Num verdadeiro malabarismo político, o presidente eleito e
diplomado, Luís Inácio Lula da Silva (PT), encerra, nesta semana, as tratativas
para a composição de seu Ministério. Serão 37 Pastas que cuidarão dos
interesses dos diversos segmentos da sociedade brasileira.
Nessa composição, Lula, teve o cuidado de contemplar,
primeiramente o PT e, depois, aos vários apoiadores eleitorais; aos noveis
aliados (PP, UB, PSD, etc.) e, também, à região que lhe emprestou apoio maciço para
sua terceira eleição presidencial: o Nordeste.
Dos nove Estados que compõem essa importante região setentrional
do Brasil, oito deles terão, pelo menos, um ministro na Esplanada em Brasília.
Apenas uma das Unidades da Federação que compõem o Nordeste, não foi
contemplada. Esqueceu-se, portanto, da Paraíba, que ficou de fora, chupando o
dedo.
O Maranhão, terá Flávio Dino na Justiça; o Piauí, Wellington
Dias, no Desenvolvimento Social; o Ceará, a Educação com Camilo Santana; o Rio
Grande do Norte, comandará a Petrobras com Jean Paul Prates; Pernambuco, com
José Múcio na Defesa; Alagoas terá Renan Filho nos Transportes; Sergipe, Márcio
Macêdo na Secretaria de Governo e, a Bahia, agraciada com Ruy Costa na Casa
Civil.
A Paraíba, “pequenina e bela”, como dizia o ex-presidente
Epitácio Pessoa; tal qual o que aconteceu em 1930, quando o então presidente da
República, Washington Luís, esqueceu de consultá-la sobre a escolha de Júlio
Prestes como candidato à sua sucessão, ficou de fora de novo.
Naquele tempo, revoltada, a Paraíba rompeu com o Governo Federal
e aliou-se a Minas Gerais e ao Rio Grande do Sul, formando a Aliança Liberal em
apoio à candidatura oposicionista de Getúlio Vargas. Agora, liberada por Lula -
em que pese haver contribuído com mais de 64% de seus votos para a eleição do
presidente, ficou a ver navios e, pior, sem ter para onde ir. Mesmo assim,
continua “pequenina e bela”.
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