ODE

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

ADEUS, ANO FATÍDICO

 



Ano fatídico, ano perdido. 2020 vai ficar marcado na história como um período de grandes agruras para todo mundo. A Pandemia do Novo Coronavírus mudou tudo, ensinou-nos a viver diferente e nos privou do que estávamos acostumados. A Semana Santa não aconteceu; o São João não existiu; não tivemos Natal, comemoração alguma houve. O calor humano, próprio dos brasileiros, foi posto em quarentena. Por conta da Pandemia, tivemos perdas não somente de vidas – quase 200.000 pessoas morreram vítimas da Cocid-19 -, mas perdas na economia também, o que apresentará seus resultados e efeitos nefastos ao longo dos próximos anos. O Brasil foi mais penalizado do que alguns outros países quando não teve, da parte do Governo Federal, uma atenção mais efetiva no sentido de combater a doença. O nosso presidente da República, negacionista desde o início, sempre considerou a Covid-19 como algo irrelevante, uma “gripezinha” e com isso, contribuiu sobremaneira para o aumento dos efeitos desse mal. Na verdade, temos muito pouco a registrar sobre o que aconteceu nesse maldito ano de 2020. Tudo foi proibido ou adiado. Aconteceram as eleições municipais, que em Princesa, foram talvez as mais diferentes já havidas, tanto pela atipicidade da campanha, como também pelo alto investimento financeiro para a consecução de votos. Foi reeleito prefeito um candidato inelegível e uma bancada de vereadores, em sua maioria descompromissada com os interesses da sociedade. Mas, tudo isso não poderia ser diferente num ano em que quase tudo deu errado. O desemprego cresceu; a inflação subiu; o desmatamento e as queimadas em nossas florestas aumentaram; o presidente Bolsonaro falou mais besteiras do que no ano anterior; a olimpíada foi adiada; os estádios de futebol funcionaram vazios de público; os mortos foram enterrados como indigentes, sem velório; uma verdadeira tragédia. De lucro, tivemos a reinvenção da vida, quando a virtualidade digital comandou a parada. É claro que o tempo não para nem se faz diferente apenas por uma nova sequência do calendário, mas torcemos para que, com 2020, vão embora todas as agruras de que fomos vítimas nesses 12 meses malditos e que venha um Ano Novo, com a perspectiva da vacina salvadora, para que tudo volte ao nosso novo normal. Adeus ano velho!

 

DSMR, em 31 de dezembro de 2020.

HABEMUS DEPUTADO?



No próximo ano, um deputado estadual à Assembleia Legislativa da Paraíba, Jandhuy Carneiro, que obteve das urnas de 2108 pouco mais de 14 mil votos, assumirá uma cadeira na Casa de Epitácio Pessoa. Isso nos traz a esperança de que Princesa, em breve, estará representada no Poder Legislativo Estadual. Doutor Aledson Moura, que foi sufragado, nas mesmas eleições, por mais de 16 mil votos, está na vez para assumir o mandato. Essa perspectiva é por demais alentadora para os princesenses e para toda a região polarizada por este município, uma vez que, desde o ano de 2002, a nossa região não tem um deputado na Assembleia Legislativa. Que o Novo Ano traga essa e outras novidades alvissareiras para o bem da nossa terra.

DSMR, em 31 de dezembro de 2020.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

LER PARA CONHECER A NOSSA HISTÓRIA

 



REPÚBLICA DE PRINCESA – (JOSÉ PEREIRA X JOÃO PESSOA - 1930)

JOAQUIM INOJOSA

 

O livro República de Princesa, de autoria do jornalista pernambucano, Joaquim Inojosa de Andrade, foi lançado, em edição única, em 1980 pela Editora Civilização Brasileira, no Rio de Janeiro. Obra fundamental – talvez a mais completa sobre o assunto -, para o conhecimento, em detalhes, da guerra civil ocorrida em Princesa, na Paraíba, em 1930. É verdade que contida de alguma parcialidade, em face dos estreitos laços de amizade entre o escritor e o coronel José Pereira Lima. Mesmo dando ao escrito um tom bastante tendencioso em prol dos chamados “Libertadores de Princesa”, isso não prejudica a importância da obra, tampouco sua essencialidade para o entendimento daquele momento histórico e decisivo, quando a pequena cidade de Princesa se levantou em armas, rebelada contra o governo da Paraíba, se tornando independente do Estado e se autoproclamando “Território Livre de Princesa”.

Nesse trabalho literário, Joaquim Inojosa, na sua ótica de aliado do Coronel, conta a história completa. Mesmo com os vícios inerentes ao facciosismo, este é o segundo livro (depois da obra de José Gastão Cardoso: Heroica Resistência de Princesa, já resenhado por este Blog), numa sequência de várias publicações sobre o tema, desde 1930, que pinta um retrato favorável ao movimento sedicioso de Princesa. Como é praxe prevalecer a história contada pelos vencedores de uma guerra, nesse caso, em que não houve vencedores nem vencidos, o lançamento dessa obra fez-se necessário para, além de contar a história por quem foi testemunha ocular e ativista intelectual daquela Revolta, dirimir dúvidas e trazer à baila verdades omitidas pelos que escreveram a serviço dos chefes da vitoriosa Revolução de 1930.

Sem deixar de lado aspecto algum, Inojosa disserta sobre a efervescência política em que vivia o Brasil naquele ano de 1930, realça as graves insatisfações políticas geradas pelo novo governo da Paraíba, enfim, sobre tudo o que possibilitou a ocorrência do conflito. Em detalhes, o autor discorre sobre a assunção de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque ao governo da Paraíba, quando em subversão à ordem vigente, agiu em prol do cerceamento do poder dos coronéis, em especial do coronel José Pereira de Princesa. Consta às páginas 13 do livro em tela, comentário bastante preconceituoso sobre o presidente da Paraíba:

“Ao assumir o governo da Paraíba, encontrou o sobrinho de Epitácio Pessoa (João Pessoa), um estado em ordem, política e administrativa, apenas perturbado por alguns problemas de natureza regional, comuns na vida provinciana brasileira. Com esta situação não se conformou o novo governador, pelo que tentou imprimir em tudo uma ordem nova, sem medir-lhe as consequências, ditada pelo seu temperamento contraditório, girando entre o tranquilo e o intempestivo. Não seria demasiado afirmar que algumas contradições das suas atitudes, pessoais ou políticas, resultasse, de uma tara familiar, sabido que um irmão e dois primos legítimos, morreram epilépticos”.

Com relação à importância do evento bélico (a Guerra de Princesa) e sua determinante contribuição para a eclosão da Revolução de 1930, o autor afirma:

“Qual a consequência mais importante da rebeldia de Princesa, para os destinos políticos do Brasil? Surge-nos imediata a resposta: A Revolução de 1930”.

Na verdade, Joaquim Inojosa era um expertise sobre a insurreição de Princesa e é mais um autor que escreve sobre aquele conturbado período, que atesta quanto à determinante contribuição daquele evento bélico para a eclosão do movimento revolucionário que pôs fim à República Velha. Nesse trabalho, Inojosa, reafirma que as ações de guerra promovidas pelo coronel José Pereira, foram em concerto com o presidente da República, Washington Luís, numa demonstração de que havia interesse do Governo Federal em manter a guerra. Como prova disso, alude o autor, em detalhes, sobre a proibição, pelo Governo Central, de o presidente João Pessoa importar armas e munições, enquanto o coronel José Pereira tinha quase mil homens em armas e com o poder de livre trânsito para adquirir munições nos grandes centros do país. Por fim, às páginas 22, o autor escreve sobre os motivos que fizeram culminar com o assassinato do presidente João Pessoa, pelo advogado João Dantas, numa conjuminância de fatores que, segundo ele, no mais das vezes, tiveram origem na Guerra de Princesa:

“Embora resultante de um desforço pessoal, vingança de brios ofendidos, o assassínio tivera as suas origens na guerrilha sertaneja. As raízes ali estavam: tortura de familiares em Piancó, cuja invasão (de Teixeira) fora confiada a um tenente da polícia ‘figadal inimigo’ de João Dantas; a expulsão deste da capital paraibana, onde residia e advogava; o arrombamento do seu cofre particular com a publicação da correspondência mais íntima; levando tudo isto João Dantas a duas decisões pessoais: colaborar intensamente com José Pereira na reação sertaneja contra os desmandos do presidente João Pessoa, e ajustar contas com este no primeiro encontro, o que aconteceu numa casa de chá do Recife, quando então o roble tombou para sempre”. “(...) até que se completasse em breve a sequência natural: Princesa + Confeitaria Glória = Revolução de 30”.

Ao longo das 329 páginas do livro, Inojosa disserta sobre a “Guerra Tributária”; “O Rompimento”; “O Território Livre de Princesa”; “A Luta”; “As duas Tragédias”. No último capítulo, um documentário onde o autor apresenta limitada iconografia e farto material informativo, tanto sobre a guerra civil (telegramas, cartas, artigos de jornais, etc.), quanto referente à Revolução de 1930. Na qualidade de então genro do industrial pernambucano, João Pessoa de Queiroz, que era primo e inimigo do presidente paraibano, Inojosa funcionou, durante a guerra, como importante auxiliar do coronel José Pereira, e foi o redator do Decreto que criou o “Território Livre de Princesa”.

Joaquim Inojosa de Andrade nasceu em 27 de março de 1901, na antiga vila de São Vicente, município de Timbaúba, estado de Pernambuco, hoje cidade de São Vicente Férrer, filho de João Inojosa de Albuquerque Andrade Lima e de Ninfa Pessoa de Albuquerque Vasconcelos. Formado advogado pela Faculdade de Direito do Recife (1923), estreou no jornalismo em 1917 e foi nomeado Promotor Público do Recife em 1923. Além deste livro, publicou quase trinta outras obras. Visitou São Paulo onde conheceu os promotores da “Semana de Arte Moderna” e trouxe para o Nordeste aquele movimento lítero-cultural, chegando ao ponto de influenciar intelectuais princesenses, na década de 1920, a fundarem, em Princesa, o “Grêmio Literário Joaquim Inojosa”, tornando-se Princesa, a única cidade do interior do Nordeste a aderir àquele importante movimento cultural.  

Sobre o autor, assinalou a Editora Civilização Brasileira:

“Tendo observado e até mesmo co-participado dos episódios de 1930 nas lutas que se travaram entre o líder sertanejo José Pereira e o Presidente da Paraíba João Pessoa, consideradas hoje em dia a causa mais próxima da revolução de 3 de outubro, presta neste livro República de Princesa vivo e amplo depoimento de tudo quanto pôde anotar, como valioso subsídio para os historiadores daqueles distantes acontecimentos”.

Sobre o livro, disse o crítico literário paraibano e professor de literatura da UFPB, Francelino Soares de Souza:

“(...) é obra de fundamental importância para os estudiosos dos fatos ocorridos então”.

É claro que essa resenha apenas aponta como guia para o conhecimento da história, uma vez que a concisão deste escrito não descortina a amplitude da obra. O livro de Joaquim Inojosa é, portanto, leitura obrigatória para aqueles que desejam conhecer a história de Princesa e partes importantes da história da Paraíba e do Brasil.

DSMR, em 30 de dezembro de 2020.

 

 

BOLSONARO: QUERO VER O RAIOS X, O CALO ÓSSEO NA MANDÍBULA DELA...

 


Gostaria de não precisar mais escrever sobre o presidente Bolsonaro. Eu mesmo já estou farto e envergonhado de tanta baboseira. Tivemos um presidente, Luís Inácio Lula da Silva, nordestino, semianalfabeto, sem instrução superior, oriundo da classe operária, enfim, um “despreparado” para o exercício da presidência da República. É verdade que Lula cometeu erros outros, pelos quais está pagando caríssimo. Porém, durante a investidura no cargo mais alto da Nação, Lula, jamais envergonhou os brasileiros com declarações chulas, preconceituosas, imbecis ou desrespeitosas, como o faz o atual mandatário do país. Toda vez que Jair Bolsonaro abre a boca só sai excremento... Fruto do patente despreparo, ele debocha de todos como se estivera agindo corretamente. Acredita ele que investido do cargo, e imbuído do poder maior pode falar o que quiser, contra quem quiser e fala rindo, zonando com a cara de todos. Quando escrevo sobre esse cara não o faço por prazer, mas por necessidade de protestar contra essa falta de decoro, e indignado em ver comandando Brasil, alguém que não tem postura sequer para exercer o cargo de vereador da mais humilde unidade da Federação. Bolsonaro não tem a mínima noção do que representa. Completamente despreparado, brinca com o poder que tem, em detrimento do respeito à Nação brasileira.

Envergonhando a Nação

Ontem, o presidente da República, o mesmo que não perde oportunidade de louvar os torturadores da ditadura militar – à exemplo do general Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos maiores torturadores daquele período de escuridão democrática -, veio a público, para ridicularizar a condição de torturada da ex-presidente Dilma Rousseff, quando, duvidando do que é fato comprovado, exigiu a apresentação de um exame de raios X que possa apresentar o calo ósseo, resultado da fratura na mandíbula daquela que foi barbaramente torturada, durante aquele período de exceção. Atitude dessa natureza, partindo de um chefe de Estado, nos leva a considerar que esse homem, que debocha de tudo, que minimiza a dimensão e os efeitos fatais da Pandemia do Coronavírus, que não tem respeito pela vida das pessoas, é um celerado que não tem credenciamento algum para dirigir a Nação. Envergonha a todos, ridiculariza o Brasil diante do concerto dos países civilizados, enfim, faz lembrar, numa paródia chula, o caricato prefeito de Sucupira, Odorico Paraguaçu. Sinceramente, desta vez, o “mito” se superou, o que provocou protestos de várias autoridades do país, numa demonstração de que o comportamento presidencial é completamente incompatível com a alta função que exerce. Nos EUA, a arrogância e o negacionismo quanto à Covid-19 - embora exercidos com postura minimamente elegante -, custaram o mandato de Donald Trump. Te cuida Bolsonaro e, pelo amor de Deus, cala a boca, babaca!

DSMR, em 30 de dezembro de 2020.

MARAVILHA DA NATUREZA

 



Espécimen pertencente à família das anacardiáceas, mais conhecida como umbuzeiro, a árvore que produz os frutos da fotografia acima, ocorre no semiárido, na caatinga do Nordeste brasileiro. Também conhecido como imbuzeiro, é a árvore sagrada do sertão, o seu fruto é o umbu (ou imbu), rico em vitamina “C”, cálcio, ferro e fósforo. A imagem acima, retrata o raríssimo “umbu de cacho”. Em Princesa, temos conhecimento de um exemplar desse espécime nas terras da propriedade do senhor Antônio Dellano, no sítio Cedro. O cacho, contém algo em torno de 60 frutos que, apesar de pequenos, são saborosos e dulcíssimos. Uma verdadeira maravilha da natureza.

DSMR, em 30 de dezembro de 2020.

PENSAMENTOS DO DIA

 



 

“Os humildes sofrem quando os poderosos combatem entre si”.

Caius Julius Faedrus

 

“Uma espada obriga a outra a ficar na bainha”.

George Herbert

 

“O entusiasmo inicia as revoluções, o delírio as acompanha e o arrependimento as segue”.

Sébastien Roch Nicolas de Chamfort

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

SOMENTE PRINCESA E ÁGUA BRANCA REELEGERAM SEUS PREFEITOS, AS DEMAIS CIDADES DA REGIÃO TERÃO NOVAS GESTÕES.

 



As eleições municipais do último dia 15 de novembro, na região polarizada por Princesa, trouxeram uma renovação de, aproximadamente, 70% dos prefeitos eleitos. Enquanto Princesa e Água Branca reelegeram seus administradores, Juru, Tavares, São José de Princesa e Manaíra, escolheram novos nomes para as cadeiras de prefeitos. Começando do lado oeste para o leste, em Água Branca, foi reconduzido o prefeito Tom Firmino que, com uma maioria elástica para os padrões daquela comuna, em face de haver comandado um primeiro governo de forma razoável, foi reeleito, desbancando mais uma vez seus primos, pertencentes ao mesmo clã que governa Água Branca desde sua fundação, em 1959. Em Juru, sob as bênçãos do prefeito Luís Galvão e da primeira-dama, Dorinha Galvão, foi ungida por estes, como candidata, a primeira mulher para comandar aquela cidade e, numa demonstração de que o trabalho de Galvão foi profícuo, o povo elegeu prefeita a vereadora Solange, com ampla maioria. Já o município de Tavares, em promoção de um concerto político impensável, o atual prefeito, Ailton Suassuna, apoiou seu adversário da campanha anterior e elegeu, Coco de Odálio, empresário do ramo da construção civil, com uma maioria inesperada. Em Princesa, como é sabido, foi reeleito o prefeito, Ricardo Pereira do Nascimento que, beneficiado com a divisão das oposições, obteve êxito nas urnas (ainda questionado na justiça), com uma maioria bem menor (623 votos), do que a obtida na eleição de 2016 (900 sufrágios). Em São José de Princesa, cumprindo a tradição que remonta à sua fundação, em 1996, o grupo liderado pelo ex-prefeito Luís de Matuto, elegeu o filho deste, Juliano Matuto para comandar os destinos daquela cidade até 2024. Em Manaíra, único município da região em que o prefeito não conseguiu ser reeleito, em que pese haver feito uma boa administração, o prefeito Nel não logrou sucesso nas urnas, quando foi derrotado pelo médico, doutor Messias Simão. É claro e inquestionável para todos que, quando a urna fala, revela a vontade popular. Porém, é sabido por todos também que eleições no interior do Brasil (principalmente na Paraíba), são movidas, principalmente, pelo poder financeiro. Ademais - salvo raras exceções -, é praxe de quem está no poder, levar descomunal vantagem em relação aos postulantes solteiros desse benefício. Mesmo assim, ninguém tem do que lamentar, urna fechada, voto incinerado e bola pra frente. Resta agora, apenas torcer para que os eleitos deem certo.

DSMR, em 29 de dezembro de 2020.

CURIOSIDADES

 


VACINA

O termo Vacina tem origem do latim e significa, “de vaca”, numa referência à forma como a vacina foi descoberta, criada e de onde veio. No século XVIII, por volta de 1797, período em que grassava, no Reino Unido, uma epidemia provocada pela varíola, o médico inglês, Edward Jenner, descobriu que pessoas que ordenhavam vacas, na Inglaterra, se contaminavam de uma doença purulenta que acometia aqueles animais e, em consequência disso, ficavam imunes à varíola. Diante disso, Jenner implementou suas pesquisas e começou a realizar experiências específicas, no que comprovou o fato, já em 1798, de que as pessoas que eram inoculadas com pequena quantidade da secreção excretada pelos animais doentes, ficavam imunes à contaminação da varíola. Com isso, desenvolveu a vacina. Inicialmente, enfrentou muitas resistências, porém, em face do crescente sucesso da imunização, em 1799, foi criado o primeiro Instituto Vacínico em Londres e, em 1800, a Marinha Britânica começou a adotar a vacinação. A vacina chegou ao Brasil em 1804, trazida pelo Marquês de Barbacena. É saber de todos, que a vacina consta da introdução do agente causador da doença, atenuado ou inativado, ou de substâncias que esses agentes produzem no corpo de uma pessoa, de modo a estimular a produção de anticorpos para combater a doença. Antigamente, para que pudesse ser desenvolvida uma vacina, passavam-se cerca de 7 anos. Agora, frente à grave situação da Pandemia do Coronavírus, várias vacinas estão sendo desenvolvidas em tempo recorde, ou seja, em menos de um ano. Em que pese a resistência de algumas autoridades, o remédio salvador, que já imuniza em alguns países do mundo, está chegando ao Brasil para a salvação de todos.

DSMR, em 29 de dezembro de 2020.

 

FRASES FAMOSAS

 



 

“Hoje acredito que estou agindo de acordo com a vontade do Criador Todo-Poderoso: - ao defender-me contra os judeus, estou lutando pelo trabalho do Senhor”.

Adolf Hitler

 

“Deus é contra a guerra, mas fica do lado de quem atira melhor”.

Voltaire

 

“A primeira necessidade da magistratura é a responsabilidade eficaz, e que enquanto alguns magistrados não forem para a cadeia, como, por exemplo, certos prevaricadores do Supremo Tribunal de Justiça, não se conseguiria esse fim”.

Dom Pedro II

TAMBORIL CENTENÁRIO

 



Uma das poucas árvores que têm escapado da sanha predadora homem, se encontra no sítio Cedro, aqui em Princesa. É um tamboril, centenário, com mais de 30 metros de copa e com uma espessura de aproximadamente, 6 metros. Observando a foto acima, dá para analisar a dimensão de seu porte. A árvore é tão grande e tão robusta, que serve também de hospedeira para outras, a exemplo do pé de mandacaru que nasceu em um de seus ninhos. É raro nesse sertão nordestino, uma árvore desse porte, por isso, acredito valer a pena o registro, tanto com o intuito de dar conhecimento aos outros dessa beleza da natureza, como também para preservá-la.

DSMR, em 30 de dezembro de 2020.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

O PREFEITO DE PRINCESA VAI ESCREVER UM LIVRO...

 



A vitória eleitoral que Ricardo Pereira do Nascimento alcançou nas urnas do último dia 15 de novembro – embora questionada na Justiça -, exacerbou, sobremaneira, a sua arrogância. Em entrevista radiofônica concedida no último sábado, conduzida por competente jornalista e contumaz afagador de seu inchado ego, o prefeito soltou o verbo, distribuindo as seguintes pérolas que reproduziremos a seguir. Quanto aos vereadores: “Briguem com todo mundo, não briguem com o prefeito”; recado à oposição: “ O povo não votou nos vereadores da oposição porque o modelo por eles apresentado tem a reprovação da população”; com relação à mudança de secretários: “Não carregarei mais ninguém nas minhas costas”; e ao povo em geral: “Erra quem quiser. Se depender de mim, é 100% de acerto”. Analisando essas asserções de Nascimento, deduzimos que, quanto aos vereadores de sua base política, há briga sim; no tocante à oposição, fica claro que o prefeito acredita mesmo, que o povo de Princesa não concorda com a fiscalização de suas falcatruas; quanto aos secretários, em breve saberemos quem são os incompetentes que ocuparam aqueles cargos até agora; por fim, talvez se comparando ao papa em matéria de fé, disparou a pérola-mor, se dizendo infalível: “Eu não erro!

Efêmera glória de imperador?

Esse rasgo fantasioso de poder eterno, dá a Nascimento uma aura de semideus. Para ele, está tudo consumado, ele é o cara, e os demais mortais, apenas detalhes. Num exercício de rememoração do passado - é claro que respeitando as devidas proporções -, lembramos aqui um fato histórico que ilustra muito bem o resultado de situações para quem acha que chegou ao ápice do poder e que dele jamais será apeado. Em 09 de março de 1815, Napoleão Bonaparte, que estava preso na ilha de Elba, aproveitou um descuido da vigilância e de lá fugiu. Em face da espetacular fuga, de forma sequenciada, o jornal parisiense, Le Moniteur, estampou as seguintes manchetes: “O monstro fugiu do local do exílio”; “O usurpador está a 60 horas da capital”; “Bonaparte adianta-se em marcha acelerada, mas é impossível que alcance Paris”; “Napoleão chega amanhã às portas de Paris”; “O imperador, Napoleão Bonaparte, está em Fotainebleu”; “Sua majestade, o imperador, entra solenemente em Paris”. Napoleão governou a França por cem dias, mas foi, definitivamente derrotado, por uma aliança dos exércitos europeus liderados pela Inglaterra. Deportado para a ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, o imperador teve tempo mais do que suficiente para escrever vários livros.

DSMR, em 28 de dezembro de 2020.

TRÊS NOVOS LIVROS À ESPERA DE LANÇAMENTO

 



É com muita alegria que damos conhecimento aos nossos conterrâneos e a quem interessar possa, que no próximo ano de 2021, estaremos lançando mais três livros que tratam de assuntos inerentes à nossa história e à nossa cidade. As três edições já estão no prelo, em fase de revisão e diagramação. O primeiro, trata de cinco histórias tristes envolvendo cinco casos de crimes, assassinatos, ocorridos em Princesa no século passado. Inicialmente, seu título é: “Os Crimes que Abalaram Princesa”, porém, passível ainda de modificação. O segundo livro, trata da história da nossa terra, com o título “Princesa no Contexto da Revolução de 1930”; este, deveria haver sido lançado neste ano de 2020, em comemoração aos 90 anos da Guerra de Princesa, porém, por conta da Pandemia, ficou impossibilitada a sua divulgação e distribuição. O terceiro livro se atém a um resgate histórico e cultural quando disserta, de forma concisa, sobre perfis biográficos de 90 princesenses (e “princesados”) ilustres. Os três trabalhos, foram fruto de exaustiva pesquisa e trazem em seu conjunto, muita emoção e outro tanto de informações históricas e culturais. No caso do primeiro, aludimos a crimes passionais, hediondos e até perversos; no do segundo, pura história com elevado esforço de isenção, realçando a importância de Princesa em contributo à eclosão da Revolução de 1930. O último trabalho, com intuito pedagógico, traz à luz pequenas biografias daqueles que contribuíram com a construção da nossa história política, cultural, econômica, social, etc. Espero que ainda no 1º semestre do próximo ano tenhamos a graça do pós-vacina, para voltarmos a ter vida normal e fazermos o lançamento desses três trabalhos que já estão, há alguns meses, prontos para o público.

DSMR, em 28 de dezembro de 2020.

PENSAMENTOS DO DIA

 



 

“Tenho medo do homem de um só livro”

Santo Tomás de Aquino

 

“ Não consigo viver sem livros”

Thomas Jefferson

 

“Nos livros aprende-se a fugir do mal sem o experimentar”

Camilo F. Botelho Castelo Branco

domingo, 27 de dezembro de 2020

ADEUS A QUINHA

 



Ontem, faleceu em Princesa, a professora Francisquinha Estima. Educadora das antigas que muito contribuiu com o ensino público, desde o início, na cidade pernambucana de Escada até a Escola “Tomé Francisco”, onde lecionou por vários anos. Amiga de todos e, mesmo sem haver casado, tratou como filhos seus sobrinhos a quem se dedicou por completo. Quinha, como era chamada na intimidade, além das muitas amizades que cultivou, deixa o exemplo de uma vida digna. Vai em paz, Francisquinha, tua missão aqui foi cumprida a contento. Solidarizamo-nos com os familiares nesse momento de tristeza profunda.

DSMR, em 27 de dezembro de 2020.

DOMINGUEIRAS LXXIII

 


. Um ex-candidato a vereador comentou, em programa de rádio, que não acredita em pesquisas “fajulentas”. Eita!




. Nas últimas eleições municipais, o presidente Jair Bolsonaro, estava com uma aceitação igual a carne de porco em hospitais. De todos os candidatos a prefeito que apoiou nas capitais dos Estados, não logrou êxito eleitoral em nenhuma das situações, Exemplo mais acabado foi o apoio ao Crivella, no Rio, onde o presidente dançou, literalmente.




A campanha eleitoral deste ano maldito de 2020, foi algo inusitado em termos de palavrório chulo: leproso, seboso, lama, urubu, âncora, safado, sem vergonha, dentre outras pérolas de porcos.




. A inflação de Bolsonaro e do Banco Central é uma e a das bodegas é outra completamente diferente. Enquanto a meta inflacionária vem sendo cumprida nos mentirosos 4%, os gêneros de primeira necessidade encarecem a feira dos pobres em mais de 20%. 




. Bolsonaro, o pária do ambientalismo, vai se ver com a nova secretária do Meio Ambiente dos EUA. A índia de nome esquisito já está de viagem marcada ao Brasil para observar a “passagem da boiada”.




Não que a prisão do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, seja injusta, mas tem muita gente que já aprontou (dentro das proporções) tanto quanto ele e anda, livremente, saracoteando pelas ruas.




Até a última sexta-feira, os servidores municipais da saúde e da educação não haviam recebido seu 13º Salário. 




. Há cochichos pelas esquinas, que alguns dos apoiadores de Nascimento estão insatisfeitos com os juros atrasados, e a se perguntarem qual o prazo de validade da liminar que segura o prefeito no cargo? Aliás, questionam também se esse remédio jurídico é genérico ou é um placebo.




. Na verdade, muita água vai passar por debaixo da ponte de Nascimento. Além das chuvas eleitorais já previstas, virão também enxurradas, resultado de chuvas antigas que estão caindo torrenciais em alguns gabinetes de procuradores e em alguns tribunais.




Falam, a boca pequena, que a briga pela eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Princesa está de vaca desconhecer bezerro. Há, pelo menos, quatro vereadores postulantes ao cargo de presidente.




sábado, 26 de dezembro de 2020

BRASIL: SEGUNDO PAÍS EM NÚMERO DE MORTES POR COVID-19, ESTÁ NA RABEIRA DA VACINAÇÃO.

 


Mesmo não sendo o segundo país mais populoso do mundo (está atrás de China, Índia, EUA, Indonésia e Paquistão), o Brasil está em segundo lugar como o país do mundo com maior número de mortes por COVID-19. Em que pese, no concerto das nações, sermos líderes e destaque na capacidade de promovermos campanhas de vacinação (graças ao Sistema SUS), estamos ainda patinando quando se trata da imunização contra o Coronavírus. Países como México, Chile, Costa Rica (para falar apenas da América Latina), já começaram sua vacinação e nós, nada. Nos EUA, onde existe vacina na fila para ser aplicada, uma vez não terem, os americanos, a nossa capacidade logística para viabilizar uma vacinação em massa, aqui no Brasil a fila é de pessoas no aguardo do imunizante salvador. Mundo afora, tudo foi feito com muita competência e rapidez; uma vacina que leva em média, 7 anos para ser desenvolvida, foi agora produzida em menos de um ano. Todo mundo fez seu dever de casa. Aqui, não. Sob o comando da incompetência, temos um presidente da República negacionista, que desde o início da pandemia desdenha da doença e, para ter o controle do caos, demitiu profissionais competentes e nomeou um general, onagro por excelência, para comandar o Ministério da Saúde e a bagunça que ele próprio criou com declarações ridículas (“gripezinha”, “não sou coveiro” “isso já tá no finalzinho”), que só contribuíram para produzir mais contágio e, consequentemente, mais mortes. Agora, diante da grave situação, Bolsonaro recua um pouco, permite a contratação com qualquer tipo de vacina (inclusive a Coronavac, da China, que ele proibiu porque o governador de São Paulo fez-se simpático à mesma) e corre atrás do prejuízo. Agora é tarde. Mesmo assim, neste ano de 2020, aprendemos que a palavra esperança tomou nova dimensão, e o que nos resta, é apegarmo-nos a ela. Seja o que Deus quiser.

DSMR, em 25 de dezembro de 2020.

SABÁTICAS 66

 


. Semana passada, os adesistas de última hora procuraram Nascimento em busca do cumprimento das promessas de empregos. A estes, o prefeito pediu para aguardarem mais um pouco. Segundo informação sigilosa, a auxiliares de sua intimidade, Ricardo Pereira disse: A moagem acabou!”E agora, senhores e senhoras?




. Atendendo apelos do atual presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, o paraibano Aguinaldo Ribeiro abdicou da postulação de concorrer à presidência daquela Casa e vai deixar a baleia cortar água.




Enquanto no Brasil, o presidente da República, minimiza a Covid-19 à condição de “gripezinha” e esnoba a vacina, nos EUA, autoridades do quilate de Clinton, Bush e Obama, se fazem inocular do imunizante e o povo, brigando para chegar sua vez.




. É macabro, mas é verdade: confraternização presencial nesse mês de dezembro pode traduzir-se em sentença de morte.




. Semana passada, o prefeito de Princesa tirou uma foto “presencial” ao lado do governador João Azevedo, parecendo um papagaio de pirata. Se o governador souber disso...




. Falar em foto, eram várias as fotografias de Nascimento com o ex-governador, Ricardo Coutinho. Hoje, não tem perigo de serem divulgadas. O ex-guru agora fede a chulé de tornozeleira.




. Escutando a Rádio Princesa, quando veicula as várias Mensagens Natalinas, dá náuseas quando escutamos as congratulações dos vereadores. Sem exceção, todos se dizem comprometidos com a representatividade, com a fiscalização e com o cuidado com a coisa pública, em benefício da população.




. Alguém disse em programa radiofônico que, idoso é ser menos favorecido. Será uma questão genética?




. Agora caiu o pano. A propaganda enganosa sobre o asfaltamento das principais ruas de Princesa veio à tona. Agora, o prefeito diz que a obra não vai acontecer por falta de esgotamento nas ruas que seriam beneficiadas. Será que ele sabia disso durante a campanha?




. Falar em mentiras, o prefeito de Princesa afirmou, em reunião virtual, ao Ministério Público Federal, que já foram testadas para a Covid-19, cerca de 3.500 princesenses. Quem pode comprovar isso? 




sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

UMA HISTÓRIA DE FÉ QUE COMPLETA 140 ANOS

 



No último dia 3 deste mês, a Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho completou 140 anos de existência. Fundada inicialmente em 1875, a freguesia teve sua criação revogada e, em 3 de dezembro de 1880, através da Lei nº 705 foi recriada a freguesia e, a partir de 1882, recebeu o reverendíssimo senhor padre José Cherubino da Fonseca Diniz como seu primeiro pároco. É claro que como toda instituição comandada por nós humanos, a paróquia teve a desventura de ser administrada por religiosos sem o necessário credenciamento para o ministério. Porém, constam nos anais da freguesia aniversariante, párocos da estatura do Padre Francisco Tavares Arcoverde, do cônego Florentino Floro Diniz, do frei Alberto Carneiro Leão, do frei Telésforo Machado, do frei Joaquim Ferreira da Luz, dentre outros que dignificaram o cargo. Durante toda essa longa existência, a paróquia teve 35 vigários, é uma das mais antigas do estado da Paraíba, conta com várias associações religiosas e hoje, é administrada pelo frade da Ordem Carmelita, Frei Aloísio de Sousa, um dos mais competentes párocos que já administrou a freguesia. Neste Natal e final de um ano de provações, este Blog parabeniza pelos 140 anos da Paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho e também pelo profícuo trabalho que vem desenvolvendo o vigário, frei Aloísio. Feliz Natal a todos.

DSMR, em 25 de dezembro de 2020.