ODE

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Eleição no interior é mesmo um saco de gatos

 

Eleição no interior é muito parecida com campeonatos de futebol: todos são técnicos, todos têm um pitaco a dar, todos querem ensinar aos candidatos como devem se conduzir. E tem mais, aqueles que se arvoram de aliados ferrenhos, usam a campanha para desmerecer ou se vingar de seus vizinhos desafetos. Quando o candidato bota um adesivo numa casa de um inimigo do vizinho, este diz que é trabalho perdido, que aquele não vota e, o candidato escuta também, do vizinho adesivado, que não deve ir na casa daquele que acaba de denunciá-lo.

Quando os candidatos chegam nas casas dos eleitores, perguntam em quem vão votar e, como resposta, escutam sempre que todos estão ainda indecisos. Diante da pergunta do que precisam para se decidir, o dono da casa diz: "Nada não, agora, essa menina aí - apontando para uma filha - tá com umas contas pra pagar... Converse com ela aí". O candidato resolve a parada e pergunta: "Posso botar um adesivo meu em sua parede da frente?" O dono da casa diz: "Eita, homi, eu vou pintar a casa, mas me dê que eu boto aqui dentro.

Isso faz lembrar a fábula do silo. Contada por Paulo Mariano, essa estória se refere a um eleitor que existia no Bairro Jardim Karlota. O cara tinha um grande silo na sala de estar e sempre autorizava aos candidatos a vereador afixarem seus adesivos no silo. Como o reservatório era grande, cabia vários adesivos. Logo que o candidato dava um agrado e pregava o adesivo, o dono da casa rodava o silo à espera do próximo candidato e assim por diante. No final da campanha, quase todos os candidatos tinham adesivos naquele silo e, o voto, ia sempre para o último visitante ou para o que desse mais dinheiro.

O mesmo acontece com as pesquisas eleitorais. Toda semana, pesquisas são divulgadas, dos dois ou mais lados e, todas, necessariamente, apresentam seus preferidos na frente. Apostas se fazem aos montes e, no fim das contas, sempre ganha quem gasta mais dinheiro. Inconsciente, o povo vota sempre pelo que se apresenta no momento. Ninguém olha para a situação em que se encontra a Saúde ou os buracos e esgotos de suas ruas. O olhar é sempre deitado para as cédulas de real. É como se houvesse um acordo tácito: o candidato gasta na compra dos votos e, depois, rouba os cofres públicos para se ressarcir do prejuízo. Se os candidatos são um detalhe durante a campanha, o povo é sempre um detalhe depois das urnas abertas.



Alguns aposentados ainda aguardam feiras prometidas pelo prefeito de Princesa

 

Em dezembro do ano passado (2023), o prefeito de Princesa, Ricardo Pereira do Nascimento, promoveu um jantar, no Acqua Clube, para todos os aposentados e pensionistas, ocasião em que lhes prometeu um mimo natalino: uma feira e mais algumas outras benesses. Tudo isso importaria em R$ 750. Para tanto, os beneficiários tiveram de endossar cheques nominais a eles, no valor acima consignado e devolveram o documento à prefeitura.

Passados quase nove meses, até agora nada. Nem feira, nem bujão de gás, nem carne, nem nada. Comenta-se pela rua que alguns desses aposentados e pensionistas receberam R$ 200 de volta e, os demais, continuam aguardando o benefício. Essa prática tem sido uma praxe na atual administração municipal. Ou seja, sempre que algum benefício é concedido, antes disso, os beneficiários têm de endossar cheques e sempre recebem mimos em valores inferiores ao constante no cheque. É pisa pra comer sabão, e pisa pra saber que sabão não se come.



FRASES FAMOSAS

"A asa de uma ave, camaradas, é órgão de propulsão, e não de manipulação. Deveria ser vista mais como uma perna. O que distingue o Homem é a mão, o instrumento com que ele perpetra toda a sua maldade"

Bola-de-neve (o porco do livro "A Revolução dos Bichos" de George Orwell)

"Aqueles que renunciam à liberdade em troca de promessas de segurança acabarão sem uma nem outra"

Voltaire

"Todos nós temos que morrer um dia, e não é melhor ter uma vida distinta, honrada, corajosa, porém curta, do que arrastar uma longa vida de humilhação?"

Magda Goebbels



quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Médico denuncia calamidade na Saúde de Princesa

 

O médico e suplente de deputado, doutor Aledson Moura, acaba de divulgar um vídeo, pelas redes sociais, dando conta da situação da Saúde em Princesa, mas especificamente sobre o Hospital Regional. Segundo o médico, aquele nosocômio, que era gerido pelo governo do Estado até dezembro de 2018, passou para à gerência da prefeitura de Princesa e, desde então, a qualidade dos serviços oferecidos decaíram consideravelmente.

Na fala do doutor Aledson, o defasamento do nosso sistema municipal de Saúde vem prejudicando a todos, principalmente aqueles menos favorecidos: "cidades menores do que Princesa têm tudo o que não tem aqui". Segundo o médico, equipamentos estão sucateados; salários estão atrasados; não se paga o Piso Salarial dos enfermeiros, dentre outras irregularidades e deficiências. Enquanto isso, cidades menores como Piancó, têm UTI, Maternidade, Centro de Hemodiálise, etc.

Na verdade, essa situação não pode nem deve continuar. A Saúde é algo que deve ser encarado e exercido como prioridade. Ademais, vale salientar que naquele hospital, por conta de negligência médico-hospitalar, até óbitos já aconteceram de crianças e gestantes. A irresponsabilidade do gestor municipal, que usa aquele estabelecimento de saúde para fazer politicagem quando distribui empregos a torto e a direito em busca de votos, vem ceifando vidas e causando desconforto à maioria da população.



quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Justiça nega provimento a ação de Garrancho contra este Blog

Motivado pelas publicações veiculadas por este Blog, sobre a denúncia de haver promovido o desvio de energia elétrica (o famoso “gato”), num imóvel locado do senhor Euclides Cordeiro, o candidato a prefeito de Princesa pelo PSB, Ednaldo Melo, vulgo “Garrancho”, moveu ação na Justiça solicitando a imediata retirada das matérias referentes ao “gato” e pediu também o direito de resposta no mesmo espaço. A ação que, por ser de cunho eleitoral, correu célere, teve sentença exarada ontem (17), pela Juíza Eleitoral desta Comarca com o seguinte teor:

Assim, não verificada, ainda de forma indireta, a utilização de “conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica” (art. 31, caput, da Resolução 23.608/2019) no conteúdo indicado pelos requerentes, não há que se falar em direito de resposta ou na remoção das publicações. Diante das razões acima expostas, em harmonia com o parecer ministerial e com a decisão de indeferimento da liminar outrora proferida, JULGO IMPROCEDENTE a presente ação.

Sem fazer valor de juízo, pelo visto, somente um prejuízo houve nessa absolvição: o cerceamento da oportunidade de Garrancho dar uma resposta plausível a essa denúncia que corre na Justiça. Enquanto cuida em jogar seus malfeitos para debaixo do tapete, o candidato a prefeito deveria cuidar em se defender dessa e das demais denúncias (locação de Fiat Uno e motocicleta fantasma pela Câmara Municipal) que correm contra ele nas redes sociais. Desta feita, por determinação judicial, o requerente saiu arranhado e, o gato, continua miando.



A batalha de São Paulo

Mesmo depois da cadeirada desferida pelo candidato José Luiz Datena (PSDB) no candidato Pablo Marçal (PRTB), em debate televisivo ocorrido no último domingo (15), não cessaram as agressões entre os candidatos à prefeitura da maior cidade do Brasil. São Paulo é a vitrine desta campanha eleitoral. Ali, os candidatos se digladiam, quase que diariamente, num festival de baixarias movidas a ofensas morais e agressões físicas.

Com o advento de candidatos, representantes da extrema direita, no cenário político brasileiro, desde 2018, a prática política tomou outro rumo. Dizendo-se off side, antipolíticos, candidatos como Pablo Marçal, entram na seara política para tumultuar o cenário em detrimento do verdadeiro debate sobre as propostas que devem guiar uma campanha eleitoral. São oportunistas despreparados que têm como meta e método desvirtuar a política.

Desavisados, os políticos tradicionais engolem a isca e se submetem ao jogo de cena que termina por alavancar candidaturas de pessoas despreparadas e que não têm compromisso algum com a população. Em se falando em São Paulo, somente a candidata do PSB, Tabata Amaral, tem se comportado com decência. Os demais se submeteram ao método do extremista Marçal e estão dentro desse fogo cruzado. Lamentável para o eleitorado da maior e mais importante cidade do país.



terça-feira, 17 de setembro de 2024

Retrato do abandono

 

A foto acima é um retrato da falta de cuidado da atual administração com os logradouros públicos da nossa cidade. É a Praça "Maria Aurora" , construída na minha administração e que, atualmente, está quase que completamente destruída. Não bastasse isso, voltemos olhares para a Praça "Marçal Lima" no Cancão e para a Praça "Epitácio Pessoa" esta, depois de anunciada uma ampla reforma pela candidata de oposição, o prefeito mandou quebrar tudo e nada fez até agora.

Há coisas que podemos retratar e mostrar ao povo. Outras, porém, só podemos noticiar que é o fato da Saúde no Bairro do Cruzeiro, por exemplo. Ali, a população está sem médico e sem remédios no Posto de Saúde há mais de dois meses. Sem falar na situação do Hospital "São Vicente de Paulo" que, fechado há quase sete anos, se vê deteriorado em suas instalações sob a mira de uma administração irresponsável que depredou tudo o que se refere à Saúde.

O efeito de uma candidatura de oposição competitiva vem tirando o atual prefeito do prumo quando, calado e temeroso, não reage mais às críticas torcendo para que a eleição cheque logo porque está vendo que o povo está tomando consciência da real situação do município e se preparando para fazer o julgamento no próximo dia 6 de outubro. O caos na Saúde - o que já fez várias vítimas fatais - reverbera contrário às afirmações que vai tudo bem. Tudo o que pode ser retratado, atesta o abandono.



Até agora o candidato Garrancho não falou sobre a locação da motocicleta fantasma

Assunto recorrente e por demais comentado, vem trazendo a impressão de que se trata de uma verdade que incomoda por demais o candidato oficial a prefeito de Princesa. Até agora, Garrancho não disse uma palavra sequer em justificativa às várias reportagens sobre a denúncia da locação de uma moto pela Câmara Municipal de Princesa - órgão que ele dirige. Até gravação de áudio, feita pelo proprietário da moto, já foi divulgada, atestando que aquele veículo nunca esteve em Princesa.

Quem cala consente. Como pode, um candidato a prefeito, eivado de denúncias sobre a prática de coisas erradas ficar silente sem dar uma satisfação à sociedade? Será pelo fato de estar amparado pelo alcaide que, estranhamente, até agora não foi punido pelas falcatruas que vem cometendo ao longo dos últimos oito anos? É claro que o candidato Garrancho não foi ainda julgado, nem pelo gato, tampouco pelo Fiat Uno, mas deve uma satisfação à sociedade porque, quem faz um cesto, faz um cento!



segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Debate dos candidatos a prefeito de São Paulo termina em pancadaria

Cenas deprimentes foram protagonizadas pelos candidatos à prefeitura da maior cidade da América Latina, ontem (15), no debate promovido pela TV Cultura, às 22h00, entre seis dos postulantes ao cargo de prefeito de São Paulo. Participaram daquela altercação: Guilherme Boulos (Psol); José Luiz Datena (PSDB); Marina Helena (Novo); Pablo Marçal (PRTB); Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).

Logo no início, Datena e Marçal usaram seu tempo para, ao invés de se perguntarem sobre os problemas da administração municipal, soltarem farpas um contra o outro. Marçal chamou Datena de estuprador e, este, devolveu chamando Marçal de "bandidinho" e mentiroso. Já Boulos imputou a Ricardo Nunes a pecha de criminoso e, o prefeito de São Paulo, perguntou se Boulos havia "cheirado, numa referência ao uso de cocaína.

Obedecendo a esse nível de baixaria, numa segunda rodada de perguntas e respostas, Pablo Marçal provocou mais seriamente Zé Luiz Datena e, este, descontrolado, partiu com uma cadeira para agredir Marçal. O tempo fechou e a televisão também: chamaram o comercial. Na volta, informaram que ambos os contendores foram expulsos do debate. Algo nunca visto na televisão brasileira, um debate eleitoral em que somente as duas candidatas mulheres se comportaram com civilidade.



A campanha dos felinos

 

A atual campanha eleitoral traz uma similaridade tanto aqui quanto alhures e, o tema principal, tem sido os animais com uma preponderância para o gato. Nos Estados Unidos, o candidato dos republicanos, Donald Trump, acusa a candidata dos democratas, Kamala Harris, de apoiar os imigrantes ilegais que entram naquele país, de estarem comendo os gatos domésticos dos americanos. Uma mentira deslavada, mas que vem caindo no gosto dos eleitores como se fora verdade alavancando as preferências ao Trump.

Aqui em Princesa, até processo judicial já foi impetrado contra este blog por reproduzir notícias também referentes ao famigerado felino. Só que, o daqui, não é doméstico, mas sim elétrico. Aliás, vale salientar que nunca, em tempo algum, um candidato a prefeito de Princesa foi tão assediado por tantas denúncias mesmo antes de se eleger para cargo administrativo. Além do gato, o candidato Garrancho já foi acusado de superfaturamento na locação de um Fiat Uno e de uma moto. Essa campanha tá mesmo diferente.