Primeiro foram os governadores dos Estados brasileiros que,
em sua maioria, se manifestaram em defesa da normalidade democrática contra os
entreveros retóricos entre os poderes da República, promovidos por iniciativa
do presidente Jair Messias Bolsonaro. Agora, os setores produtivo, financeiro e
do agronegócio, também se declaram em defesa do Estado Democrático de Direito.
Em face das convocações, feitas pelo presidente da República e
por seus simpatizantes para que o povo se manifeste, no próximo dia 7 de
setembro, em favor de bandeiras antidemocráticas, numa demonstração de reação
responsável e legítima, alguns dos mais importantes segmentos da sociedade
civil, já se manifestam em defesa da ordem democrática, contra o retrocesso
político.
Representantes do agronegócio brasileiro, divulgaram uma nota
conjunta em que defendem a harmonia entre os poderes e a manutenção da
democracia num ambiente favorável ao trabalho e ao desenvolvimento do país. O
mesmo foi feito pelo setor produtivo (indústria e serviços) e pelo setor
financeiro (bancos), o que não foi ainda divulgado graças à intervenção do
Palácio do Planalto, em retaliação ao manifesto, quando ameaçou a retirada do Banco
do Brasil e Caixa Econômica da Febraban.
Até os Estados Unidos da América, através do Conselheiro de
Segurança Nacional daquele país, Jake Sullivan, se declararam contrários a
qualquer movimento antidemocrático no Brasil: ”A gestão de Biden defende um hemisfério seguro e democrático”,
disse Sullivan, acrescentando que os EUA não acreditam que as Forças Armadas
Brasileiras se aventurem numa tentativa de ruptura da institucionalidade, o que
seria devastador para as relações Brasil/EUA.
Completando a enxurrada de admoestações contra qualquer
tentativa de ruptura democrática, o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, disse
que, planejamento de golpe ou ataque aos outros poderes, se constitui “crime
inafiançável e imprescritível” e que “o preço a pagar pode ser alto”. Segundo o
ministro, o que o Brasil precisa, nesse momento de crise política, econômica e
sanitária, é de harmonia, diálogo e respeito à Constituição.
Ontem (30/08), a Prefeitura Municipal de Tavares, através da
Secretaria de Saúde, anunciou que a partir do 1º dia desse mês de setembro, serão
estabelecidos, naquele município, atendimentos em saúde nas especialidades de
dermatologia, psiquiatria e pediatria. A Secretaria adiantou que, em
dermatologia, os atendimentos serão feitos pelo doutor Hermógenes Feitosa. “Nosso trabalho é sempre pensando em
facilitar a vida dos nossos munícipes. Trazer especialistas para o município,
evita que os pacientes se desloquem para outros centros”, disse o prefeito,
Coco de Odálio. Em Tavares, saúde é prioridade.
Durante seu costumeiro programa radiofônico semanal, o
governador João Azevedo anunciou várias obras de infraestruturas nas várias
regiões do Estado, inclusive as obras de travessia urbana (asfaltamento do
centro de cidades) das 13 seguintes cidades: Sousa, Assunção, Caaporã, Mari,
Mulungu, Olivedos, Ouro Velho, Pirpirituba, Salgadinho, Serra Redonda,
Soledade, São José de Piranhas e Esperança.
Nesse investimento que, estranhamente, exclui a cidade de
Princesa, serão dispendidos 22 milhões de reais. Durante esse anúncio, o
governador afirmou: “Nós continuamos
investindo na geração de emprego e renda e contribuindo com a melhoria da
qualidade de vida das pessoas”. Há quem diga que essas obras de travessia
urbana, são realizadas em parceria entre o Estado e os municípios, e que, a
exclusão de Princesa, deve-se à falta do cumprimento do dever de casa.
Uma das similaridades de Princesa em relação às grandes
cidades da Paraíba, dá-se de forma nefasta. Em que pese o nosso município, no
contexto do nosso Estado, ser de porte médio (algo em torno de 24 mil
habitantes), se compara, hoje, aos maiores da Paraíba, em disseminação de
drogas como cocaína. É notório o uso dessa droga em nossa cidade, o que vem se
apresentando de forma indiscriminada entre jovens de todas as classes sociais.
Alertar para essa situação se faz necessário, haja vista a
constatação dessa triste realidade. Não somente o uso, mas também o tráfico, já
provocaram vários sacrifícios de jovens, incluindo aí assassinatos. Urge, que
as autoridades municipais e a polícia tornem-se mais efetivos na prevenção e no
combate desse mal que ceifa vidas e mata esperanças. Há males que, se não
cortados pela raiz, penalizam todo o tecido social.
ADRIANO FEITOSA
CAVALCANTI nasceu em
Princesa em 03 de maio de 1871, filho de Adriano Cavalcanti de Albuquerque e de
dona Mariana de Almeida Cavalcanti. Casou-se, em 1897 com dona Jozina Lima
Cavalcanti Amaral. Dessa união matrimonial nasceu Onézima Lima Cavalcanti.
Aprendeu as primeiras letras em casa com sua mãe que era professora leiga.
Muito inteligente e dotado de grande poder de assimilação, além de vocacionado
para as letras, continuou seu aprendizado em escolas particulares que
eventualmente, se instalaram no então Povoado de Bom Conselho. Existem
informações, não confirmadas, de que o menino Adriano fez o curso primário na
Escola do professor Laurindo Peregrino Bandeira de Mello. Porém, foi mesmo na
qualidade de autodidata que se tornou Adriano Feitosa, um intelectual refinado
para aquela época. Adulto, já imbuído do saber, transformou-se no que chamamos
hoje de “Professor Leigo” e instalou, em Princesa, uma escola particular que
foi responsável pelo início da formação educacional de vários princesenses
ilustres, a exemplo do grande tribuno Alcides Vieira Carneiro; do maestro,
músico e compositor Joaquim Leandro de Carvalho; do também maestro João Batista
Siqueira; do literato cordelista Laurindo Gomes Maciel, dentre outros expoentes
da cultura princesense. Auxiliado, na arte de ensinar, pelo sobrinho Enock
Cavalcanti – que era também regente de bandas, instrumentista e compositor -, o
professor Adriano Feitosa chegou a abrigar em sua escola, cerca de oitenta
alunos de várias idades. Seu estabelecimento particular de educação chegou ao auge
em 1918, quando funcionava numa casa situada à Rua Padre Arcoverde (hoje,
localizada no oitão da Igreja Católica de Princesa).
FOTO EM FRENTE À ESCOLA DO “PROFESSOR
FEITOSA” EM 1918
A importância de Feitosa como educador foi tanta, que, em sua
autobiografia, o destacado intelectual princesense, Alcides Carneiro, o
descreveu como: “O homem que ensinou
Princesa a ler e a falar”. O que se depreende - baseado nos parcos
registros existentes sobre a Escola do professor Adriano Feitosa -, é que o
mesmo enveredou nessa missão de ensinar com muito altruísmo e movido somente
pela vontade de servir à sua Terra, uma vez não haver nenhuma referência sobre
se o mesmo auferiu algum lucro financeiro nesse empreendimento educacional. Segundo
consta no Almanak Administrativo do
Estado da Parahyba do Norte, do ano de 1889, com apenas 18 anos de idade,
Adriano Feitosa Cavalcanti foi nomeado professor público para a cadeira do sexo
masculino para lecionar, de forma interina, no Povoado de Bom Conselho. Em seu
livro: “Princesa – Antes e Depois de 30”, o historiador princesense Paulo
Mariano diz que o professor Feitosa (como era chamado), foi: “Um educador de
gerações de princesenses”.
O político
Além das atividades voltadas para a educação, o professor
Adriano Feitosa Cavalcanti adentrou também no campo da atuação política. Nessa seara, militou sempre na agremiação
partidária liderada pelo coronel José Pereira Lima. Eleito Vereador à Câmara
Municipal de Princesa, nas eleições de 1935, destacou-se pela atuação
parlamentar, principalmente por seus bem elaborados discursos e tornou-se,
também por eleição, o Primeiro Presidente da Câmara Municipal de Princesa
(antes, tanto os vereadores quanto os presidentes do então chamado “Conselho de
Câmara”, eram nomeados). Sua única
experiência político-eleitoral foi esta, pois, com a instalação da ditadura do
“Estado Novo” em 1937, teve seu mandato cassado e, quando da redemocratização
do País, em 1945, e o restabelecimento das eleições, já havia falecido. Em sua
homenagem, tanto pelo muito que fez pela educação do município quanto pela sua
breve, porém, profícua atuação política quando organizou o início dos trabalhos
legislativos do município, hoje, a Câmara Municipal de Princesa Isabel recebe o
nome de “Casa de Adriano Feitosa Cavalcanti”. Além dessa homenagem, está
também, o nome desse ilustre educador, inscrito em uma das placas que nomeiam
ruas da cidade de Princesa. Homenageado está também, Adriano Feitosa, na
vizinha cidade de Tavares onde é patrono da maior escola pública daquela
municipalidade. Faleceu, o professor Adriano Feitosa Cavalcanti, aos 72 anos de
idade, em 1943. Em que pese vermo-nos privados - quando da feitura deste
escrito -, de mais dados biográficos sobre esse nobre filho de Princesa,
registramos aqui o pouco que restou em resgate de sua importante história para
que fique, definitivamente, inscrito nos anais dos filhos ilustres dessa
histórica Terra que é Princesa.
·Na fotografia que ilustra este Perfil
Biográfico, estão retratados quase 80 (OITENTA) alunos da Escola do professor
ADRIANO FEITOSA CAVALCANTI. Dentre eles, constam, além de Alcides Vieira
Carneiro, vários outros filhos ilustres de Princesa.
Semana passada, Lula esteve visitando alguns Estados do
Nordeste. Em sua estada no Recife, o ex-presidente visitou os três
representantes na esquerda no Estado: o governador Paulo Câmara, o prefeito do
Recife, João Campos e a candidatíssima a governadora e líder das atuais
pesquisas, Marília Arraes. Sem nenhum “beicinho”, todos os adversários entre
si, receberam o ex-presidente com tapete vermelho e atenção desmedida.
Aqui na Paraíba, onde não veio ainda, Lula já avisou: “estarei ao lado de todos que se dispuserem
a me apoiar”. Em contrapartida, o governador João Azevedo, que é desafeto
do ex-governador e ex-padrinho, Ricardo Coutinho, já disse que seu palanque
estará à disposição do petista. Ricardo Coutinho, não precisa nem falar, pois,
juntamente com o ex-prefeito da capital, Luciano Cartaxo, já formam chapa sob as
bênçãos de Lula.
O mais estranho e, portanto, mais emblemático, é o caso do
ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues. Em que pese vir sempre
recebendo o apoio explícito do presidente Bolsonaro, à sua postulação ao
governo do Estado, Rodrigues acaba de afirmar que, mesmo sendo de
centro-direita, está aberto ao diálogo e não descarta uma conversa com Lula. As
conveniências eleitorais são quem dão o tom. Afinal, o jumento carregado de
açúcar, até o rabo é doce.
Muitas vezes, em suas ações bélicas, os Estados Unidos da
América, considerados a “polícia do mundo”, são incompreendidos em suas
intenções e, nos mais das vezes, erram flagrantemente. Não foi diferente com o
Afeganistão. Invadido, aquele país, pelos EUA, em 2001 – após o atentado às
Torres Gêmeas -, com o intuito de debelar um foco terrorista ali estacionado –
sob a denominação de “Al Qaeda” -, apoiado pelo Estado islâmico, a operação,
que deveria ter sido cirúrgica, foi invasiva demais, o que expôs a grande
potência ocidental ao maior vexame, em similaridade ao que aconteceu no Vietnã
na década de 1950.
Nessa empresa, os EUA, investiram bilhões de dólares. A
intenção principal era a de debelar o terrorismo e, de quebra, combater a
extrema pobreza, pacificar o país e criar ali uma democracia. Nada disso foi
atingido definitivamente. O terrorismo continua sendo uma ameaça; a pobreza
persiste; o país continua dividido entre os que querem o progresso e a
modernidade e os que insistem em reger a nação afegã pelos preceitos religiosos
do Islã, e a democracia, continua sendo uma quimera. O resultado do esforço
empreendido nesses últimos 20 anos foi em vão. O Talibã voltou e sem encontrar
resistência alguma dos que foram treinados pelos EUA para defender aquele país.
Diferente de todas as intenções da “polícia do mundo”, o
Afeganistão continua o mesmo, ou pior. O dinheiro investido carreou para a
corrupção; o Talibã voltou a dominar o país e, o after day daquele povo e da região do entorno, é incerto. Embora
demonstrando moderação, o Talibã, pragmático agora, é uma incerteza. Permite a
saída dos que não querem lá ficar, mas ninguém sabe qual será o destino dos que
lá ficarão. Diante desse quadro, não se pode culpar pelo fiasco, apenas o
presidente Joe Biden que, sabiamente, disse: “Não podemos lutar em favor daqueles que não querem defender seu
próprio país”. O imbróglio continua e o mundo volta a ficar assustado.
A Prefeitura de São José de Princesa, realizará, no próximo
dia 31 deste mês, a 8ª Conferência Municipal da Assistência Social. O tema para
este ano é: “Assistência Social: direito do povo e dever do Estado, com
financiamento público, para enfrentar as desigualdades e garantir proteção
social”. O evento acontecerá na Escola “Santa Rosa”, a partir das 8 horas da
manhã, com a participação do Conselho Municipal de Assistência Social.
Chico de Amélia era um caminhoneiro de Princesa que percorria
todo o Brasil dirigindo uma carreta. Quando tocava de sorte estar de folga num
fim-de-semana, reunia a família, botava dentro de seu chevete e ia passear e
tomar umas lapadas de cachaça. Certa vez, logo que foi instituído o bafômetro
(aparelho usado para medir o grau de embriaguez dos motoristas), Chico saiu com
a família, inclusive sua sogra, dona Tereza.
Depois de haver tomado umas cervejas e algumas doses de cana,
Chico já se dirigia para casa quando, nas imediações do Açude Novo, mais ou
menos às seis horas da noite, a polícia fazia uma blitz e parou seu carro. O policial pediu os documentos do carro (o
que estava tudo em ordem) e perguntou se o motorista havia bebido. Chico
respondeu:
- Bebi não.
- Mas, o senhor vinha dirigindo a 130 quilômetros por hora.
Disse o policial
- Que nada, rapaz, eu vinha a menos de oitenta.
Lá de dentro, a sogra de Chico disse:
- Vinha correndo muito mesmo. Era mais de 100.
Chico desmentiu dona Tereza, e o policial continuou:
- Tem mais, a lanterna lateral do carro tá quebrada.
Com ares de surpresa, Chico disse:
- Oxente, sabia não.
De novo a véia escangotou o pescoço e afirmou:
- Ôxe, faz tempo que essa lanterna não acende.
Já muito irritado, Chico virou-se para a sogra e gritou:
- Cala a boca, mocréia!
Vendo isso, o policial perguntou à velha:
- Ele grita sempre com a senhora?
A véia respondeu na lata:
- Não “seu” zé, somente quando está bêbado.
* Essa estória é da lavra do comerciante Joca Fernandes.
🛑 Simples assim: enquanto o deputado Aguinaldo Ribeiro tem o
apoio do prefeito de Princesa, para ser ungido candidato ao Senado Federal, o
deputado Efraim Filho conta com a adesão de 115 prefeitos paraibanos à sua
pré-candidatura a senador.
🛑 O babaca do Sérgio Reis gravou um vídeo recomendando a
invasão do Supremo Tribunal Federal, não colou e agora perde o apoio de vários
artistas que gravariam um CD em parceria com ele e, de quebra, entrou numa
depressão braba.
🛑 Do presidente Bolsonaro: “Conforme informação do TAL do TCU, 50% das mortes que imputam à
Covid-19, são mentirosas”. No outro dia, o TCU desmentiu o presidente.
🛑 Muitos dos que apoiam Lula para uma candidatura à
presidência da República, comentam que seria interessante que ele [Lula], se
desvencilhasse de Gleisi Hoffmann & Cia.
🛑 Enquanto Bolsonaro toca fogo no Brasil, o presidente do
Senado Federal, Rodrigo Pacheco, dá uma de bombeiro tentando apagar as chamas
ateadas pelo menino mimado que só fala besteiras.
🛑 Bolsonaro deixa de cuidar do governo, põe a culpa da alta
da gasolina nos governadores e, em três Estados brasileiros, o combustível já
passa dos sete reais.
🛑 Sua excelência o ministro da Educação, Milton Ribeiro,
disse acreditar que crianças especiais não devem frequentar as mesmas salas das
crianças normais. O ministro acredita que aquelas atrapalham o aprendizado
destas.
🛑 O Ministério da Saúde já autorizou a terceira dose da
vacina contra Covid-19 para os idosos. O problema é que só deverão ser usados
os imunizantes da pfizer e da astrazeneca. A vacina da coronavac não será
aplicada. E quem tomou as duas doses desta vacina? Nós, os velhos, estamos
lascados. KKKKK.
🛑 Ninguém sabe ao certo quem é o secretário de Infraestrutura
do município. Segundo consta, o titular é Júnior de Veri, mas, quem manda mesmo
é o ex-marido da câmara.
🛑 Enquanto isso, deflagrada a corrida pela sucessão de
Nascimento, o tesoureiro da Prefeitura voa em céu de brigadeiro num aparelho
pilotado pelo senhor prefeito. Tem um bocado de gente que não está gostando
disso de jeito nenhum.
Embalando sua pré-candidatura a deputado estadual, o médico
Aledson Moura, nas entrevistas que tem concedido aos vários meios de
comunicação no Estado, tem dito que suas principais bandeiras eleitorais serão
a Saúde e a criação de Empregos e Renda. Na saúde, Moura tem como prioridade a
reestadualização do Hospital Regional de Princesa, para que o nosso município
volte a ser protagonista e promova um atendimento médico-hospitalar de
qualidade, deixando de ficar a reboque de cidades como Piancó e Taperoá.
No tocante à criação de Empregos e Renda, o futuro deputado,
Aledson Moura, afirma que encetará gestões junto ao Governo do Estado e ao
setor empresarial, para a consecução de financiamentos, incentivos e instalação
de serviços que possibilitem a criação de emprego e renda, principalmente, para
os jovens da nossa região. Segundo Moura, “Essas
são iniciativas importantes que trarão Princesa de volta ao cenário das cidades
que se desenvolvem. Afinal, o que precisamos mesmo é de um representante na
esfera estadual que possa nos representar. Princesa é a única cidade-polo que
não tem um representante na Assembleia Legislativa”, disse o doutor
Aledson.
O que se tem observado na política de Princesa, ultimamente,
é o mesmo que aconteceu, ano passado, em relação ao candidato a vereador da
preferência do prefeito Ricardo Pereira do Nascimento. O que se vê nas redes
sociais é um movimento de promoção pessoal nunca visto, do atual secretário de
Finanças, Fábio Brás. É claro que isso jamais aconteceria sem a anuência do
prefeito. Será que será, Brás (o tesoureiro), o candidato à sucessão de
Nascimento? Os movimentos evidenciam que sim.
Ultimamente, o brilhante tesoureiro, como se fora um agente
político de primeira grandeza, se fez fotografar ao lado do governador,
dando-lhe boas-vindas e agradecendo os investimentos em Princesa; parabenizou
feirantes pelo seu dia e, no último périplo do prefeito por Brasília, Brás foi
seu acompanhante de luxo, com direito a fotografias junto às autoridades
federais. Diante de tudo isso, fica uma pergunta no ar: Será que Nascimento vai
fazer, com o Brás do dinheiro, o mesmo que fez com irmão vereador? Ou seja,
funcionar a máquina administrativa em seu favor?
Esse quadro provoca outras perguntas. O que fez ou faz, o
secretário de finanças, para merecer tanto? E José Pereira Neto, filho do maior
avalista político [Aloysio Pereira] do prefeito, o que acha disso? E o senhor
vice-prefeito, José Casusa, concorda com essa preferência? Sem falar no
ex-marido da câmara, fiel escudeiro de Nascimento, que também está sendo preterido,
incluímos nesse meio os vereadores que ralaram para ser eleitos e agora são
postos em segundo plano. É clara, a preferência do prefeito, que está
aproveitando enquanto Brás é tesoureiro, mas tem de ter cuidado senão, os
demais, botam nele como a vaca botou em mestre Alfredo.
Na última quinta-feira (26/08), após reunião com os
secretários e a procuradoria jurídica do município, o prefeito Coco de Odálio,
anunciou que, em breve, realizará concurso público para o preenchimento de
vagas no serviço público daquele município. Com o intuito de melhorar os
serviços prestados pelo município, o que terá também o condão de gerar
empregos, Coco afirmou: “Estamos em
processo de organização do serviço público, e com isso, daremos também
oportunidade de emprego aos nossos jovens”.
Revelando-se um dos parlamentares mais atuantes da Câmara
Federal, o deputado paraibano, Efraim Filho (DEM/PB), líder da bancada dos
Democratas naquela Casa Legislativa, se destaca agora na defesa do emprego dos
brasileiros. Projeto de Lei nº 2.541/21, de sua autoria, determina a
prorrogação da desoneração da folha de pagamento dos empregados de vários
setores da economia nacional até dezembro de 2016.
Em defesa de sua propositura, Efraim afirmou: “Diante dos benefícios que a medida oferece
para os inúmeros setores e para o desenvolvimento do País, em comparação com os
custos fiscais para a manutenção da medida, o impacto é relativamente baixo”. O
deputado paraibano acrescentou que “essa
medida tem o condão de garantir o aumento da competitividade econômica, bem
como estimular a geração de emprego e renda”.
Somada à grande capacidade de articulação política que vem
demonstrando nos últimos meses, a profícua atuação parlamentar de Efraim Filho
o credencia cada vez mais em sua postulação a uma cadeira no Senado Federal
representando a Paraíba. Para os princesenses isso se constitui num alento. Em
face da parceria de Efraim com o pré-candidato a deputado estadual, doutor
Aledson Moura – genuíno representante de Princesa -, isso se traduz numa
esperança de melhores dias para toda a região..
Ingres foi aluno de
Jacques-Louis David (1748-1825), figura central do neoclassicismo francês.
Ainda jovem, afirmou-se recebendo importantes encomendas oficiais do regime
napoleônico. Em 1806 viajou a Roma, onde permaneceu até 1820, quando se mudou
para Florença. Na Itália, tornou-se um dos retratistas mais requisitados.
Voltando a Paris, em 1824, consagrou-se líder da escola clássica francesa.Além da fácil contraposição entre Ingres,
clássico e desenhista, e Delacroix (1798-1863), moderno e colorista, os
inúmeros desenhos mostram como Ingres possuía uma enorme erudição, que se
estendia desde a pintura dos vasos gregos até a arte maneirista. Ele soube
reunir todas essas referências em suas composições por meio do desenho,
pensando de forma puramente decorativa, ou seja, em função do equilíbrio formal
e sem preocupações naturalistas. É o caso de Angélica acorrentada (1859), em que o artista modifica as
proporções e os volumes do corpo para alcançar o efeito dramático desejado. A
obra remonta ao poema épico Orlando
furioso (1516), em que a heroína é salva por Ruggiero do monstro marinho ao
qual foi oferecida em sacrifício. O monstro é cegado pelo raio de luz que sai
do escudo mágico do herói. O cavaleiro pagão salva Angélica e ganha, então, o
seu amor. (Extraído do Guia do MASP – Museu de Arte de São Paulo).
É saber de todos que o senador, Tasso Jereissati (PSDB/CE),
se apresenta como pré-candidato à presidência da República nas eleições que
acontecerão no próximo ano. Por isso, foi por todos considerado muito estranho
o encontro do presidenciável e senador cearense com o ex-presidente Lula, no
último domingo, ocorrido em Fortaleza. Não se sabe o que conversaram. Porém, a
esquisitice persiste, uma vez serem, os dois, quadros importantes dos dois
partidos (PT e PSDB), que antagonizam na política brasileira desde 1994.
É notória a polarização da pré-disputa eleitoral, em busca da
principal cadeira do Palácio Planalto, entre Lula e o presidente Jair
Bolsonaro. É certo também que as atuais pesquisas de opinião, indicam ampla
vantagem para o pré-candidato do PT. Talvez isso seja o motor para que
políticos representantes da chamada “terceira via” – quase todos adversários do
presidente da República -, confabulem com Lula por nele veem a real
possibilidade de impedir uma reeleição de Bolsonaro.
É claro que Jair Bolsonaro detém ainda um naco importante do
eleitorado brasileiro; algo em torno de 30%, principalmente nas regiões Norte,
Sul e Centro-Oeste. Lula se viabiliza eleitoralmente mais no Nordeste e vem
crescendo no Sudeste. Além do que indica esse cenário - no caso do senador
Jereissati, contribui também, para essa aproximação, além do panorama que
favorece a polarização acima citada, a declaração do ex-presidente, FHC, que
admite sim, votar em Lula num eventual segundo turno, se o outro candidato for
Bolsonaro.
Mais uma consequência nefasta, produto da irresponsável
municipalização do Hospital de Princesa, mostra agora sua cara. O programa do
Governo do Estado: “Opera Paraíba”, que funciona plenamente em todas as sedes
de Regiões Geoadministrativas do Estado, deixa o município de Princesa órfão
desse importante benefício.
No próximo mês, mais de 50 idosos de Princesa e região, terão
de se deslocar daqui para a cidade de Taperoá, no Cariri paraibano, para se
submeterem a cirurgias de catarata. Não fora a municipalização do Hospital
Regional de Princesa, esses procedimentos cirúrgicos estariam sendo realizados
aqui em Princesa.
Fruto da irresponsável insensibilidade do prefeito Ricardo Pereira
do Nascimento, quando municipalizou o Hospital Regional, está o nosso município
privado de vários benefícios no campo da saúde, o que é extensivo – enquanto
penalidade -, a todos os habitantes da região polarizada por Princesa.
O depoimento do empresário Roberto Pereira Ramos Júnior, na
CPI da Covid-19, ontem (25/08), foi simplesmente estarrecedor, tanto pelas
mentiras proferidas, quanto pelos números apresentados. Inquirido pelo senador
Renan Calheiros, relator da CPI, o senhor Roberto Ramos, sobre a empresa que
representa, este respondeu chamar-se FIBE BANK. Sobre o patrimônio da firma da
qual é diretor-presidente, Ramos informou ser de 7,5 bilhões de reais, com um
faturamento anual de apenas 650 mil reais.
Essas perguntas, feitas a propósito, todas já tinham
respostas através de prévias investigações dos senadores membros daquela CPI.
Já sabiam, os parlamentares, que a empresa que deu garantias de 80 milhões de
reais para a compra de 200 milhões de doses da vacina covaxin, que custaria 1,6
bilhões de reais aos cofres públicos, não poderia fazê-lo por não ser banco
tampouco instituição financeira ou de crédito.
Na sequência, os senadores mostraram que os imóveis que
formavam o patrimônio do FIBE BANK – terrenos localizados nos estados do Paraná
e de São Paulo -, avaliados (segundo Ramos), em 7,5 bilhões de reais,
simplesmente não existiam e que, no quadro societário da empresa, constavam
dois “laranjas”, que lutam na Justiça para retirar seus nomes dessa tramoia.
Por fim, ficou constatado que a firma comandada por Roberto Ramos, não poderia
ser fundo garantidor de crédito.
Tudo isso aconteceu com o aval dos técnicos do Ministério da
Saúde, que aceitaram o contrato de garantia de uma empresa que sequer existe
formalmente. Além dessas falcatruas descobertas pela CPI, ficou clara a influência
do deputado, Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal, como
facilitador para que o FIBE BANK tivesse acesso ao Ministério da Saúde com a
finalidade de participar dessa negociata, que não chegou a termo graças às
investigações da CPI da Covid-19
No início dos anos 1950, uma jovem brasileira que morava na Bélgica, onde o seu pai trabalhava como diplomata, participou de um concurso de canto lírico que tinha como prêmio uma bolsa de estudo no renomado conservatório musical Accademia di Santa Cecilia, em Roma. A moça acabou conseguindo o prêmio e foi estudar no conservatório, onde ficava pela manhã e, no resto do dia, era interna em um colégio de freiras. Só saía para passear pela cidade nos finais de semana.
Em um desses passeios, a jovem se deparou com uma filmagem que estava sendo realizada e ficou olhando a cena maravilhada. Sua presença despertou a atenção do jovem diretor do filme,
que se aproximou e perguntou se ela não queria participar da película. A moça concordou, mas disse que somente estaria disponível nos finais de semana. Ficou de aparecer no set na semana seguinte. No dia combinado, a jovem chegou ao local da filmagem trazendo um violão. O diretor, surpreso, perguntou por que ela havido trazido o instrumento. A moça disse que soube que ele gostava de música e passou a cantar — acompanhada do violão — uma música do folclore brasileiro.
Foi assim que a jovem de nome Vanja apareceu no filme, no papel da cigana Moema, tocando violão e cantando “Meu limão, meu limoeiro”, uma conhecida canção popular do Brasil. Aquele era o primeiro filme do jovem diretor de nome Federico Fellini, que depois viria a se tornar um dos mais importantes cineastas de todos os tempos. O filme “Luci del Varietá” (no Brasil: “Mulheres e Luzes”) foi conjuntamente produzido e dirigido pelo iniciante Fellini e pelo já experiente Alberto Lattuada. Anos depois, Fellini, falando sobre o filme, diria que tanto ele como Lattuada se sentiam orgulhosos com aquela realização. Foi assim, em alto estilo, fruto de uma casualidade, que a carioca Vanja Orico, filha do político, escritor e acadêmico paraense Osvaldo Orico, estreou no cinema, como atriz e cantora, atividades que ela exerceria pelo resto da sua vida.
Como consequência do filme “Luci del Varietá”, Vanja Orico foi convidada a fazer, na Itália, a sua primeira gravação em um disco de 78rpm (com uma música de cada lado) com “Meu limão, meu limoeiro” e “Coplas” (uma canção que ela própria compôs aproveitando um tema do poeta espanhol Federico Garcia Lorca). A partir de então, Vanja começou a participar de programas no rádio e na televisão italiana e fazer apresentações em Paris, em Portugal e na Bélgica. Por aquela época, ela veio ao Brasil para recitais no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que tiveram a participação do respeitado pianista e compositor brasileiro Francisco Mignone.
Com a repercussão do seu trabalho no filme de Fellini e Lattuada, Vanja Orico foi escolhida para um dos papéis principais do filme “O Cangaceiro”, do diretor Lima Barreto. “O Cangaceiro” foi o primeiro sucesso internacional do cinema brasileiro. Levado ao Festival de Cinema de Cannes, em 1953, “O Cangaceiro” obteve o Prêmio de Melhor Filme de Aventura e recebeu elogios do presidente do júri,
o cineasta e poeta Jean Cocteau. A trilha sonora da película também recebeu uma menção especial no festival de Cannes. “O Cangaceiro” tem nos seus créditos a escritora Rachel de Queiroz como autora dos diálogos, o pintor Carybé na cenografia e o compositor Adoniram Barbosa como ator.
“O Cangaceiro” obteve êxito mundial. Ficou cinco anos em cartaz na França e foi exibido em mais de 80 países. Segundo depoimento de Vanja Orico, “O Cangaceiro” teria dado à distribuidora norte-americana Columbia um faturamento muito maior do que o que fora conseguido pelo filme "A Ponte Do Rio Kwai", uma das películas de maior bilheteria naqueles anos. Estima-se em 50 milhões de dólares a arrecadação internacional do filme, que ficou, integralmente, com a empresa norte-americana. Lima Barreto (o diretor da película) morreu, em 1982, pobre e esquecido, em um asilo de São Paulo.
O disco com as músicas de “O Cangaceiro”, lançado na França, com destaque para a interpretação de Vanja Orico para a música “Mulher Rendeira” obteve grande vendagem e alavancou a carreira dela como cantora. “Mulher Rendeira” é uma toada popular adaptada por Alfredo Ricardo do Nascimento, paraibano de Cajazeiras, que adotou o nome artístico de Zé do Norte. A música (na trilha do filme também interpretada pelo conjunto vocal Demônios da Garoa) é um tema recolhido nos sertões nordestinos, de origem incerta, da mesma forma que a canção Asa Branca, que foi adaptada por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, embora alguns atribuam a autoria de “Mulher Rendeira” ao cangaceiro Lampião.
“Mulher Rendeira” se tornou uma das músicas brasileiras mais conhecidas em todo o mundo, com regravações insólitas, como a de The Shadows, banda instrumental inglesa de grande sucesso nos anos 1960 (a dos hits Apache e Man of Mistery ). No disco com as músicas do filme “O Cangaceiro”, Vanja cantava, além de “Mulher Rendeira”, a canção “Sodade, meu bem Sodade”, de Zé do Norte. O paraibano Zé do Norte interpretava outras duas músicas de sua autoria, “Meu Pinhão” e “Lua Bonita”.
Para divulgação do filme, a distribuidora Columbia programou apresentações de Vanja Orico em várias partes do mundo que incluíram, mesmo em pleno auge da Guerra Fria, a União Soviética e países do então bloco socialista. Vanja Orico se tornou, na época, a artista brasileira mais conhecida internacionalmente, situação só comparável àquela alcançada, antes, por Carmem Miranda. Após “O Cangaceiro”, Vanja participou de filmes na Espanha e na Alemanha e, paralelamente, desenvolveu a sua carreira como cantora fazendo shows e gravando discos na Europa e no Brasil.
O sucesso de “O Cangaceiro” fez com que se iniciasse no cinema brasileiro o que se denominou o “Ciclo do Cangaço”, uma espécie de western tupiniquim, um “Nordestern”, com filmes utilizando temáticas baseadas no banditismo que assolou, na primeira metade do século passado, os sertões nordestinos.
Vanja Orico atuou, além de “O Cangaceiro”, em mais três filmes nessa linha, “Lampião, rei do cangaço” (1965), “Cangaceiros de Lampião” (1967) e “Jesuíno Brilhante, o cangaceiro” (1972). Os quatro filmes de temática de cangaço que tiveram a participação de Vanja Orico fizeram com que ela fosse chamada a Musa do Cangaço.
A carreira internacional que Vanja Orico desenvolveu a obrigava a constantes viagens para o exterior, o que fez com que o jornalista Sergio Porto (Stanislaw Ponte Preta) criasse nas suas crônicas a expressão “Vanja vai, Vanja vem”, significando tempo decorrido, locução que foi usada como título de um espetáculo que Vanja fez, no Rio de Janeiro, com o ator Grande Otelo.
Vanja Orico sempre adotou um rigoroso critério na escolha das canções que interpretava. Poucas cantoras brasileiras tiveram a qualidade do seu repertório. Nos seus primeiros discos (mesmo os gravados no exterior) alternavam-se músicas folclóricas com canções de compositores como Dorival Caymmi, Joubert de Carvalho e Luís Bonfá. Vanja foi uma das primeiras intérpretes a gravar a dupla Tom Jobim e Vinícius de Moraes, ainda na fase anterior à bossa-nova (“Eu não existo sem você”), e foi ela quem fez as primeiras gravações das músicas “Opinião” e “Acender As Velas”, do sambista Zé Kéti, que, depois, ficaram vinculadas ao nome da cantora Nara Leão.
O cuidado na escolha das canções que ia cantar e gravar permaneceu até os últimos discos que foram feitos por Vanja Orico, como, por exemplo, o que gravou com a participação do Quinteto Violado, em que foram incluídas músicas de Dorival Caymmi, uma pouco conhecida canção de Geraldo Vandré (“Chaquito”), Capiba, João do Vale, Carlos Lira e Luis Bonfá. Atualmente, a discografia de Vanja Orico só é encontrável em sites e blogs. A plataforma streaming Spotify apenas disponibiliza um disco com seleção das suas primeiras gravações e um EP com quatro músicas da trilha do filme “L'ombre sous la mer” (com a atriz Sophia Loren).
Um episódio marcou a vida de Vanja Orico e fez com que ela tivesse que deixar, por algum tempo, o Brasil. Em outubro de 1968, uma manifestação de estudantes que estava sendo realizada na frente do Hospital das Clínicas, no Rio de Janeiro, foi reprimida violentamente pela polícia, com um saldo trágico: a morte do acadêmico de medicina Luís Carlos da Cruz, de 21 anos, ferimentos à bala em outros seis estudantes e a invasão do hospital pelos policiais, causando pânico entre os pacientes.
No dia seguinte, um grande cortejo, com a participação de estudantes e artistas, dirigia-se ao cemitério do Caju, para o sepultamento do estudante assassinado, quando foi dispersado pela polícia com disparos de metralhadora, resultando em mais dois mortos. Para evitar um massacre, Vanja Orico, que participava da passeata, se colocou à frente dos manifestantes, ajoelhou-se no meio da rua e gritou para os militares: “não atirem, somos todos brasileiros”. A atriz foi retirada, à força, do local, sob golpes de cassetetes e levada presa. Como Vanja Orico era um nome conhecido internacionalmente, as fotos estampando a brutalidade dos militares contra ela foram publicadas nos principais jornais do mundo. Três dias depois, ela foi solta.
Pouco tempo depois, a situação no País se agravaria. Em 13 de dezembro de 1968, o regime militar editaria o mais autoritário e ditatorial dos seus atos, o famigerado Ato Institucional nº 5. O Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas estaduais foram fechados, mandatos parlamentares cassados, direitos civis foram suspensos, inclusive de três ministros do STF, foi extinto o habeas corpus para delitos políticos e estabelecida a censura nos rádios, jornais e televisões. Muitas pessoas foram presas, entre elas Carlos Lacerda, um dos principais líderes civis do golpe militar de 1964, o velho advogado e arraigado anticomunista Sobral Pinto, o ex-presidente Juscelino Kubitscheck (que chegara a votar no general Castelo Branco na sua eleição indireta para Presidente), escritores e artistas, como Gilberto Gil e Caetano Veloso. Começava a Ditadura Escancarada, conforme o jornalista Elio Gaspari denominou o período, em um título de um dos seus livros.
Em virtude da situação por que passava o País e da sua posição política, Vanja Orico resolveu deixar o Brasil, fixando residência em Paris. Depois de passar algum tempo no exterior, retornaria ao Rio de Janeiro, retomando a sua carreira de atriz e cantora, mas sem o destaque que, anteriormente, alcançara. Participou de filmes, fez roteiros para outros, e dirigiu uma película.
Como cantora, nas suas apresentações e nos discos que gravou na sua volta para o Brasil, Vanja Orico manteve sempre uma alta qualidade na escolha do seu repertório, sem nunca fazer concessões comerciais. Pela grande projeção que teve, como atriz, cantora e cidadã, durante pelo menos duas décadas, é inconcebível que o seu nome seja omitido nos livros que tratam da história da música popular brasileira na segunda metade do século passado.
A Musa do Cangaço, como ficou conhecida, morreu no Rio de Janeiro, em 2015, aos 83 anos.