quarta-feira, 31 de março de 2021

Sílvio Damásio, princesense e excelente goleiro do nosso futebol de antanho, postou matéria muito interessante, em seu face book, que reproduzo aqui para conhecimento de todos.



 "Desconfie sempre de um time de futebol cujo o craque foi um goleiro. Vou até explicar a frase, quando cheguei em São Paulo joguei em uma equipe de uma transportadora chamada Global. Jogamos em Itatiba, Atibaia, Jundiaí, Campinas, em todo interior de São Paulo, e sempre ouvia depois dos jogos alguém dizer que o time da Global era ruim mais o goleiro era bom. Um certo dia em um jogo na cidade de Águas de Lindóia perdemos um jogo por 1x0 e poderia ter sido 7x0 o dono da transportadora que dava o nome a equipe falou dentro do ônibus eu desconfio do time em que o craque é o goleiro. Ficou guardado na memória essas palavras do senhor Juscelino dono da transportadora Global.

Silvio Damásio 

PENSAMENTOS DO DIA



 

“A insensibilidade dos psicopatas aflora, às vezes, em alegrias vãs e não justificáveis”.

V. Bamsf

 

“A atarefada abelha não tem tempo para tristezas”.

William Blake

 

“É enternecedor ver a alegria em todos os cantos do mundo. É verdade que existem milhões de pessoas sofrendo... mas quem quer pensar nisso?”

Abdulah Ibm Al-Qadir

O NOVO MINISTRO DA SAÚDE CORRE ATRÁS DO PREJUÍZO

 



A Carta Branca, dada por Bolsonaro ao novo Ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, apesar de já ter sido outorgada com algumas letras impressas, mesmo assim, está lhe dando margem, para alguns movimentos em conserto dos erros cometidos pelo presidente da República ao longo de um ano de irresponsabilidades, quanto à Pandemia que já matou 317 mil brasileiros. Ontem, Queiroga, confabulou com o embaixador dos EUA, ocasião em que propôs, o recebimento, por empréstimo, de 25 mil doses de vacinas do estoque ocioso daquele país, para socorrer a emergência do Brasil. O gringo disse que ia analisar o nosso caso. Na esteira disso, o ministro afirmou que assinou contrato com a farmacêutica Pfizer para a aquisição de 100 milhões de doses da vacina, que deverão ser entregues ao longo deste ano. Não fora a irresponsabilidade do presidente Bolsonaro, esse problema já estaria resolvido desde o ano passado, quando a Pfizer ofereceu 70 milhões de doses do mesmo imunizante, e o presidente da República, recusou-se em adquirir por discordar de algumas cláusulas contratuais. Agora, em face do recrudescimento da doença, que mesmo ontem, bateu recorde de mortes, o ministro da Saúde aproveita esse momento de sanidade do “mito”, e corre atrás do prejuízo. Antes tarde do que nunca.


DSMR, em 31 de março de 2021.

SEM POLÊMICA, NÃO HÁ BOLSONARO

 



O governo do presidente Bolsonaro se apresenta tal qual apolítica de Princesa: não deixa ninguém morrer de tédio. Em seu notório despreparo para conduzir-se num posto, ao qual foi alçado, por uma peixeirada que quase lhes extirpou as alças intestinais, o nosso presidente adora andar caminhando sobre uma corda bamba ou sobre o fio da navalha. Primeiro, brigou com o STF – Supremo Tribunal Federal e com o Congresso Nacional, quando apoiou, explicitamente, pífias manifestações populares em prol do fechamento desses dois Poderes da República. Ameaçado de impeachment, deu ré pra trás, assistiu jogos de futebol com Ministros da Suprema Corte e abriu as pernas para o “centrão” fazer parte de seu governo.Agora, acuado, ao ver despencar sua popularidade por conta de sua incompetência na condução da crise sanitária provocada pela Pandemia do Coronavírus, depois do pronunciamento, em tom de ultimato, do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira,resolveu promover uma minirreforma ministerial contemplando vontades, tanto da Câmara Federal (nomeação da deputada Flávia Arruda para a Articulação Política), quanto do Senado da República (demissão do ministro Ernesto Araújo). Mesmo assim, não se apartou da polêmica, abrindo celeuma com as Forças Armadas, quando demitiu o Ministro da Defesa para poder defenestrar o comandante do “seu” Exército, general Pujol, que se apresentou avesso às suas intenções golpistas. Com a maior desenvoltura, sai de uma briga e entra noutra e,imitando sua própria vida real: casa e descasa como quem troca de camisa. Desta feita, porém, há um problema: seu casamento com o “centrão” faz-se inconsistente, tanto pela volubilidade deste, quanto pela pressão dos [seus] filhos que, apesar de morarem juntos, não são filhos do casal.


DSMR, em 31 de março de 2021.

INSENSIBILIDADE DO PREFEITO REVOLTA A POPULAÇÃO DE PRINCESA

 



Nesse momento gravíssimo porque passamos, enfrentando uma doença que vem matando sem pena – só em Princesa já se contabilizam 33 óbitos -, o prefeito Nascimento faz o maior estardalhaço pela aquisição de uma ambulância, usando isso para promover, eleitoralmente, seus parceiros políticos de João Pessoa e de Brasília. Pasmem com a insensibilidade do prefeito que, envolvendo seus vereadores, como se fossem fantoches (estavam mais para macacos de auditório), de forma saltitante, nesse momento de tristeza, gravou um áudio em que só faltou mesmo pedir votos para seus candidatos às eleições do próximo ano. É Claro que o que Princesa mais precisa é mesmo de ambulâncias, pois, a saúde daqui, há muito tempo, vem sendo a estrada. O problema, é que, ambulância nesse tempo é também sinônimo de tristeza, uma vez que, encaminhar pacientes de Covid-19 para locais aonde não existem mais leitos vagos de UTI, é sentenciar pessoas à morte nos corredores dos hospitais. Mesmo assim, Nascimento, sorridente, em tom de felicidade, anunciou a chegada da ambulância – que está mais para carro funerário -, que poderá render alguns votinhos para seus queridos, Hugo Motta e Hervásio Bezerra. Isso não surpreende a ninguém em Princesa, pois, é sabido por todos que esse prefeito sabe usar muito bem o que é público para se locupletar eleitoralmente. Lamentamos profundamente pelos óbitos de 33 princesenses e pelo comportamento irresponsável e insensível desse prefeito fraudador de licitações.


DSMR, em 31 de março de 2021.

terça-feira, 30 de março de 2021

O “CENTRÃO” DÁ NOVO RUMO A BOLSONARO





A dança das cadeiras ministeriais, ocorrida ontem na Esplanada dos Ministérios, não seguiu o ritmo do maestro principal, mas sim, da banda que toca no Congresso Nacional. Senadores e deputados, insatisfeitos com o desempenho medíocre de alguns ministros e ávidos em emplacar nomes de suas preferências e conveniências, pressionaram o presidente Bolsonaro e provocaram a mudança de seis ministros em apenas um dia. Como exemplo, podemos citar a incompetência do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em lidar com a China, maior parceiro comercial do Brasil e principal fornecedor de insumos e vacinas contra a Covid-19. Há quem diga, que na esteira dessas exigências congressuais,Bolsonaro aproveitou para mudar também o ministro da Defesa e Segurança Pública, quando nomeou o general, Braga Netto, de sua confiança e mais duro no trato com as Forças Armadas. Nesse caso, há quem veja aí uma ameaça à instituições democráticas. As mudanças, que golpearam setores ideológicos do governo, aconteceram de forma rápida e atendem agora, ao pragmatismo do chamado “centrão”. Mais um recuo de Bolsonaro para se sustentar no poder que ele próprio vem correndo dia-a-dia.

DSMR, em 30 de março de 2021.

CURIOSIDADES

 



ALHO

O Alho é uma planta comestível pertencente ao gênero Allium, muito usado como tempero e para fins medicinais. Ele cresce em muitas partes do mundo e é um ingrediente popular na culinária devido ao seu cheiro forte e sabor delicioso. Ao longo da história, civilizações como os egípcios, romanos, gregos, babilônios e chineses fizeram uso do Alho devido às suas propriedades medicinais. É originário da Ásia Ocidental. No Brasil, o maior produtor de Alho é o estado de Minas Gerais. A maioria dos benefícios do Alho para a saúde se dá por conta da presença de compostos de enxofre formados quando um dente de Alho é picado, esmagado ou mastigado.O Alho é altamente nutritivo e tem poucas calorias. Rico em manganês, vitamina “C”, vitamina B6Selênio e fibras. O Alho é altamente efetivo no trato da pressão arterial; de doenças do coração; previne o colesterol ruim e é excelente no trato das doenças respiratórias, além de aumentar a imunidade. Nesse tempo de Pandemia, é recomendável o uso do Alho como prevenção da Covid-19.

DSMR, em 30 de março de 2021.

PENSAMENTOS DO DIA

 



 

“O diabo quis ser monge. Logo depois ficou bom e voltou a ser diabo”.

François Rabelais

 

“Eu não sou um oportunista. Sou um homem de oportunidades. Se um cavalo passar encilhado na minha frente, eu monto”.

Getúlio Dornelles Vargas

 

“A falsa modéstia é a mais decente de todas as mentiras”.

Sébastien Roch Nicolas de Chamfort

 

sábado, 27 de março de 2021

SABÁTICAS 79

 



. Durante o pronunciamento do presidente Bolsonaro, na última terça-feira, diante das mentiras proferidas pelo presidente, quando afirmou que sempre defendeu a vacina contra a Covid-19, estabeleceu-se um panelaço” generalizado nas principais capitais do país.



. Sempre que acontece alguma coisa em benefício de Lula, Bolsonaro dá um passo atrás em suas maluquices. Da primeira vez foi o uso de máscara após o pronunciamento de Lula. Agora, depois de o STF anular a sentença do ex-presidente, o “mito” foi à televisão, mentir sobre providências que nunca tomou em prol do combate à Covid-19.



. O Brasil, recordista em número de mortes pela Covid-19, epicentro mundial da Pandemia, completou, na última quarta-feira, a macabra marca de mais de 300.000 mortes provocadas pela doença.



. Mal fechadas as urnas de 15 de novembro, o prefeito Nascimento, abriu seu pacote de maldades. Já são mais de quatro meses de salários atrasados dos servidores municipais comissionados e contratados. Como não deve atrasar salários dos servidores efetivos, cortou, através de Lei, aprovada pela Câmara Municipal, os quinquênios dessa categoria.



. No afã de ocupar o espaço vazio deixado pelo presidente da República, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, faz gestões, junto aos países ricos do mundo, para que mandem para cá os excedentes de vacinas. Quando o gato sai, os ratos comem em cima da mesa.



. Quanto ao presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira, tudo indica que em breve, adotará o mesmo comportamento que a presidente da Câmara Federal dos EUA adotou, com relação ao então presidente Donald Trump: rasgará a mensagem de Bolsonaro?



. O tomógrafo, que foi inaugurado recentemente pelo prefeito Nascimento, é igual a peito de homem: não serve para nada. Quem necessita de uma tomografia, principalmente para diagnóstico de Covid-19, tem de deslocar-se para outras cidades. O tomógrafo de Nascimento é de enfeite.



. Diante da grave situação, quanto ao avanço inexorável da Covid-19 no Brasil, agravado pela falta de medicamentos, oxigênio, insumos e vacinas, os jornais do mundo todo, estampam manchetes dizendo ser o nosso país, uma ameaça para o mundo. Enquanto isso, o presidente Bolsonaro, continua conversando besteiras.



. “Me deixem trabalhar!”. Foram essas as palavras de Nascimento, quando do último rasgamento da Lei da Ficha Limpa pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral.



. No Brasil é assim. O cara frauda licitação, é condenado em duas instâncias, fica inelegível, mas, mesmo assim, consegue ser eleito e segurado por uma liminar monocrática. No Brasil, uma liminar vale mais do que uma Lei de iniciativa popular, votada e aprovada por 513 deputados e 81 senadores. 



sexta-feira, 26 de março de 2021

PRINCESA FAZ HISTÓRIA EM BRASÍLIA

 



Ontem, por ocasião do julgamento dos embargos declaratórios do prefeito de Princesa, pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, em comentário provocado pelo, Vice-procurador da República Humberto Jackson Nogueira Matoso, a nossa Princesa fez-se evidente, naquela corte, pela sua história. De forma sucinta, Jackson, anunciou que a Princesa Isabel que estava em pauta, era a mesma Princesa que, há 90 anos atrás, havia-se rebelado contra o governo da Paraíba, se declarado “Território Livre”, com bandeira, hino, jornal, exército, etc. Por desconhecer os detalhes da história, o advogado Humberto Jackson, afirmou que, para combater os rebeldes de Princesa, a polícia paraibana recorreu ao bando de Lampião. É claro que essa assertiva não se constitui verdadeira. Porém, quando afirmou que a rebelião somente foi contida por intervenção do Exército Brasileiro, o ministro, Alexandre de Morais, completamente alheio à história, ironizou, perguntando, se esse exército era formado por um cabo e um soldado (numa referência ao que disse, Eduardo Bolsonaro, quando afirmou que, para fechar o STF – Supremo Tribunal Federal, bastava um jipe, um cabo e um soldado). Mesmo levando o assunto em tom de galhofa, os membros do TSE, tiveram a oportunidade de escutar uma referência histórica de grande importância, uma vez que, a Guerra de Princesa, é tida, por vários historiadores, como propulsora da eclosão da Revolução de 1930. É Princesa fazendo história na Capital Federal.

DSMR, em 26 de março de 2021.

FALANDO DE ARTE


Em 2014, por ocasião de uma viagem a São Paulo, quando eu era prefeito de Princesa, tive a oportunidade de conhecer e visitar o MASP – Museu de Arte de São Paulo, tido por todos como um dos centros culturais mais importantes do Brasil. Lá, observei que, em meio ao acervo de várias obras de arte de artistas plásticos reconhecidos internacionalmente, constavam obras de vários artistas brasileiros consagrados. Resolvi que, a partir de hoje, nessa coluna “Falando de Arte”, divulgarei algumas dessas obras de arte para o conhecimento de todos. Começo hoje com o pintor Cândido Portinari.

O Lavrador de Café



Portinari é o autor dos painéis Guerra e Paz (1952-56), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, e dos painéis para o edifício do Ministério da Educação e Saúde Pública, no Rio de Janeiro (1936-38). Em meados de 1940, quando o debate político se acirrava e as conquistas trabalhistas se estabeleciam no país, Portinari teve um grande engajamento político, tendo sido candidato a deputado federal e a senador pelo Partido Comunista do Brasil (PCB). Sua obra sintetiza, no campo da arte, os contrastes que marcam a cultura brasileira: se, por um lado, retratava a elite dominante, por outro, pintava a classe trabalhadora em um estilo que encontra eco na produção artística moderna da América Latina.O MASP possui dezoito obras do artista, entre elas, O Lavrador de Café (1939). Na cena, o trem está partindo na direção do horizonte, delimitando a plantação de café, que ocupa toda a paisagem. Os cabelos e a camisa do rapaz negro têm os mesmos  tons da árvore partida. Com as mangas da camisa dobradas e os pés descalços, a figura assume um tom sóbrio e digno, reforçado pelo tamanho desproporcional de suas mãos e pés, símbolo de força e empoderamento.


DSMR, em 26 de março de 2021.

quinta-feira, 25 de março de 2021

HOMENAGEM AO PROFESSOR NELMIN

 



Recito este cordel 

Com uma imensa dor 

 Coloquei em um papel 

A perda de um professor 

Que hoje estar no céu

Ao lado do senhor 


A morte é traiçoeira

Não avisa quando vem 

Ela pega de surpresa 

Sem dizer a ninguém

E fica ai a saudade 

No coração de alguém


Nelmin foi um grande homem 

Nessa vida sempre lutou 

E tudo que ele quis 

Batalhou e conquistou 

Mais veio uma triste noticia

Que Nelmin a terra deixou


Vivia com aquele  sorriso 

De um homem encantador 

Que sempre por onde passava 

Depositava em todos muito amor 

Deixou aqui seu semblante 

De um cara batalhador


Ficaram em nossas lembranças 

Apenas os bons momentos 

Dos abraços , sorrisos 

E dos seus ensinamentos

Deixo para a família 

Meus sinceros sentimentos


Autor(a): Alyne Guimarães

301.087 MORTOS, UMA TRAGÉDIA NACIONAL!

 



Ontem, o Brasil ultrapassou a tenebrosa marca dos 300 mil mortos por Covid-19. Nesse mesmo dia, após um ano de Pandemia, o Governo Federal, de forma temporã, resolveu criar um Comitê para cuidar da terrível doença. Reuniram-se, os três poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário e, sob o convite do presidente da República, alguns governadores aliados de Bolsonaro. O discurso de todos, foi pautado na união e na despolitização da crise sanitária. Tarde demais. Mesmo assim ainda necessária, essa conjugação de esforços para evitar mais mortes.

Embora tenha adotado um discurso mais ameno – apresentou-se usando máscara e falou em vacinação em massa -, o presidente Jair Messias Bolsonaro, pregou uma união desfalcada da presença dos governadores que lhes fazem oposição política. Falou ainda em tratamento precoce e, em momento algum – na contramão do que recomendam as autoridades em saúde -, referiu-se ao isolamento social, necessário para conter a propagação do vírus.

Emblematicamente, tudo aconteceu ontem: 300 mil mortes; nomeação de um novo ministro da saúde; reunião de poderes, enfim, uma verdadeira corrida atrás do prejuízo. Quanto à pompa do evento, nada a reclamar. Porém, quanto a efetividade das medidas, tudo a desejar. O novo ministro da saúde, o paraibano, Marcelo Queiroga, fezum discurso inócuo, burocrático, nada disse. A única novidade foi o anúncio de uma medida que dificultaria as notificações das mortes por Covid-19, o que causou protestos e logo mais à tarde do mesmo dia, foi revogada.

No mais, o que se tem como realidade, são os hospitais superlotados; a falta de leitos de UTI para pacientes da Covid-19; vacinação a conta-gotas; falta de oxigênio, insumos e remédios, etc. E agora, com a crise econômica se agravando e as montadoras de automóveis fechando as portas, se observa também, com a fome dos mais vulneráveis, o início de saques a supermercados. O pior, é que ninguém vislumbra aonde isso vai parar. Nos EUA, com a saída de Donald Trump, o país saiu da crise. Quanto a nós, estamos sem saída. Tomara que os acontecimentos de ontem deem um novo rumo em prol da vida. Mesmo assim, o prejuízo das 300 mil mortes, jamais será sanado.

DSMR, em 25 de março de 2021.

PENSAMENTOS DO DIA

 



 

“É muito difícil garantir uma justiça perfeita na vida. A vida em si é parcial. Uns sofrem doenças, outros gozam de excelente saúde”.

John Fitzgerald Kennedy

 

“Os agressores têm culpa no Céu: na Terra eles têm razão”

Napoleão Bonaparte

 

“Se houvesse justiça, não haveria ricos e pobres; esse escândalo que envergonha o homem e ofende a Deus”

Leonardo Boff

 

“Se houvesse um Deus justo, não haveria pobres sofrendo injustamente”

V. Bamsf

LER PARA CONHECER A NOSSA HISTÓRIA

 



“NAS VÉSPERAS DA REVOLUÇÃO e MEMÓRIAS”

ÁLVARO PEREIRA DE CARVALHO

O livro de Álvaro de Carvalho: “Nas Vésperas da Revolução e Memórias”, lançado em 1ª edição em 1932 e em 2ª, em 1978, esta última pela Editora Acauã, contém 184 páginas e rica iconografia. Álvaro Pereira de Carvalho, 1º vice-presidente da Paraíba, assumiu o governo do Estado, em 26 de julho de 1930, quando do assassinato do presidente João Pessoa, perpetrado pelo advogado paraibano, João Duarte Dantas, ocorrido na mesma data, na Confeitaria Glória, na capital pernambucana. Governou a Paraíba por apenas 70 dias. Seu governo foi uma gestão tumultuada pelo trágico acontecimento da morte de João Pessoa e suas consequências, pela falta de apoio político e pela eclosão da Revolução de 1930.

Nesse trabalho literário, Carvalho relata, com detalhes, os momentos cruciais porque passou o dilacerado estado da Paraíba, acossado pela Guerra de Princesa, pela morte do presidente João Pessoa, pelo desvario da população da capital pranteando o líder assassinado, e pelas conspirações revolucionárias. Com o sentimento de injustiçado, o autor, que não aderiu à Revolução, faz relatos sobre as difíceis situações que enfrentou nesse curtíssimo período de sua administração. Faz isso com fidelidade para si e alguns enganos que maculam a história. Seguindo em tudo a mesma linha do desditoso antecessor, Álvaro de Carvalho, adotou, inclusive, o conceito de nominar os rebeldes de Princesa, de cangaceiros.

Quando da ocupação de Princesa, pelo Exército – o que Carvalho chama de “invasão” : “(...) O governo federal determinou pôr fim à luta de Princesa, invadindo esta cidade do setor de Pernambuco, em poder dos cangaceiros (...)”, o presidente telegrafa ao senador Venâncio Neiva, na Capital Federal, pedindo que faça pronunciamento no Senado Federal, informando que: “(...) a ocupação de Princesa pelas forças federais e sobre medidas que a União desejava pôr em prática para evitar derramamento de cangaceiros pelos estados vizinhos”. Dois enganos comete o autor. Primeiro, pelo fato de que o que se constata com o conhecimento da história, é que, chegado a Princesa, o Exército, liderado pelo capitão João Facó, aliou-se imediatamente ao coronel José Pereira. Ou seja, as forças federais aqui estacionadas, estavam funcionando mais como garantia da integridade física do coronel e de seus aliados do que para a manutenção da ordem pública.

Logo que recebeu o telegrama, informando do assassinato do presidente João Pessoa, Zé Pereira ordenou o cessar fogo e a deposição de armas, mantendo-se em alerta somente quanto à necessidade de defender-se se atacado o fosse. Em concerto com o comando do Exército que ocupava a cidade, o coronel José Pereira escondeu suas armas em local seguro e, o general Lavenère Wanderley, simpático ao Coronel e simulando obediência ao presidente do Estado, telegrafou nos seguintes termos, o que encontramos na página 51. Interessante observar, que o general se refere a José Pereira como deputado e não como cangaceiro:

“Princesa 19 – Presidente Estado – participo a V. Exa. que deputado José Pereira dissolveu suas forças e hoje terminou entrega armamento e munição em poder das mesmas e existentes depósitos nesta cidade pt. Atenciosas saudações – General Wanderley”.

Animado com essa notícia e tentando credenciar-se junto às autoridades federais, o presidente da Paraíba, telegrafa ao presidente da República, Washington Luís, informando que seu Estado se encontrava em situação de restaurada a tranquilidade “à exceção do município de Princesa”, mas, graças à ocupação “promovida por V. Exa.”, estava tudo sob controle.

Na página 30, encontramos a reprodução de um telegrama, enviado pelo presidente Álvaro de Carvalho, endereçado ao senador Epitácio Pessoa, dando conta de situação que não era verdadeira quando afirma que a luta continuava e que a polícia da Paraíba, em confronto com os homens de Zé Pereira, havia repelido mais um ataque:

“(...) Princesa continua sem alteração, tendo sido repelido, pelos nossos, mais um ataque pt. (7). A custo venho contendo exaltação próprios amigos. Desejo proclamar País que governo garantirá vida e propriedade implicados luta que depuserem armas. Capital dentro ordem. Preciso conselho Vossa Excelência. Afetuosas saudações – Álvaro de Carvalho”.

Ora, após o assassinato de João Pessoa, cessara completamente, o conflito de Princesa. Uma verdade, porém, está contida no telegrama acima, o que é corroborado pelo que o autor anota na página 69:

“A polícia, acabada a luta, desmanda-se no interior. O próprio secretário de Segurança, sr. José Américo de Almeida, sentia-se impotente diante da arrogância do Capitão João Costa. Os oficiais, que vinham à capital, a chamado do governo, tinham umas atitudes estudadas, cheias de reserva, uns ares de estadistas, umas reticências, umas coisas vagas e uns vagos desejos de recomeçar a luta para combater José Pereira desarmado. Os incêndios crepitavam em várias localidades do interior, Teixeira, principalmente”.

Como vemos aqui, o sentimento de vingança palpitava no peito dos que não conseguiram invadir Princesa e queriam, agora, aproveitar a vulnerabilidade da cidadela “desarmada”, para ocupá-la. Isso, conforme relata Carvalho, na página 73 do escrito, somente aconteceria em 1º de outubro daquele ano de 1930:

“(...) às 11 horas da manhã, entrava em Princesa um contingente de 300 praças, sem incidente”. (...) Pouco depois de aquarteladas as forças, dera-se uma luta entre um dos cangaceiros de José Pereira e um soldado da polícia, sendo imediatamente restabelecida a ordem”.

Falta novamente aqui, o autor, com a verdade. Nessa luta, o homem de Zé Pereira, a quem Álvaro de Carvalho chama de cangaceiro, João Flor, tombou morto pela ação do sargento Vicente Chaves. Na mesma página, Carvalho anota que, no dia 04 de outubro, seguiram para Princesa - por ele nomeados -, funcionários e autoridades civis que deveriam desempenhar as funções e reorganizar os serviços públicos do município.



Fato interessante encontramos nesse escrito, nas páginas 21, 22, 100 e 174. O autor discorre, em sugestão, que a viagem do presidente João Pessoa foi, propositadamente em busca da morte. Anota que, ao lhe transmitir o governo, na noite do dia 25 de julho de 1930, o presidente João Pessoa pediu-lhe reservas dizendo que não desejava que se soubesse de sua viagem ao Recife. Dia seguinte, logo cedo, Carvalho tomou conhecimento de que, o próprio presidente, orientou o diretor do jornal A UNIÃO a divulgar nas páginas daquele órgão oficial, a notícia de sua viagem e todo seu itinerário na capital pernambucana. Na página 174, o autor reproduz desesperado apelo de João Pessoa ao cônego Mathias Freire:

“Foi nessa situação que, no auge do desespero, a sós, com o padre Mathias Freire, fitando-o de frente, perguntou-lhe imprevistamente: -‘Seu Mathias, por que não me matam’. E abriu-lhe o coração numa confissão dolorosa”.

Outro relato interessante está contido na página 148. Ali, o autor corrobora a assertiva de que não foi o coronel José Pereira quem deu o primeiro tiro da Guerra de Princesa. Na referida página, Carvalho anota que, assumindo interinamente a presidência do Estado, foi procurado por três membros do partido adversário: José Gaudêncio, João Dantas e JoséFrutuoso Dantas, que lhe advertiram, amigavelmente, sobre a inconveniência do presidente João Pessoa, em determinar, às vésperas das eleições de 1º de março de 1930, a ocupação de Teixeira pelo tenente Ascendino Feitosa (no livro, Carvalho grafa, erradamente, o nome do tenente, como Francelino), o que provocou a reação do coronel José Pereira e o início da Guerra de Princesa.

Este livro de Álvaro de Carvalho, apesar de parcialmente favorável ao presidente João Pessoa, contém relatos inéditos e outras informações mais detalhadas, porque contadas por quem viveu no epicentro dos acontecimentos provenientes da morte de João Pessoa. Leitura indispensável.

Álvaro Pereira de Carvalho nasceu no município de Mamanguape/PB, em 1885.Político, professor, advogado e escritor, membro da Academia Paraibana de Letras, foi presidente (governador) da Paraíba, durante o período de 26 de julho a 04 de outubro de 1930. Após deixar a presidência do estado da Paraíba, transferiu-se para a cidade paulista de Santos e, depois, passou a residir no estado do Paraná. Faleceu em João Pessoa, em 1952.

DSMR, em 25 de março de 2021.

quarta-feira, 24 de março de 2021

A MAIORIA DOS VEREADORES DE PRINCESA LEGISLAM CONTRA OS BARNABÉS

 



Em face da grande repercussão causada pela matéria veiculada, ontem, por este Blog, faz-se necessário um esmiuçar melhor do caso. Na segunda quinzena do mês próximo passado, o prefeito Nascimento enviou à Câmara Municipal um Projeto de Lei Complementar suprimindo inciso e artigos, do estatuto dos Servidores Municipais, que retira de seus contracheques, vantagens adquiridas há mais de 20 anos. A principal delas, são os quinquênios. Melhor explicando, quinquênio é um percentual de 5% sobre o salário bruto, que os funcionários têm direito a cada 05 anos de efetivo trabalho. Isso acabou de acabar. O prefeito enfiou de goela-abaixo uma propositura subtraindo o inciso III do artigo 149 e anulando o artigo 152 do dito Estatuto.

Conversando com alguns servidores a que tenho acesso, sugeri que procurassem os vereadores para questioná-los sobre a votação desse nefasto e prejudicial Projeto de Lei.Logo me vieram com algumas respostas. Me deram conta de que, um vereador da base política do prefeito, naquela Câmara Municipal, disse que votou, mas não sabia do que se tratava. Outro, afirmou que votou e não estava arrependido, tampouco preocupado com a repercussão, pois, quem não tiver R$=300.000,00 (TREZENTOS MIL REAIS) para gastar numa campanha para vereador, “toma dentro”.Teve outro parlamentar mirim que disse haver estado presente à Sessão que apreciou o dito Projeto de Lei, porém, não se lembra do que se tratava. Outros, ou não foram encontrados ou não souberam responder. É esse o nível dos nossos representantes.

Quanto a isso, deixa pra lá, pois, é assim mesmo. Voltemo-nos ao problema legal que essasupressão acarreta. Ora, os servidores municipais que têm mais de 20 anos de serviço vão perder, nos seus salários, 20% de seus rendimentos. Agrava-se a situação quando sabemos que esses barnabés contribuíram - o tempo todo -, para o IPM – Instituto de Previdência Municipal, sobre seus salários e também sobre os quinquênios, para que tivessem direito ao benefício completo quando de suas aposentadorias. Com esse corte, quem ressarcirá os servidores da parte que foi tributada sobre os quinquênios? Ademais, é sabido que não se pode criar lei com efeito retroativo para prejudicar ou retirar direitos adquiridos. Resta somente um conselho: diante da malvadeza de Nascimento e da subserviência da maioria dos vereadores, resta, aos barnabés municipais, a Justiça.

DSMR, em 24 de março de 2021.

O PREFEITO DE CALUMBÍ

 



No último domingo, tive a grata satisfação de confraternizar com Erivaldo José da Silva, mais conhecido como Joelson, que é o prefeito da vizinha cidade pernambucana de Calumbí. Na ocasião, presentes – na Chácara de Eduardo Simões -, Joelson, doutor Adão, o anfitrião e eu, tive a oportunidade de conhecer melhor aquele executivo pernambucano. Joelson, que foi prefeito de Calumbí já por duas vezes (2009/2012 e 2013/2016), embora não tenha conseguido eleger seu sucessor em 2016, retornou agora, em 2020, à cadeira de prefeito daquele município. Essa reassunção ao cargo de chefe do Poder Executivo de Calumbí – que já foi chamada de São Serafim -, é o resultado de uma política voltada para os menos favorecidos. É voz corrente, tanto em sua cidade quanto nas redondezas, que Joelson nutre uma empatia e um afinamento muito grande com as camadas mais carentes daquela comunidade. Sua casa é cheia, sua mesa é farta e seu gabinete aberto para atender a todos de forma indiscriminada. Pobre de recursos financeiros, porque pródigo em ajudar a quem precisa, o patrimônio do edil calumbiense são os votos que amealha com facilidade, sem dispêndio financeiro, todas as vezes que se submete às urnas. Segundo dizem, sua política paternalista tem sido eficiente e agora, um lenitivo paraos que sofrem com as agruras dessa Pandemia que assola a todos. Exulto em ter tido a oportunidade do encontro com esse político que tem demonstrado sensibilidade no trato com os mais necessitados. Parabéns, prefeito! Sucesso em sua jornada.

DSMR, em 24 de março de 2021.

FRASES FAMOSAS

 



 

“A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes”.

Winston Churchill em entrevista concedida nos EUA.

 

“Eu dava um tiro no coco”

Resposta do ex-presidente da República, João Baptista de Oliveira Figueirêdo, quando questionado sobre o que faria se tivesse de sobreviver ganhando apenas um Salário Mínimo.

 

“Somente aquele que é forte o bastante para perdoar uma ofensa sabe amar. Olho por olho e o mundo ficará cego”.

Mahatma Gandhi em pregação da paz.

STF DESMORALIZA MORO, E LULA, TOMA UM FÔLEGO.

 



Ontem, a 2ª Turma do STF – Supremo Tribunal Federal, por três votos a dois, decidiu pela parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro no julgamento de Lula no caso do tríplex do Guarujá. Com isso, todo o processo foi anulado e tudo recomeça agora, na Justiça Comum, partindo da estaca zero. Ou seja, Lula terá tempo suficiente para se reorganizar e se credenciar para disputar a eleição presidencial do ano que vem. Cerceado que foi, no seu intento de candidatar-se, em 2018, justamente por conta da armação forjada por Sérgio Moro e pelo promotor Deltan Dallagnol, o petista, injustiçado que foi, tem agora restabelecidos seus direitos políticos. Resta saber, quem vai restituir a Lula os 580 dias que amargou na prisão condenado por um crime que, agora, a Justiça entende que não houve. Vislumbra-se que essa injustiça será reparada pela absolvição popular.

DSMR, em 24 de março de 2021.

terça-feira, 23 de março de 2021

CÂMARA MUNICIPAL DE PRINCESA VOTA LEI SUPRIMINDO DIREITOS DE SERVIDORES

 





No último dia 26 de fevereiro, a Câmara Municipal de Princesa aprovou a Lei Complementar no 009 que revoga o inciso III do artigo 149 e o artigo 152 da Lei Complementar nº 02 de 1999. Essa votação, acontecida na calada do dia, foi imediatamente sancionada pelo senhor prefeito. Trata-se de um instrumento legal que suprime direitos dos servidores públicos municipais, vantagens financeiras implantadas em seus contracheques desde há muito tempo. Não bastassem os atrasos salariais de quase quatro meses nos pagamentos dos servidores comissionados e contratados, o prefeito retira, agora, vantagens antigas, o que já se constitui direito adquirido. Já que a maioria dos vereadores com assento naquela Casa de Leis, não usam seus mandatos para proteger os barnabés municipais, resta agora, ao Sindicato da categoria, tomar as providências via judicial. Esse é mais um presente de Nascimento àqueles que nele confiaram e lhe concederam mais um mandato.


DSMR, em 23 de março de 2021.

segunda-feira, 22 de março de 2021

VÊM À TONA AS COMPLICAÇÕES DE NASCIMENTO O TCE/PB







Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, diante de denúncia feita contra o prefeito de Princesa, produziu um relatório com o levantamento de informações que dão conta de que, o senhor Ricardo Pereira do Nascimento, fez movimentação financeira escusa, usando recursos do FNS – Fundo Nacional de Saúde, envolvendo a cifra de mais de R$=700.000,00 (SETECENTOS MIL REAIS), somente no ano de 2020, causando prejuízos financeiros ao erário municipal, “onde se verificam diversos pagamentos através de compensação de cheques emitidos, sem que haja empenhos referentes aos valores debitados, com o nítido desvio de finalidade”. Esse relatório, que reproduzimos aqui, foi encaminhado à Justiça Federal, para que seja acostado denúncia. Isso apenas referente ao ano de 2020. Falta, portanto, os desvios referentes aos anos de 2017, 2018 e 2019. Tudo indica que o bicho vai pegar.


DSMR, em 21 de março de 2021.

PENSAMENTOS DO DIA

 



“Um povo corrompido não pode tolerar um governo que não seja corrupto”

Marquês de Maricá


""Um crente fiel viverá permanentemente feliz, pois só pode esperar o melhor; esperar

outra coisa seria blasfemia contra a Justiça Divina"

Plácida Villamarín Pérez


“Mude suas crenças e estarás mudando o mundo”

Hi-Chang-Tzu

domingo, 21 de março de 2021

DOMINGUEIRAS LXXXI

 



. A “Carta Aberta” dos empresários princesenses, dirigida ao prefeito Nascimento, na última quarta-feira, questiona a transparência da prefeitura de Princesa quanto à vacinação contra a Covid-19 e sobre a honestidade no uso das verbas públicas.



. O problema é que a dita “Carta”, não tem assinatura de ninguém. Os empresários dão o bote e escondem a unha. Será medo das retaliações de Nascimento?



. O novo Ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, não é remédio, mas sim, um placebo. Há quem diga que, com prazo de validade curto, não durará dois meses.



. Enquanto o novo ministro é um placebo, Bolsonaro deve ser uma panaceia, pois, Queiroga, em sua antecipada subserviência, disse: “A política de saúde não é a do ministro, mas sim a do presidente Bolsonaro”. Boneco é boneco.



. Morrer de Covid-19, agora tem outra modalidade. Não se perdem mais vidas somente pela complicação da doença, mas sim, pela falta de leitos, de oxigênio, de remédios... Morre-se mais pela falta de responsabilidade do presidente das República.



. O Brasil, epicentro mundial da Pandemia do Coronavírus, é também o campeão de mortes no Planeta. Somente em Princesa, já se foram 31 pessoas, vítimas dessa doença miserável.



. Lembrando aqui, uma das entrevistas do senador, Major Olímpio, vítima da Covid-19, recentemente. Antes aliado do presidente e, ultimamente - por conta do empenho de Bolsonaro em defender as falcatruas dos filhos -, adversário, afirmou: “Não posso me aliar com quem tem filho que têm a mania de ser príncipe”.



. Dois azares teve o Brasil, ultimamente. O primeiro, a eleição de um incompetente, irresponsável e enganador. O segundo, de tê-lo [Bolsonaro] como presidente nesse momento crucial da nossa história.



. A Câmara Municipal de Princesa é a única, no mundo, a convocar reuniões extraordinárias para nominar ruas e avenidas. Por isso que alguns doutos vereadores confundem “Ano Legislativo” com “Ano Letivo”.



. Alguns aliados de Nascimento, que têm parentes em cargos comissionados, estão putos da vida por conta dos salários atrasados, em quase quatro meses. Tem nego (ou nega), que não recebeu nada desde novembro do ano passado. Mesmo assim, a ordem é ficar calado, sob o risco de ser acusado de provocador de rebelião.



. Na verdade, quem sofre de “couro-curto”, não pode trabalhar na prefeitura de Princesa. Sabem por que? Porque quem sofre desse mal, não pode fechar a boca, senão outra parte do corpo se abre.



 

sábado, 20 de março de 2021

A POMBA BRANCA DA PAZ, O "DATA VENIA" E AS QUALIDADES EXCELSAS DE VOSSA EXCELÊNCIA, DENTRE OUTROS ANIMAIS EXÓTICOS




Ouvi o jornalista Augusto Nunes referir-se a um advogado criminalista de sua cidade, Tatuí-SP, afirmando que o bacharel iniciava qualquer defesa no tribunal do júri com a seguinte oração: "Nem tudo é nada, nem nada é tudo em matéria de principalmente." A máxima, segundo Nunes, era revestida de uma solenidade própria dos grandes tribunos romanos. E as pessoas, desavisadas, tomavam aquele preâmbulo oratório como sendo o último patamar da erudição interiorana. Aqui no nosso sempre avacalhado solo tupiniquim brotaram, aos montes, os bacharéis de direito e de outras áreas, com uma enorme tendência à empulhação discursiva. Com a elegância própria dos pavões e o conhecimento de um livro em branco, essa turma danou-se a falar. Falar, falar e falar pelos cotovelos e por qualquer outra parte do corpo, não importava e nem importa. Para eles a linguagem nunca se prestara a transmitir um ideia ou qualquer fato objetivo. Falar, de maneira empolada e sempre confusa, dava ao falante uma áurea de superioridade intelectual, jamais alcançada pelo pobre receptor da fala. Tratava-se de um método que, às vezes inconscientemente, o bacharel repetia enquanto houvesse público para ouví-lo. E esse fenômeno não se deu apenas no Brasil. Era um cacoete europeu, e que nos era trazido pelos filhos da aristocracia brasileira, que normalmente estudava em Portugal. Ocorre que a grande campeã da embromação linguística é a Alemanha. Foi lá onde surgiram as tendências de pensamento mais bossais e arrogantes. Os pandectistas, que surgiram com o advento da chamada Escola Histórica Alemã (1840-1918) pretendiam falar em nome de um grupo majoritário, mesmo quando o falante estivesse se comunicando na primeira pessoa do singular. Deriva daquele pensamento o chamado plural majestático. Ou seja, ainda hoje é comum deparar-nos com pessoas falando individualmente e usando os verbos no plural: pensamos, acreditamos, vemos, defendemos etc. Ainda da Alemanha vieram os dadaistas. Escola cultural nascida no início do Século XX e que pretendia, principalmente na pintura, reproduzir a arte como vista pelos olhos das crianças. Daí porque o nome dadaismo ser uma tentativa de reproduzir o gaguejar de uma criança tentando falar"...da, da,da..." Resumidamente: uma besteira arrogante nunca vista. A outra tentativa, também alemã, deu-se com a conhecida Escola de Frankfurt. Trata-se de um enorme mal, que perdura até hoje, e que formou grande parte das mais perversas mentes comunistóides do mundo ocidental. Os seguidores daquela escola tinham e têm o hábito, e isso enquanto método, de falar de maneira confusa, não conclusiva, arrogante, proprietária de uma verdade universal e comumente escorregadia. Enquanto o falar do bacharelismo brasileiro do passado (e ainda do presente) pretendia e pretende apenas mostrar-se culto, os cultores da Escola de Frankfurt usam a linguagem com o propósito de enganar, confundir, criar adesões e servir a um propósito. Para os primeiros vale a pena lembrar símbolos, batidos e rebatidos, de algo como a pomba branca da paz, o tratamento excessivamente bajulatório com os detentores do poder estatal, frases como Vossa Excelência e a sua EXCELSA compreensão, "data venia", Pretório Excelso (assim mesmo, grafado com iniciais maiúsculas e referente a tribunais). No final dessa enrolação os argumentos dão lugar ao falatório vazio, estéril e inútil, enquanto que a razão fica, como sempre, deixada para o dia de amanhã. E como no discurso, na vida cotidiana o Brasil tem sido deixado sempre para amanhã. É o país do futuro. Do futuro que nunca chega.  


Wellington Marques Lima

BOLSONARO USA A PANDEMIA PARA POR EM PRÁTICA SEUS PLANOS ANTIDEMOCRÁTICOS

 



Somos, hoje, manchete em todos os jornais do mundo. O Brasil é o recordista mundial em mortes por Covid-19 e é o epicentro global da Pandemia que assola o Planeta. Enquanto o caos se estabelece na saúde nacional, o presidente da República, em sua irresponsabilidade insana, corre por fora, brincando de governar. Para os devotos do “mito”, pode parecer implicância de quem não votou nem votaria jamais nele. Mas, não, os fatos nos trazem a uma dura e perigosa realidade.

Os governadores de três entes federados – Bahia, Distrito Federal e Rio Grande do Sul - , diante da iminência de colapso total na saúde por conta da falta de leitos de UTI para tratar pacientes vítimas da Covid-19, decretaram restrições no funcionamento do comércio, da indústria e dos serviços, além do toque de recolher. Medida necessária, não para debelar a doença que grassa sem pena, mas, para dar um freio na onda de contágio, enquanto instalam mais hospitais para atender aos doentes.

Que fez o presidente Bolsonaro? Ontem, entrou com uma ação no STF – Supremo Tribunal Federal solicitando a suspensão da medida por inconstitucional. Questionado quanto à essa atitude, o presidente ameaçou com a possibilidade de tomar “medidas mais drásticas”, insinuando, inclusive, a decretação do Estado de Sítio. Isso suscitou a reação de diversas autoridades da República. O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, disse: “É hora de o governo assumir suas responsabilidades nessa hora grave”. O presidente do STF, ministro Luiz Fux, telefonou a Bolsonaro perguntando – em tom de admoestação -, se o presidente intencionava mesmo sitiar o país.

O momento que atravessamos é verdadeiramente grave, gravíssimo. Agrava-se mais ainda quando o chefe da Nação insiste no confronto em detrimento da união em prol do combate à doença. Se ridiculariza em falta de respeito aos mortos, quando encena uma pessoa com falta de ar. Particulariza sua arrogância quando se refere a uma célula das Forças Armadas como “meu Exército”. Arenga com os governadores e despreza todo e qualquer parecer dos especialistas em saúde. Aonde vamos parar com esse maluco no comando do Brasil? Nos EUA a troca se fez, pelas urnas, em tempo hábil. Aqui no Brasil, ainda teremos de aturar esse irresponsável, no trono, por quase dois anos. Quantas mais pessoas terão de morrer para que entendamos que esse sujeito não tem condições de conduzir os nossos destinos?

DSMR, em 20 de março de 2021.