ODE

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

PARTEIRAS CURIOSAS





     Em Princesa, estamos na iminência de voltar no tempo. Ainda nessa semana que passou, o Hospital Municipal (que era regional), não fora a disposição de algumas Técnicas de Enfermagem do antigo SESP em fazerem um parto, por pouco uma gestante que já chegou àquele nosocômio com a criança “coroando” pra nascer, não foi transferida para parir em outra cidade. O que vemos hoje é um verdadeiro regresso, pois, antigamente – mesmo não existindo uma maternidade-, existia a figura da “Parteira Curiosa” que, treinada pelo antigo SESP – Serviços Especiais de Saúde Pública, faziam todos e quaisquer partos ditos normais. E vou mais além. Antigamente em Princesa, tínhamos o conforto de contar com parteiras rudes, porém experientes, que viabilizavam o nascimento das crianças princesenses. Muitas das personalidades que fizeram ou fazem a história do nosso município, nasceram das mãos de parteiras. Exemplifico aqui com as figuras antológicas de Ana de Dôra, Mãe Filó e Maria Auxiliadora. Foram parteiras de mão cheia que pegaram meninos a torto e a direito, tanto em casa como no antigo Hospital São Vicente. Já em tempos mais recentes, o SESP treinava parteiras no sentido de lhes orientar quanto à higiene no trato com o cordão umbilical; práticas de reversões; massagens, etc. Somente quando a coisa complicava o médico era chamado.

Providências

     Tínhamos verdadeiras “obstetras leigas”, o que nunca causou problemas mais graves, afinal, parir não é doença. A doença mais grave que assola Princesa hoje é a falta de responsabilidade do poder público municipal quando afirma que a saúde vai bem obrigado e as nossas mulheres não podem mais dar à luz aos seus filhos em sua própria terra. Concito aqui as autoridades para que, se não podem ou não querem viabilizar um ambiente para que as mulheres de Princesa expulsem suas crias, treinem “Parteiras Curiosas”, adotando os mesmos métodos do antigo SESP para que não seja, a atual administração municipal, inserida no contexto da música de Odair José, quando diz: “Ela não deixa nosso filho nascer”.

(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 30 de setembro de 2019).

                                                           

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS ENGRAÇADAS DE PRINCESA






O MAJOR FELICIANO FLORÊNCIO E O INTERVENTOR RUY CARNEIRO
  

   O major Feliciano Rodrigues Florêncio era um homem austero e afeito às convenções sociais e sempre exigia que fossem as mesmas respeitadas. Certa vez, por ocasião da visita do então interventor (equivalente a governador) do estado da Paraíba, Ruy Carneiro, a Princesa o major procurou saber onde estava hospedada a autoridade e resolveu ir visitá-la. Para tanto, logo ao amanhecer do dia, chamou sua esposa e disse:
- Mulher, ajeita meu “liforme” e meus “botins inglês” que eu vou visitar o governador.
     Atendido em sua ordem pela mulher, aprontou-se todo e partiu em seu desiderato. Chegando à casa onde dormira o Interventor, fez-se anunciar e, todo enfatiotado, sentou-se a uma poltrona e ficou a aguardar o aparecimento do chefe do Governo de Estado. Em poucos minutos, adentrou Ruy Carneiro à sala onde estava o major. Logo que pôs os olhos na figura da autoridade, o major espantou-se com os trajes do interventor que se encontrava de pijamas e uma toalha enrolada no pescoço. Sem titubear ou fazer cerimônias, Feliciano foi logo dizendo:
- Espere meu sinhô! Isso é estilo de um governador de Estado receber as visitas? Volte, troque de roupa e venha me receber.
     O interventor ficou encabulado e falou:
- Eu não quis dar maçada ao senhor; peço que me desculpe, realmente fui muito indelicado, major.
     Mesmo assim, o major insistiu:
- Tá o diabo! Onde já se viu uma falta de estilo dessas, meu sinhô? Vá se aprontar que eu fico esperando.
   O major Feliciano era assim. Não tinha papas na língua, tampouco distinguia a quem dizer o que pensava. Nesse caso, para ele, a investidura num cargo público de relevância deveria também ser acompanhada de vestimentas adequadas e compatíveis, uma vez que, no seu entender, o respeito deveria ser mútuo, ou seja: teria que se apresentar composto, tanto o visitante quanto o visitado. Para o major, que nunca se achou menos importante do que ninguém, as “importâncias” eram as mesmas.

(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 30 de setembro de 2019, inspirado em relato 

extraído do livro da escritora princesense Ada Florêncio Barros da Nóbrega).





                        

ANIVERSÁRIO DE IANNARA










     Ontem (29/09/2019), foi o aniversário da vereadora e minha amiga Iannara Henrique. Impossibilitado de comparecer às homenagens a ela dispensadas - o que ocorreu na “Chácara de Maísa” -, aproveito aqui para apresentar os meus parabéns e desejar muito sucesso e muitas felicidades à querida amiga. Soube, conforme registros fotográficos, que Iannara recebeu seus vários amigos num ambiente de muita alegria e descontração. Parabéns IANNARA. Sucesso!


(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 30 de setembro de 2019).

PERFIS DE PRINCESENSES ILUSTRES






JÁSON NORMAN LOPES DE ARAÚJO nasceu em Manaíra, em 25 de junho de 1966  é filho de Manoel José de Araújo (Senhorzinho) e de dona Maria Lopes de Lima (Mãezinha) e é casado com dona Valdenici Firmo de Aguiar, com quem tem um filho de nome Manassés. Passou toda sua infância no Sítio “Marinho” do então município de Princesa (hoje pertencente ao município de São José de Princesa), onde estudou o curso primário na Escola Elementar Rural Mista. Segundo o próprio, foi uma criança feliz, como ele mesmo relata: “Uma infância rica sob a magia das estórias de Trancoso, das longas noites sob a luz do candeeiro e dos dias esfalfados do pastoreio, associados aos caprichos da professora-mãe”. Norman Lopes, menino inteligente e muito ativo, ainda pequeno decorava tudo o que ouvia no rádio e imitava os personagens, mostrando, desde cedo, sua vocação para o humor alegre da criação e imitação de personagens imaginários. Já adolescente mudou-se para Princesa onde estudou o ensino médio na Escola Cenecista “Nossa Senhora do Bom Conselho” quando, na conclusão do curso, por destaque, foi escolhido como orador da turma.

                                                             O humorista

     Ainda menor de idade, Norman atuou como locutor na recém-inaugurada “Rádio Princesa”, quando já se apresentava detentor de grande talento para a comunicação. Aos 18 anos de idade, mudou-se para João Pessoa/PB e ingressou na Faculdade de Comunicação Social da UFPB – Universidade Federal da Paraíba. Durante o período em que ainda estudava, conseguiu ser admitido num programa de rádio da capital do Estado. Fazendo rápida carreira no meio radiofônico, já em 1990, autuando nas emissoras de rádio “Correio” e “Arapuan FM”, criou e passou a apresentar o programa “Região do Calaboca” em que representava mais de vinte personagens por ele mesmo criados. Nesse programa em que interpretava – de forma concomitante -, vários personagens em diálogos muito engraçados, alcançou grande sucesso quando as apresentações atingiram alarmantes índices de audiência em todas as camadas da sociedade Pessoense com reverberação para todo o Estado. Em 1993, graças ao grande sucesso alcançado, Norman venceu o VI Baile dos Artistas como o apresentador do melhor programa de rádio do estado da Paraíba, com direito ao recebimento de estatuetas, o que teve expressiva repercussão pelo total apoio e acompanhamento da mídia escrita, de rádio e televisiva da capital paraibana. Na verdade, o programa de Norman Lopes transformou-se num verdadeiro fenômeno do divertimento, da graça e da ironia, chegando a ser comparado ao do grande humorista brasileiro, Chico Anysio, criador de vários quadros humorísticos famosos. À época, os personagens criados pelo nosso biografado não se faziam menos famosos (respeitadas as proporções), pois, o “Louro José” e o “Beiçola” – da lavra criativa de Norman -, não por coincidência foram plagiados mais tarde, pela Rede Globo de Televisão que os registrou como seus no INPI – Instituto Nacional de Patentes Industriais e que, à exemplo do “Louro José”, até hoje fazem sucesso na televisão no âmbito nacional.
                                                                                
O jornalista

     Sem motivo que eu possa aqui realçar, o programa humorístico de Norman perdeu forças o que o fez buscar atividades diferentes - porém no mesmo campo da comunicação. Retornou a Princesa e resolveu aqui editar um informativo com o nome “Folha de Princesa” que passou a circular não somente na cidade, mas em toda a região que compõe a “Serra do Teixeira” numa abrangência importante que interligou toda a região polarizada por Princesa, através da notícia que se fazia necessária, uma vez abordar diversos temas, desde as pautas políticas, sociais e de serviços, até o noticiário policial. Nesse mister, a “Folha de Princesa” prestou relevantes serviços a Princesa e a toda a região quando suas reivindicações e críticas repercutiam junto às autoridades, o que, via de regra, trazia soluções e, consequentemente, muitos benefícios para todos. Foi aquele informativo, o primeiro órgão de imprensa a prestar serviços na seara política de forma séria e imparcial quando, além de veicular notícias observando sempre o compromisso com a veracidade dos fatos, divulgava também pesquisas eleitorais comprometidas com a verdade dos números apurados. Em 2015, nosso ilustre jornalista, sem fato determinante que conheçamos, resolveu encerrar a publicação das edições do jornal e mudou-se para o estado do Maranhão onde atuou como Secretário Municipal de Comunicação da Prefeitura de Barreirinhas/MA, no período de 2015 a 2017. Hoje, Norman Lopes, reside no estado do Rio Grande do Norte, de onde desenvolve projeto intitulado “O Riso nas Escolas”, com foco na cultura popular brasileira, realizando palestras e levando humor ao público estudantil em vários estados do Nordeste brasileiro. Em face do grande contributo dado por Jáson Norman Lopes de Araújo ao jornalismo princesense e paraibano - tanto na área da notícia como no campo do humor -, está o mesmo a merecer o reconhecimento de todos como um filho ilustre da nossa Terra, pois, mesmo havendo nascido na cidade de Manaíra, foi criado em Princesa e aqui desenvolveu grande parte de suas atividades profissionais e culturais.


(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 30 de setembro de 2019).
                                                                                                

domingo, 29 de setembro de 2019

DOMINGUEIRAS XIII





. AMBOS DE CHAPÉU DE COURO, NASCIMENTO E O DIRETOR DE CULTURA, FIZERAM AS PAZES NA MANDIOCA.

. O QUE PARECIA UM NAMORO COM SINAIS DE IMINENTE NOIVADO, TRANSFORMOU-SE EM GUERRA ABERTA...

. COM A COOPTAÇÃO DE SEUS ELEITORES MAIS ÍNTIMOS, PELO PREFEITO NASCIMENTO, DOUTOR SIDNEY DISSE NO RÁDIO: “VAI TER TROCO”.

. SEGUNDO SIDNEY FILHO, AQUELES QUE DIZIAM NÃO ACOMPANHAR DOUTOR SIDNEY NUMA EVENTUAL COMPOSIÇÃO COM NASCIMENTO, FORAM OS PRIMEIROS A ADERIR AO “PROJETO ADMINISTRATIVO” ($) DO PREFEITO. ÊITA GÔTA!

. REPITO A MÁXIMA DO EX-PRESIDENTE EPITÁCIO PESSOA: “HOMENS QUE POR DINHEIRO TUDO SACRIFICAM, SÓ NÃO O FAZEM COM A HONRA, PORQUE NÃO A POSSUEM”.

. O PROGRAMA RADIOFÔNICO “CONTRAPOVO” ESTÁ CONCORRENDO AO PRÊMIO “GRAMMY” EM MENTIRAS, BAIXARIA E ASSASSINATO (DO VERNÁCULO).

. DEPOIS DA REINAUGURAÇÃO FICOU COMPLICADO JOGAR NA QUADRA DE ESPORTES “MINISTRO ALCIDES CARNEIRO”: QUANDO CHOVE TOMA ÁGUA E, QUANDO NÃO CHOVE, O PORTEIRO SE RECUSA EM ABRÍ-LA.

. TOMARA QUE NASCIMENTO JUSTIFIQUE AS DIÁRIAS RECEBIDAS  PELA VIAGEM A SÃO PAULO PARA PARTICIPAR DE UM SEMINÁRIO A RESPEITO DE APRENDIZAGEM SOBRE A EDUCAÇÃO.

. A FORMA DE JUSTIFICAR AS DESPESAS DO PREFEITO E DA SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO PELA VIAGEM A SÃO PAULO SERIA A REABERTURA DAS ONZE ESCOLAS QUE NASCIMENTO FECHOU.

. O PREFEITO DE PRINCESA, PALADINO DA MORALIDADE E DONO DA TRANSPARÊNCIA ADMINISTRATIVA ESQUECEU-SE DE INFORMAR QUE NÃO ESTÁ PAGANDO AS PARCELAS DO ACORDO QUE FEZ COM O IPM – INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO.