de combustíveis e da venda de óleos lubrificantes de várias marcas, ali funciona também uma loja de conveniências com salgados, bebidas, bomboniere, etc. Para melhor atender à demanda de sua empresa, Matheus Fontenele possui também uma transportadora que lhe permite segurança e qualidade do produto que comercializa.



A Câmara de Vereadores de Princesa voltou a funcionar

Na última sexta-feira (28), a Câmara Municipal de Princesa, depois do merecido recesso junino, restabeleceu seus trabalhos legislativos. Para tanto convidou todas as autoridades constituidas do municipio, inclusive - como não poderia deixar de ser - o senhor prefeito municipal. Estranhamente, presente também estava o vice-prefeito, José Casusa. Estranho porque, às solenidades do dia 11 de julho, Casusa, mesmo convidado pelo prefeito, e estando na cidade, não compareceu e, agora, se fez presente atendendo ao convite do presidente da Casa de Adriano Feitosa

Em seu discurso de saudação pelo retorno dos trabalhos legislativos - para não fugir à regra - o senhor prefeito usou seu discurso (numa solenidade oficial) para tentar desmerecer este Blog afirmando que as notícias aqui veiculadas são inventadas, que sou eu uma voz isolada e que sou desonesto descarado e que não sou normal. Pelo menos, quanto ao adjetivo "normal", eu entendi. É que, para Nascimento, normal é quem se cala e abaixa a cabeça para ele - a exemplo da maioria dos vereadores com assento naquela Câmara Municipal.

Normal para Nascimento é levar gritos e fechar os olhos para seus desmandos administrativos, contábeis e financeiros. Quem não lembra quando uma presidente dessa Casa Legislativa afirmou, em tempos recentes, numa Sessão: "Nós estamos aqui para cumprir ordens". O alcaide não suporta quem o crítica e detesta quem não se submete aos seus caprichos. Lamento pelo sofrimento de Nascimento quanto aos desgostos que lhes causo. Nada posso fazer. A não ser que ele faça a coisa certa, que se conserte, deixe de mentir e de enganar as pessoas.

Por fim, em sua fala, ao se referir a mim como persona non grato (título que me foi concedido por essa Câmara Municipal, do qual me orgulho muito), o nosso alcaide pediu que orassem por mim e invocou os Evangelhos para dizer que Deus está com ele. Nascimento já conseguiu comprar, desde os eleitores menores até figuras dos altos escalões: Será que ele imagina comprar Deus também? Pela intimidade como ele se refere ao Criador, dá para perceber que tem certeza de Ele abençoa suas falcatruas. O mistério Divino é insondável e, o tempo, é o senhor da razão. Sigamos...



sábado, 29 de julho de 2023

SABÁTICAS

. A cada dia a turma de Bolsonaro se enrola mais com a Justiça. Agora, em face da divulgação de um Relatório do COAF, constatou-se que o ex-ajudante de ordens do Jair, Mauro Cid, movimentou, em pouco mais de 10 meses, R$ 3,7 milhões. Segundo aquele órgão de controle, isso é incompatível com a renda do tenente-coronel.

. As investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, André Gomes, avançam para chegar aos nomes dos mandantes. Tem gente grande se tremendo de medo.

. Num evento ocorrido na Câmara Municipal de São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro chamou Lula de “analfabeto” e de “jumento”. Em defesa própria, Lula disse: “Ofensivo seria se comparassem um jumento a ele”.

. Na verdade, o bôzo adora coisas relacionadas a jumentos. Quem não lembra, na campanha eleitoral do ano passado, quando ele disse que nós, nordestinos, só prestávamos para comer capim? Agora, quem tá pastando é ele...

. Em face do bom desempenho da Economia, da baixa inflação e do bom relacionamento do Governo com o Congresso Nacional, quando vêm sendo aprovadas matérias da agenda positiva, a agência de risco Fith Ratings acaba de elevar a nota de crédito do Brasil.

. No início desta semana que se finda chegou-me a notícia de que um figurão do governo Nascimento foi pego com a mão na cumbuca. Nesse caso, a situação se complica porque, ali, tem solução.

. Falar em figurão, tem figurona adesista da Prefeitura que não está mais indo trabalhar porque o salário está atrasado em 3 meses. Quem manda mesmo é o vil metal. Nesse caso, a alegria não vem das tripas, mas sim, do bolso. Isso vem desestimulando novas adesões movidas pelo canto da sereia.

.  A mesma mulher que gravou um vídeo, mês passado, sobre descaso da Saúde quanto a uma cirurgia prometida e não cumprida, repetiu, ontem (28) a mesma ladainha. Segundo dona Idélia, a Secretaria de Saúde está fazendo dela uma boneca de pano, jogando-a para todo lado sem resolver seu problema grave de saúde.

. A exemplo de dona Idélia, muita gente vem criando coragem e baixando o pau em Nascimento. Pelo visto, a zona de conforto de que desfrutava o grupo liderado pelo prefeito, tá virando mesmo uma “zona”.

. Depois das matérias aqui veiculadas sobre o calote no 13º Salário dos servidores efetivos do município de Princesa, o prefeito resolveu pagar. Só que está fazendo os pagamentos a conta-gotas. Nem todos os servidores foram contemplados ainda, inclusive os da área da Saúde.

. A sucessão municipal em Princesa já está fervendo. Tá acontecendo coisas que o diabo duvida. Tem foguete dando ré e até matuto se enfronhando. Tudo isso sem aprovação eclesiástica.

. Os abraços de hoje, vão para: Aldomar Martins, doutor Cícero Florentino, Tonina Fernandes, Severino da Coletoria, Lêda Maria, Edilene Duarte, Lygia Lopes, Frederico Sitônio, Zé Maceió, doutor Messias Simão, Diva Ferreira, Zé Hélio, Xandú Fernandes, Xandú Diniz, Toga Branco, Paulo e Glicirene, Maria Amélia Cavalcanti, Erick de Marinho, Zé da Queda, Aldo Lopes, Toinho Fernandes, Tadeu Florêncio, Irenilda Maia, Neno de Mirabeau, Cosminho, Eduardo Abrantes e Luísa do Peixe.



Histórias e estórias engraçadas de Princesa

Com o advento da televisão em Princesa, os costumes se modificaram consideravelmente. Em face dessa novidade tecnológica, as pessoas passaram a tomar conhecimento do que acontecia no Brasil e no mundo através das imagens que recebiam dentro das salas de suas casas, sem falar na “chiqueza” que era possuir em casa um aparelho de televisão que logo passou a ser chamado de TV, um privilégio de poucos, coisa de rico. Depois das novelas, o programa mais assistido era o Jornal Nacional, naquele tempo, ancorado pelo elegante Cid Moreira. A minha sogra, dona Neusa Alves, afirmava de pés juntos que Cid Moreira, mesmo de paletó e gravata, apresentava o jornal de bermudas. No entanto, o mais engraçado que colhi sobre isso foi que muitas pessoas acreditavam na interatividade das imagens exibidas pela televisão com os que estavam na sala a assistir.

Dona Xandú, viúva do coronel José Pereira Lima, mãe do falecido deputado Aloysio Pereira e bisavó do ex-prefeito Thiago Pereira, não perdia uma edição do Jornal Nacional. Para tanto, logo cedo da noite, tomava banho, se “aprifilava” toda, se perfumava e se sentava numa das cadeiras de balanço da sala principal do Palacete dos Pereira, de frente para a televisão, para assistir à conversa de Cid Moreira. Aos que perguntavam por que tanta elegância, a velha respondia: “E vocês acham que eu vou me apresentar, para assistir esse homem bonito falar, vestida como uma mendiga?”. No dia que não tinha tempo para se arrumar, dona Xandú, assistia ao Jornal Nacional sentada numa cadeira ao lado da televisão para que Cid Moreira não a visse desarrumada. A viúva do coronel Zé Pereira faleceu, nonagenária, no final da década de 90 e, Cid Moreira, ainda hoje vive aos 95 anos de idade.



ARTISTA QUASE COMPLETO

CARLOS EUGÊNIO FLORENTINO é um talentoso artista plástico princesense, um verdadeiro engenheiro das artes. Para conhecimento dos que admiram o que é belo, além de reproduzirmos aqui alguns dos trabalhos de Carlos Eugênio, informamos sobre as habilidades desse artista: faz letreiros; desenha; esculpe em madeira e pedra; pinta quadros (óleo sobre tela); entalha; enfim, é um artista quase completo e trabalhando com afinco, a cada dia, vem se aprimorando em busca da perfeição. Falto de recursos financeiros, Eugênio usa o ofício da arte para sobreviver, aceitando encomendas que, como podemos ver, executa com maestria. Acima, estão retratados alguns trabalhos já realizados pelo artista.



 

 

A Saúde de Princesa está se tornando um caso de Polícia

A cada dia que passa a situação no setor de Saúde, em Princesa, se agrava ainda mais, sem falar nas reincidências. Ontem (28), tive a oportunidade de ver um vídeo gravado por aquela senhora, Idélia, que há pouco menos de um mês reclamava da falta de atenção quanto ao seu grave problema de saúde, quando necessita de uma cirurgia em um dos braços e, até agora, não tem conseguido resolver essa situação. Vem bolando entre Prefeitura, Ministério Público e hospitais da capital do Estado.

Agora, a mesma mulher, reclama de um encaminhamento errado, promovido pela Secretaria de Saúde, quando foi para João Pessoa e deu, de novo, com os burros n’água. Depois de perambular por hospitais, voltou com o braço do mesmo jeito, sentindo as mesmas dores e, o que a socorre agora, são injeções de morfina. Não que isso seja uma novidade na Princesa de hoje. As reclamações são várias e, todas, pertinentes. O que nos surpreende é a coragem de as pessoas estarem agora denunciando publicamente esse descaso.

Na última quarta-feira (26), recebi uma mensagem de um senhor que reclamava porque as cirurgias cesarianas agendadas para aquele dia, no Hospital Regional, foram suspensas sem nenhuma explicação e cerca de oito mulheres voltaram para casa. É um verdadeiro encadeamento de problemas que envolvem a Saúde municipal, o que nos deixa preocupados porque as autoridades que deveriam tomar as providências admitem, publicamente, que a saúde está funcionando plenamente. Antigamente, poderíamos recorrer ao Bispo. Hoje, porém, só nos resta a Polícia.



sexta-feira, 28 de julho de 2023

Empresários de Lagoa da Cruz contribuem para o desenvolvimento de Princesa

Um dos arruados mais antigos que compõem a municipalidade princesense é o Povoado de Lagoa da Cruz. Além de ser o berço de algumas familias ilustres que contribuíram para a construção e também para a formação social de Princesa, é também histórico. Foi ali onde registrou-se a passagem da Coluna Prestes pelo município de Princesa. Cumprindo sua vocação para o progresso, a "Lagoa" (como é chamado aquele Povoado), continua contribuindo para o desenvolvimento do nosso município, o que é personificado na ação de vários jovens empresários daquele lugar que optaram em envidar esforços com o intuito de fazer Princesa crescer ainda mais.

São muitos os empresários "lagoadacruzenses" que investem na economia princesense.Começa pelos "Pitadas" que se posicionam hoje como o maior grupo empresarial da cidade quando empreendem nos ramos de ovos, frangos, carnes, além da pecuária e da agricultura. Outro empresário importante é Arnaldo Lopes, que tem uma rede de postos de gasolina e funciona também no ramo comercial de estivas, o que vem contribuindo para o progresso da nossa terra. E não podemos esquecer da "Auto Escola Nunes" do casal de empresários Antônio e Lenice Nunes que vêm se destacando, com sucesso, nesse ramo de suma importância. E, para fechar, louvamos a importante iniciativa do jovem Júnior de Zé de Orlando, como seu bar e restaurante "Ancoradouro", o que vem fazendo grande sucesso.

No entanto, o mais recente empreendimento - algo inusitado e inovador em nossa região - é o "Haras Severino Carlos" do empresário Bibiu Salvador. Ali, além da criação e treinamento de cavalos de pura raça, há também a comercialização de sêmen, por enquanto, adquirido de outros haras, o que além de gerar emprego e renda, em breve, fará parte também do roteiro turístico do nosso município. Bibiu Salvador não está roubando, mas sim, herdando de seu avô, Severo, a vocação de empreender daquele que foi, na qualidade de grande proprietário de imóveis, um dos construtores do Povoado de Lagoa da Cruz.




LAMPIÃO, REI DO CANGAÇO

No Nordeste brasileiro

Meio a caatinga e mormaço,

Numa época em que a lei

Era na bala e no braço,

Viveu por essa ribeira

O Virgulino Ferreira

Lampião, Rei do Cangaço.


Ocupando cada espaço

Viveu por esse torrão,

Implantou a sua lei

Sem pena, sem compaixão,

Combateu a covardia

Dizendo que não servia

Pra se firmar no sertão.


Despertou veneração

Foi amado e odiado,

Mesmo sendo controverso

Pelo sertão é lembrado,

Que no punhal e no braço

No cenário do cangaço

Edificou seu reinado.


Procurado por volantes

Caçado como bandido,

Sem ter sossego um instante

Fora sempre perseguido,

Escapou de mata em mata

Mas ao vê uma mulata

O capitão foi vencido.


Maria Bonita foi à bela

Que enfeitiçou Lampião,

Da fera mais perigosa

Foi dona do coração,

Entre justiça e terror

Viveram um grande amor

Nas caatingas do sertão.


Lampião seguiu vivendo

Por todo esse rincão,

Dando fim aos traiçoeiros

Existentes no sertão,

Mas o que mais combateu

Um dia lhe apareceu

Na primeira refeição.


A maldita traição

Informou o matador,

E na grota do angico

A cena foi de terror,

Lampião foi metralhado

Com Maria Bonita ao lado

No final de um grande amor.


Poeta cordelista

Rena Bezerra



85 ANOS DA MORTE DE LAMPIÃO

Em 28 de julho de 1938 – há exatos 85 anos -, na madrugada fria e chuvosa de uma grota da fazenda “Angicos”, às margens do Rio São Francisco, no município de Poço Redondo no Estado de Sergipe, foi morto - quando acabara de completar 40 anos de idade - Virgulino Ferreira da Silva, o famigerado “Rei do Cangaço”, o Lampião. Nascido em 04 de junho de 1898 na Zona Rural da então Vila Bela (atual Serra Talhada/PE), o cangaceiro mais emblemático do Nordeste era filho de José Ferreira dos Santos e de Maria Sucena da Purificação e casado com a baiana Maria Gomes de Oliveira que nasceu em 08 de março de 1911 e faleceu na mesma ocasião de seu companheiro. A consorte de Lampião era conhecida como “Maria de Déa” e consagrada para a história do Cangaço Brasileiro pelo codinome “Maria Bonita”.

Em constante fuga das polícias de oito dos nove Estados nordestinos (à exceção do estado do Maranhão, onde nunca esteve), Lampião se escondia sempre sob o amparo de “coiteiros” que lhes davam guarida nem sempre por amizade, mas por temor. Desta feita, o “Rei do Cangaço” se deu mal, pois, quando traído por um de seus protetores, o coiteiro chamado Pedro de Cândido, encontrou a morte. Na noite de 27 de julho daquele ano de 1938, Lampião, após rezar o “Rosário da Mãe de Deus”, recolheu-se à sua barraca juntamente com sua mulher “Maria Bonita”, beijou os bentinhos de Nossa Senhora do Carmo e preparou-se para dormir. Como se estivesse a adivinhar, naquela noite Lampião não quis participar das diversões, sequer tomou sua bebida preferida, o conhaque.

Em que pese haver um dos cangaceiros montando guarda no topo de uma pedra, o cabra, estranhamente, não foi capaz de identificar – já na madrugada do dia 28 -, a aproximação da volante da polícia de Alagoas, chefiada pelo tenente João Bezerra. Surpreendidos com o ataque fulminante, alguns cangaceiros conseguiram fugir. Porém, Lampião, que já havia escapado da morte várias vezes - uma delas aqui perto de Princesa (nas imediações do Povoado de “Patos de Irerê”) - não conseguiu fugir, tampouco defender-se e foi morto por vários disparos de fuzis e de rifles desferidos pela polícia alagoana.

Morto o chefe maior do Cangaço Nordestino, encerrou-se um ciclo de violência nas caatingas da nossa região que, por sua antológica performance, ficou inscrito nos anais da história do Brasil. Após a exterminação de parte do bando do cangaceiro de maior destaque no Nordeste brasileiro (morreram 11 cangaceiros e, do lado da Polícia, apenas uma baixa) as cabeças dos cangaceiros mortos foram decepadas e exibidas nos degraus da igreja Matriz da cidade alagoana de Piranhas e depois nas cidades de Maceió e Salvador. Essas cabeças passaram alguns anos num Museu na capital baiana e, em 1969, atendendo apelos da filha do Rei do Cangaço, Expedita, as cabeças de Lampião e de Maria Bonita foram sepultadas em local não identificado.



Retratos das Campanhas Eleitorais de Princesa V

Em 05 de setembro de 2012 aconteceu, em Princesa, um dos maiores comícios já havidos na cidade. Era a campanha eleitoral para prefeito, em que concorria Dominguinhos (PSDB), contra outros quatro candidatos: Ricardo Pereira do Nascimento (PCdoB), doutor Diomar Pegado (PDT), doutor Aledson Moura (PSB), José Nominando Diniz (PSOL). Esse comício, realizado na “Rua Grande” era da campanha de Dominguinhos, que adotou a cor azul. A foto acima retrata a saudosa militante “boca-preta”, Aparecida Preta ou Aparecida de dona Nenê, também chamada de “Pitôte” desfraldando uma bandeira. Era uma amiga por quem eu tinha imensa consideração e respeito. Em sua homenagem faço hoje esse registro.



Enquanto o prefeito comemora mais uma vitória no TCE o povo de Princesa sofre com a derrota na Saúde

Ontem (27) logo cedo recebi a visita de um cidadão, morador do Conjunto Habitacional “Aloysio Pereira Lima”. Aflito, esse homem (que não devo divulgar seu nome aqui para preservá-lo de perseguições), que sofre de várias doenças crônicas, entre elas diabetes, hipertensão arterial, além de esquizofrenia paranoica, veio socorrer-se de mim com um apelo dramático em prol de sua saúde. A reclamação principal desse paciente foi sobre o precário atendimento a que é submetido no Posto de Saúde do seu Bairro.

O relato consiste em que, no Bairro onde mora, o Posto de Saúde da Família só atende 10 fichas priorizando a ordem de chegada e que, a maioria dos usuários daquele serviço, chega ali ainda pela madrugada e que ele [o reclamante], precisando de uma receita para adquirir os remédios psicotrópicos de que necessita, não tem conseguido e que tem escapado adquirindo o remédio para dormir de forma alternativa.

Nas bastasse isso, o homem relatou também que quando consegue uma consulta é bem atendido pela médica que ali trabalha, o que não acontece com o atendimentos prestado pelos profissionais da enfermagem que não acolhem os pacientes com presteza, sem falar na ausência das necessárias visitas domiciliares dos Agentes Comunitários de Saúde. Somado a tudo isso, o paciente lamenta que há 4 anos tenta fazer um exame de vistas e não consegue porque não tem um encaminhamento avalizado por um vereador da base do prefeito.

O que é mais grave é que, o cidadão em tela, fez todos os exames laboratoriais solicitados pelo médico na última consulta conseguida a duras penas e, até agora – dois meses depois -, não conseguiu uma consulta para que o médico analise os exames. Semana passada, a situação se agravou quando esse senhor, com pressão nas alturas, procurou o Hospital Regional e lá informaram que deveria procurar seu PSF. Sabendo que não conseguiria ser atendido, acorreu à UPA e lá chegando foi atendido quando constataram estar o mesmo com a pressão arterial alteradíssima, sua glicemia em 480 mg/dL e muita dor de cabeça.

Em face dessa grave situação, o paciente procurou o Ministério Público para denunciar esse descaso que poderia ter-lhe custado a vida, e já tem agendada uma audiência na Promotoria para o próximo dia 8 de agosto. Por fim, resolveu me procurar com o pretexto de que, quando este Blog denuncia, as coisas se consertam. Moral da história: Enquanto o prefeito comemora vitórias judiciais sobre irregularidades denunciadas, o povo sofre com derrotas em busca pela saúde. Mesmo assim, há quem diga ainda que a Saúde de Princesa está em pleno funcionamento.



quinta-feira, 27 de julho de 2023

Padre Cícero reabilitado


No último dia 20 deste mês de julho, completaram-se 89 anos da morte do padre Cícero Romão Batista. Esse número [89] é bastante emblemático na vida desse místico religioso pois foi em 1889 que aquele sacerdote cearense teve sua vida virada de ponta-cabeça. Nascido no Crato/CE em 24 de março de 1844 e ordenado padre em 1870, em Fortaleza/CE, voltou a sua terra natal, quando foi designado capelão da Igreja de Nossa Senhora das Dores, no então povoado de Juazeiro, pertencente à freguesia do Crato. Ali, Cícero se tornou um verdadeiro cura d’Almas. Era um padre que valorizava as pregações, visitava as casas de seus fiéis, dava conselhos e ensinamentos para o enfrentamento das secas, praticava caridade, enfim, um verdadeiro pastor.

Mesmo cuidando das coisas da religião, o padre Cícero exercia também ingerência na política local o que o fez, mais tarde, galgar os postos de prefeito do Juazeiro, deputado estadual e vice-governador do estado do Ceará. À época de Cícero, havia somente uma diocese no Ceará, sediada em Fortaleza, comandada pelo bispo dom Joaquim José Vieira – esse prelado mantinha uma relação por demais harmoniosa com o padre Cícero chegando a tecer elogios ao sacerdote quando dizia ser, o padre Cícero: “uma joia da Igreja”. Pela força do destino, mais tarde, um fato inesperado aconteceu o que provocou uma reviravolta na vida do padre Cícero Romão Batista, o que o fez tornar-se a “ovelha negra” da Igreja.

No dia 1º de março de 1889, durante a celebração de uma missa, quando no ato da distribuição da comunhão aos seus fiéis, o padre Cícero, ao depositar a hóstia – fruto da transubstanciação – na boca da beata Maria de Araújo, a partícula sagrada converteu-se em sangue. De imediato, os devotos presentes afirmaram que se tratava de um milagre e que a hóstia havia se transformado no sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Espalhada a notícia do “milagre”, muitos acorreram ao Juazeiro para constatar essa transformação Divina, o que passou a ocorrer todas as vezes em que o sacerdote dava a comunhão à pobre beata.

Maria de Araújo, uma cafuza, quase negra, analfabeta, raquítica e de saúde mental prejudicada era uma donzela juramentada que optara pelo voto de castidade e, entonada num tosco hábito (similar aos das freiras), servia na casa do padre e, sem nenhuma pretensão, viu-se de repente no olho do furacão como protagonista do “milagre”, fato com repercussão gigantesca. Padre Cícero, sem explicação para o fato, mesmo assim não desestimulou que os fiéis fizessem disso algo verdadeiro e passível de adoração. Pelo contrário, estimulou, quando até o lenços usados para enxugar o sangue da boca da beata serviam como peça de adoração.

O suposto milagre reverberou por todo o estado do Ceará chegando aos ouvidos do bispo dom Joaquim que, imediatamente, determinou a formação de uma comissão, formada por dois padres para que fosse procedida uma investigação sobre a veracidade do caso. Numa primeira, análise, a comissão atestou ser verdadeira a transformação da hóstia em sangue. Todavia, não convencida a autoridade eclesiástica, determinou esta uma nova análise com a incumbência de que fosse desmontada o que acreditava ser uma farsa. Assim foi feito e, na segunda investigação, a comissão optou por determinar inverídico o milagre do Juazeiro. Por conta disso, um religioso francês, padre Pierre-Auguste Chevalier, da Diocese de Fortaleza, teceu o seguinte comentário: “Nosso senhor não iria deixar a Europa para fazer milagres no Brasil”.

Em face do resultado das novas investigações que vieram a seu contento, o bispo do Ceará, animado pelo eurocentrismo do auxiliar francês e diante da discordância do padre Cícero em face do veredicto da Comissão, dom Joaquim José Vieira suspendeu o padre Cícero das ordens sacerdotais, proibindo-o de celebrar missas e de oficiar quaisquer sacramentos. Suspenso, padre Cícero se afastou por algum tempo de sua capela em Juazeiro e foi passar uns dias na cidade de Salgueiro/PE, na casa de um sobrinho da “coronela” cearense, dona Fideralina Augusto. Tempos depois, o padre retornou ao Juazeiro e, mesmo proibido, passou a casar e batizar, além de fazer sermões particulares em frente à sua residência, o que atraía centenas de fiéis. Por conta do “milagre”, das pregações e da influência política do padre Cícero, Juazeiro passou por uma onda de progresso e logo se transformou numa vila bastante próspera, chegando a superar - em tamanho e população – a sede do município, Crato. Em 1911 o antigo arruado do Juazeiro se tornou cidade e teve como seu primeiro prefeito o padre Cícero Romão Batista.

Insatisfeito com as punições impostas, o padre Cícero resolveu ir a Roma, tratar diretamente com o Papa. Chegando na Cidade Eterna, o padre cearense hospedou-se num colégio de freiras aguardando ser recebido pelo chefe da Igreja Católica, o papa Leão XIII. Não conseguindo esse desiderato, foi examinado pelo Tribunal do Santo Ofício, que remeteu ao Papa um Relatório de todo o caso em tela. Enquanto isso, Cícero ficou no aguardo da decisão papal, o que só veio quando ele já retornara ao Juazeiro. Sem muita surpresa, o padre recebeu a sentença do Sumo Pontífice que confirmava o que havia sido determinado pelo bispo de Fortaleza. Afastado em definitivo de suas obrigações de sacerdote e sem esperançada absolvição, Cícero adentrou de vez no mundo da política quando, em 1914, aliou-se ao governador deposto do Ceará, Nogueira Aciolly e lutou no episódio conhecido como “Sedição de Juazeiro” no qual derrotou a polícia cearense do então governador Franco Rabelo, o que proporcionou a recondução do seu amigo Nogueira Aciolly ao cargo de governador do Estado.

A reconciliação do padre Cícero com a Igreja de Roma só veio a acontecer em 2015 quando o papa Francisco aceitou a abertura do processo de beatificação do sacerdote cearense. A partir daí, Cícero passou a ser considerado um “Servo de Deus” a caminho da reabilitação que poderá leva-lo a ser um dia Beato e até ser canonizado Santo da Igreja que lhe excomungou. Desde então, a imagem do “Padim Ciço” teve a permissão de ser exibida nas Igrejas da religião Católica. Na verdade, para o povo do Juazeiro e de quase todo o Nordeste brasileiro, o padre Cícero já é considerado um Santo; mesmo porque, sem a anuência do Vaticano, mas com a aclamação dos devotos, Cícero já é, há muito tempo, considerado um santo popular consagrado pelos fiéis, porém não reconhecido (ainda) pela Igreja que, por heresia, lhe condenou um dia. Nesse caso, a infalibilidade do papa Francisco tem sido muito mais benéfica à fé nordestina – quando reabilita o padre Cícero - do que a falível decisão do papa Leão XIII quando ratificou sua excomunhão. Malgrado a hipócrita incoerência, sem comentários, afinal, Roma locuta est, causa finita est.



 

 

Revista Time elege Lula uma das 100 personalidades mais influentes de 2023

Na tradicional lista anual elaborada pela revista Time, o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), foi eleito uma das 100 personalidades mais influentes do mundo em 2023. Essa lista dá destaque também ao presidente norte-americano, Joe Biden; ao empresário das Comunicações, Elon Musk; ao rei Charles III, dentre outras personalidades mundo afora.

O perfil de Lula, na revista americana é assinado pelo ex-vice-presidente americano, Al Gore, que dá destaque às ações do presidente brasileiro em favor da preservação do meio ambiente, afirmando que: “A população brasileira escolheu um novo caminho, elegendo um campeão climático”. Al Gore afirmou também que Lula renovou os compromissos do Brasil com a democracia.

Lula já havia sido destaque da revista em 2022 quando era ainda pré-candidato à presidência da República. A Time destaca personalidades, tanto de forma positiva quanto negativa. Ano passado, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) foi destaque daquela importante publicação como um “líder controverso” pelos comentários falsos sobre a ligação da vacina contra a Covid-19 com a AIDS.



FRASES FAMOSAS

 

“A invenção é inimiga da história, que conhece apenas descobertas, e apenas o que existe pode ser descoberto”

KLEMENS VON METTERNICH – chanceler do império Austro-Húngaro

 

“Gratidão e confiança não trarão um único homem para o nosso campo ao nosso lado; só o medo fará isso, se nós o usarmos com cautela e habilidade”

OTTO VON BISMARCK – fundador e chanceler da Alemanha unificada

 

“A unificação da Alemanha, em 1871, foi um fato político de maiores consequências do que a Revolução Francesa”

BENJAMIN DISRAELI – ex-primeiro-ministro do Reino Unido

 


Prefeito de Tavares comemora sucesso na Saúde

Depois de haver passado muito tempo fechado, quando submetido a uma ampla reforma, o Hospital Municipal “José Leite”, da cidade de Tavares voltou - em tempos recentes - a funcionar e hoje, de forma plena, atende a todos satisfatoriamente. O prefeito José Genildo da Silva, mais conhecido por Coco de Odálio, comemora esse feito: “Agora as nossas crianças nascem em Tavares e temos todos os atendimentos básicos de Saúde, inclusive pequenas cirurgias, sendo realizados em nosso município”, afirmou o prefeito. Ontem, em visita àquele nosocômio, Coco, na companhia do ex-prefeito, o médico doutor Ailton Suassuna, comemoraram o resultado positivo dessa ação conjunta pelo bem do povo de Tavares.



quarta-feira, 26 de julho de 2023

Sucessão em Princesa mostra jogo embaralhado

Antigamente, as decisões para a escolha dos candidatos a prefeito, em Princesa, eram feitas no grito ou com murros na mesa. Nesses novos tempos, a coisa mudou. Agora, quem define e decide são as pesquisas eleitorais e aqui em Princesa, isso já começou. É saber de todos que na última semana, circulou uma pesquisa pelas ruas da cidade sem que ninguém saiba quem a contratou.

Mesmo assim, uma abelha zoou no meu ouvido e me passou o resultado dessa enquete eleitoral. Lamentavelmente, em obediência à lei, não podemos divulgar aqui o resultado que me chegou às mãos. Mesmo assim, posso dizer que o jogo está embaralhado. Há congestionamento no meio de campo. São muitos os candidatos que pontuaram e tem surpresas que deixariam o mais experiente analista de queixo caído.

Está longe ainda e, os atores que deverão ser escalados ou escolhidos para protagonizarem o espetáculo eleitoral em 2024 ainda não foram definidos. Em análise superficial já dá para ver que alguns patinam nas últimas posições enquanto os que despontam na frente, certamente, se enfrentarão numa briga de foice. Resta aos roteiristas saberem escalar seus times. O resto é com o povo.



93 anos da morte de João Pessoa

Há exatos 93 anos, na tarde do dia 26 de julho de 1930, o presidente João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque foi assassinado com três tiros à queima-roupa, disparados pelo advogado, João Duarte Dantas, na Confeitaria Glória, na cidade do Recife. Em que pese ser uma história já por muitos relatada, vale o registro para que não passe em brancas nuvens fato de tão grande relevância política e histórica, não só para o Brasil e a Paraíba, mas também para Princesa.

Na verdade, esse assassinato foi fruto da Guerra de Princesa, o que dá relevância ao fato, visto que, não fora a proclamação do Território Livre de Princesa e o consequente conflito armado que se instalou no estado da Paraíba durante longos cinco meses (de fevereiro a julho), numa luta renhida entre quase 2000 homens recrutados pelo coronel José Pereira Lima, contra a Polícia da Paraíba, certamente, não haveria acontecido esse crime, tampouco o estouro da Revolução de 1930 naquele momento.

Após a eleição presidencial de 1º de março de 1930, quando Getúlio Vargas - candidato a presidente da República, pela Aliança Liberal, tendo como seu vice o presidente da Paraíba, João Pessoa – foi derrotado nas urnas pelo candidato do Catete, Júlio Prestes, mesmo com o rompimento do coronel José Pereira com o presidente da Paraíba, ninguém imaginava que se instalaria um conflito armado que pudesse atingir as proporções que atingiu como foi a Revolta de Princesa.

Os próceres da Aliança Liberal – salvo alguns poucos – já se conformavam com a derrota eleitoral e não se dispunham a contestar o resultado das urnas. Com o crescente das lutas no Território Livre de Princesa, os ânimos se reacenderam numa perspectiva de enfrentamento visando a intervenção federal na Paraíba, motivo que poderia dar azo aos liberais em promover uma revolução que depusesse o presidente da República, Washington Luís, e lhes abrisse uma oportunidade de poder.

No entender de alguns dos tenentes revolucionários, a Guerra de Princesa era o caos que alimentava as perspectivas de uma mudança radical que poderia proporcionar a derrubada da República Velha. Por isso, Washington Luís, se não determinou ajudou na resistência quando fez vistas grossas ao socorro prestado pelo governo federal aos rebeldes de Princesa. A intenção era clara. Nas palavras de Epitácio Pessoa: “Não fora a Revolta de Princesa, não haveria acontecido o assassinato de João Pessoa, nem a Revolução de 1930.

Tal a importância dessa data, que mesmo obedecendo às idiossincrasias daquele momento e não tendo também o fito da deflagração da Revolução que mudou o Brasil, não poderia deixar de ser lembrada para que as gerações de hoje - já tão distantes desse nefasto, mas relevante acontecimento – tomem ciência de sua importância. O político e jornalista, Barbosa Lima Sobrinho, disse em livro que escreveu sobre aquele momento histórico: “A Revolução estava morta, mas a morte de João Pessoa a ressuscitou”.



Os dois cavalos

Dois cavalos transportavam cargas. O da frente ia bem, mas o de trás era preguiçoso. Os homens começaram a empilhar a carga do cavalo de trás sobre o lombo do da frente; depois de transferirem tudo, o cavalo de trás, aliviado, disse para o da frente: “Trabalhes e sues muito! Quanto mais servires, mais terás de sofrer”. Ao chegar à taverna, o dono falou: “Por que devo alimentar dois cavalos se transportei tudo num só? É melhor dar a um toda a comida que ele quiser e cortar a garganta do outro. Pelo menos aproveito o couro”. E assim fez. (FÁBULAS, LEON TOLSTÓI 1828-1910).



Agora, mais do que nunca, Marielle Franco está presente

Desde a última segunda-feira (24) algumas barbas ilustres estão de molho. A delação premiada do ex-policial, Élcio Queiroz, tomada pela Polícia Federal, deu outro rumo às investigações sobre o duplo assassinato que vitimou a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. Barbas de molho porque as evidências indicam que o (s) mandante (s) dessa execução pode ser alguém do alto escalão da política nacional ou ligado aos operadores da indústria do crime no Rio de Janeiro. Pelo que se comenta, já existem provas robustas que apontam para um desenlace definitivo desse misterioso caso.

Durante cinco anos as investigações ficaram paradas ou prejudicadas em seu curso. Bastaram sete meses de governo democrático para que a coisa andasse e chegasse ao que vemos agora. Nas palavras do ministro da Justiça, Flávio Dino: “Existem avenidas que conduzem a provas que farão chegar aos mandantes do crime”. Segundo o ministro, são indicações que estão sendo trabalhadas tecnicamente e com prioridade, pela PF, sem interferência política, para que em breve seja elucidado esse hediondo crime. As enigmáticas palavras de Dino levam a crer que haverá respingos dessa lama toda em figurões da República.

Mesmo em face da divulgação dessas novidades sobre as investigações, há trechos da delação premiada de Élcio Queiroz que estão ainda sob sigilo e, quando emergidos, esses fatos novos, poderão trazer dores de cabeça para cabeças coroadas. Desmascarado pelo parceiro e com seu álibi desmentido pela esposa, Ronnie Lessa (o acusado pelos disparos que vitimou a vereadora e seu motorista) tem agora, pela Polícia Federal, a proposta de fazer também uma delação premiada que, sendo aceita, promete desbaratar não somente esses crimes, mas também puxar o fio da meada da indústria do crime no Rio de Janeiro, o que poderá envolver milícias e outras coisas mais. 



terça-feira, 25 de julho de 2023

Aqui, a serpente sai do ovo todo dia

Vivemos em tempos estranhos. Não há mais prenúncio do mal porque, este, já se instalou em nosso meio para promover a discórdia, a desunião entre amigos e, com vistas à destruição de uma sociedade de diferentes, mas civilizados, a meta é construir um ambiente hostil, chulo, perverso e de completo caos para daí auferir lucros financeiros e louros funestos que possam garantir a permanência de um status quo que permita a continuidade e, com ela, a perpetuação no poder e a garantia da sujíssima prosperidade tão decantada. Para tanto, o instrumento principal são as redes sociais, usadas de forma irresponsável e sem controle algum.

O que vemos ultimamente, são embates virtuais que em nada contribuem para o bem-estar da população. De forma inescrupulosa, os que deveria dar o bom exemplo, guiar a sociedade pelo caminho da civilidade e dos bons costumes, fazem exatamente o contrário quando, no exercício de Fake News, criam celeumas que nada contribuem para o bem da nossa sociedade. Tudo pelo poder e para o poder, quando mentiras são implantadas, provocações são feitas para que, os desavisados, as adotem como verdadeiras, engulam a isca de se indisponham com os seus.

Não bastasse isso, para o cumprimento dessa meta nefasta, os que deveriam servir de espelho para a nossa sociedade, usam o poder e o dinheiro público para cooptar aqueles que se acham necessitados, porque alijados do poder, e os chamam - em seu falso canto de sereia - para, em nome de uma composição política, desmoralizá-los publicamente. Não tendo outro meio de ação - até porque as ações são pífias - oferecem dinheiro e vantagens (com o dinheiro público para que aqueles que se veem necessitados sucumbam aos seus caprichos eleitoreiros e ao seu projeto pessoal de poder.

Há muito que a serpente saiu do ovo e, através do voto, vem, como se fora uma erva daninha, devorando o que havia de bom na nossa sociedade. Nada é feito pelo bem, nada é realizado pelo engrandecimento da nossa sociedade. Aqueles que deveriam dar o bom exemplo são os promotores da discórdia e do terrorismo político quando plantam a mentira numa tentativa de destruir os adversários implantando o ódio no seio das agremiações alheias. Malgrado situação tão nefasta, há um alento quando sabemos que o tempo tem nos dado lições. Mesmo aqueles que se acham nas alturas, paraquedas algum poderá salvá-los. O tribunal da História não poupa ninguém.



Prefeitos paraibanos se reúnem na capital em busca de melhorias

Aconteceu ontem (24), no Hotel Manaíra, em João Pessoa, um encontro dos prefeitos dos 223 municípios paraibanos com a Bancada Federal da Paraíba no Congresso Nacional. Na ocasião, os chefes dos Poderes Executivos municipais apresentaram várias reivindicações, a exemplo da ampliação de 1,5% do FPM para que os prefeitos possam arcar com os custos do Piso da Enfermagem; o pagamento de Emendas Parlamentares, além da solicitação da implementação das políticas de desoneração dos impostos sobre combustíveis, dentre outras reivindicações. Presentes àquele encontro, estiveram o prefeito de São José de Princesa, Juliano Diniz e sua Secretária de Finanças, Rúbia Matuto, ambos na busca incessante de recursos que possam proporcionar, além das políticas sociais e de Saúde, a implementação das atividades turísticas de seu município.



As Bandeiras e o Brasão de Princesa


 

*Acima, em ordem decrescente, estampadas a primeira Bandeira de Princesa (criada em 9 de junho de 1930 por ocasião da proclamação do Território Livre de Princesa); a atual Bandeira do município e o Brasão de Armas.

 O atual Pavilhão Municipal de Princesa foi criado em 1977, através de Lei Municipal, por iniciativa do então prefeito Sebastião Feliciano dos Santos (Batinho) – incentivado por mim e pela minha então namorada Ilva (hoje minha esposa) -, por ocasião das festividades comemorativas do 56º Aniversário da Emancipação Política do município. A ideia para o padrão da Bandeira de Princesa foi da então estudante Ilva Maria de Carvalho – uma das organizadoras do evento – que, estudiosa do tema, elaborou o esboço do pavilhão e do brasão do município o que, acatado pelo prefeito foi enviado para o Instituto de Heráldica da cidade de Salvador na Bahia para a arte e confecção final.

Em que pese não haver referências históricas, se tem notícia da existência de uma Bandeira anterior à atual. Sabemos que a cidade rebelada, quando da criação do Território Livre de Princesa, em 1930, teve Hino, Jornal, Constituição e Bandeira. Sobre o antigo Pavilhão Municipal há registro através do saudoso escritor princesense Otávio Augusto Pereira Sitônio Pinto (1945-2022), colhido de informações dadas pela princesense, também já falecida, Hermosa Pereira Sitônio (1913-2020) que a reproduziu, de forma oral, para este que escreve. Diante disso, o artista plástico de Princesa, Antônio Maximiano Roberto (meu irmão), desenhou um esboço da antiga Bandeira conforme imagem acima exposta.

As cores da atual Bandeira em azul, vermelho, amarelo e branco, têm o seguinte significado: Azul e Vermelho representam as cores da realeza europeia de onde veio a Família Real Brasileira à qual pertencia a Princesa Isabel; o Amarelo representa o ouro encontrado na região de Cachoeira de Minas; o Branco faz alusão à paz reinante após a “Guerra de Princesa” em 1930. Os símbolos, representados pela Coroa; Flor de Lis e os ramos de Algodão e de Milho (que figuram no Brasão do município) se referem, respectivamente, ao ornamento da cabeça da Princesa Isabel; ao símbolo das monarquias francesa e austríaca (de onde provêm os Orleans e os Habsburgo) e aos produtos agrícolas mais cultivados no município. Uma quarta parte da Bandeira, que se encontra “lisa”, significa o “Território Livre de Princesa” e, as inscrições no Brasão de Armas dão conta do nome do município, Princesa Isabel, e da data de sua Emancipação Política, 18 de novembro de 1921.