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quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Esqueceram da Paraíba de novo

Num verdadeiro malabarismo político, o presidente eleito e diplomado, Luís Inácio Lula da Silva (PT), encerra, nesta semana, as tratativas para a composição de seu Ministério. Serão 37 Pastas que cuidarão dos interesses dos diversos segmentos da sociedade brasileira.

Nessa composição, Lula, teve o cuidado de contemplar, primeiramente o PT e, depois, aos vários apoiadores eleitorais; aos noveis aliados (PP, UB, PSD, etc.) e, também, à região que lhe emprestou apoio maciço para sua terceira eleição presidencial: o Nordeste.

Dos nove Estados que compõem essa importante região setentrional do Brasil, oito deles terão, pelo menos, um ministro na Esplanada em Brasília. Apenas uma das Unidades da Federação que compõem o Nordeste, não foi contemplada. Esqueceu-se, portanto, da Paraíba, que ficou de fora, chupando o dedo.

O Maranhão, terá Flávio Dino na Justiça; o Piauí, Wellington Dias, no Desenvolvimento Social; o Ceará, a Educação com Camilo Santana; o Rio Grande do Norte, comandará a Petrobras com Jean Paul Prates; Pernambuco, com José Múcio na Defesa; Alagoas terá Renan Filho nos Transportes; Sergipe, Márcio Macêdo na Secretaria de Governo e, a Bahia, agraciada com Ruy Costa na Casa Civil.

A Paraíba, “pequenina e bela”, como dizia o ex-presidente Epitácio Pessoa; tal qual o que aconteceu em 1930, quando o então presidente da República, Washington Luís, esqueceu de consultá-la sobre a escolha de Júlio Prestes como candidato à sua sucessão, ficou de fora de novo.

Naquele tempo, revoltada, a Paraíba rompeu com o Governo Federal e aliou-se a Minas Gerais e ao Rio Grande do Sul, formando a Aliança Liberal em apoio à candidatura oposicionista de Getúlio Vargas. Agora, liberada por Lula - em que pese haver contribuído com mais de 64% de seus votos para a eleição do presidente, ficou a ver navios e, pior, sem ter para onde ir. Mesmo assim, continua “pequenina e bela”.




 

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