ODE

terça-feira, 31 de outubro de 2023

São José de Princesa realiza Conferência Municipal de Educação

Semana passada, a prefeitura de São José de Princesa realizou sua 1ª Conferência Municipal de Educação. Com a participação do prefeito Juliano Diniz e de toda a equipe de Educação do município, foram traçadas as diretrizes para uma consolidação das ações que vêm sendo realizadas em prol da Educação naquele município.

Em seu discurso proferido, o prefeito Juliano, além de destacar as melhorias alcançadas, tanto no desenvolvimento educacional dos alunos quanto no oferecimento de merenda de qualidade, e ambientes confortáveis, comprometeu-se em empenhar-se na elaboração do Plano Municipal para que o município tenha uma Educação cada vez mais qualificada.



Senador Efraim Filho continua com o pé na estrada

 

Depois da campanha vitoriosa que o conduziu ao Senado Federal – um périplo antológico que, contrariando todas as previsões conservadoras, deu a vitória àquele que fez uma campanha com os slogans: “Foguete não dá ré” e “Pé na estrada” – e convencido de que a solução é o contato direto com o povo, o senador Efraim Filho (União Brasil), agora eleito, continua com a mesma estratégia política cumprindo os compromissos de campanha e fortalecendo as alianças que construiu.

No afã de agradecer os votos que obteve nos vários municípios da Paraíba, o senador Efraim, bota de novo o pé na estrada não só para agradecer, mas para cumprir as promessas de campanha levando recursos para a realização de obras diversas nas várias comunidades que sufragaram seu nome. O senador que já lidera a bancada de seu partido no Senado Federal, lidera também as ações de seu partido no nosso Estado. Com o pé na estrada, Efraim continua em contato com o povo que lhes depositou a confiança do voto.



Prefeitura de Princesa abre licitação fabulosa para a compra de material eletrônico

Pelo menos desta vez a população tomou conhecimento de forma antecipada sobre mais uma licitação que, mesmo antes de acontecer, já solta algum mal cheiro. A prefeitura de Princesa lançou um edital para adquirir equipamentos de informática com o intuito de suprir as necessidades das diversas Secretarias municipais. O valor previsto no edital é de R$ 483 mil, ou seja: quase meio milhão de reais, e a sessão pública realizar-se-á no próximo dia 9 de novembro.

Nada de errado poder-se-ia dizer sobre essa compra não fossem, os valores, estarem divergentes dos praticados no mercado. Atendo-nos apenas ao item principal: Notebooks, constatamos que o modelo solicitado na licitação: Notebook Core i7, na referida proposta, está previsto no valor de R$ 5.400 a unidade e deverão ser adquiridos 10 aparelhos. Acontece que numa simples pesquisa de mercado, verificamos que o mesmo modelo custa em torno de R$ 3.400, portanto, uma majoração de quase 60%.

A notícia inicial foi postada pelo portal Click PB, trazendo as informações que assinalamos acima. Em face dos nefastos precedentes dessa administração comandada pelo prefeito Nascimento, a pulga já está atrás da orelha. De sorte que, desta feita, detectamos a possível traquinagem ainda na “folha”. Fiquemos todos alertas porque, quem faz um cesto faz um cento e, nestes tempos de salários atrasados e Saúde precária, é mister estarmos alertas quanto à aplicação dos dinheiros do povo.

Para evitar que a oposição denuncie e não venha, o alcaide, mais tarde se digladiar nas redes sociais com seus opositores, é mister que o prefeito cuide de consertar isso logo. Em qualquer contratação pública, a pesquisa de preços é necessária para evitar fraudes. Em abortando essa anunciada estripulia ainda na “folha”, a prosperidade de Nascimento e dos seus poderá até ser prejudicada, mas, o povo, com certeza, agradecerá.



Prefeito Coco de Odálio comemora pavimentação de ruas em Tavares

Acompanhado do vice-prefeito, vereadores, secretários municipais e lideranças da cidade de Tavares, o prefeito José Genildo da Silva, o popular, Coco de Odálio, no final da semana passada, visitou o Conjunto Habitacional “Frei Alberto Carneiro Leão” e fez pronunciamento público consignando uma realidade que é a pavimentação em paralelepípedos de várias ruas daquele logradouro público.

Segundo o prefeito, essa ação visa a pavimentação completa daquele Bairro num cumprimento de uma promessa de campanha. “Estamos iniciando um sonho dos moradores do Bairro “Frei Alberto” porque a nossa meta é a de mudar a vida das pessoas para melhor”, disse o prefeito Coco, depois de agradecer também aos seus parceiros: João Azevedo, Hugo Motta e Wilson Filho.



Irmãos Moura realizam jornada de Saúde em prol do povo de Princesa

No último domingo (29), doutor Aledson Moura, acompanhado do irmão o também médico, doutor Alan Moura, e de outros profissionais da Saúde, realizaram, na comunidade do Sítio Gavião de Princesa, uma Ação de Saúde comunitária denominada: “Total Saúde Solidário”. Esta foi a primeira edição de uma série que acontecerá nas várias comunidades rurais do nosso município, o que culminará com um grande evento dessa natureza já programado para o próximo mês de novembro no centro da cidade de Princesa.

Na ocasião desse evento no Gavião, os irmãos Moura patrocinaram vários exames de saúde, tais quais: ultrassonografia, exames de vistas incluindo doação de armações para óculos, consultas com clínico geral, exames de eletrocardiograma com fornecimento de laudos, dentre outras atividades. Em concomitância com os serviços médicos, foram distribuídas cestas básicas, instalado parquinho para crianças e servida uma deliciosa feijoada. Além do “Total Saúde”, participaram também, como parceiros, o “Memorial Vida” e “Óticas Luz”. O evento teve o patrocínio dos irmãos Moura e do vereador Maciel do Café.



Calor bate recorde em Princesa

Em Princesa, quando não é oito é oitenta. Nos meses de maio e junho as temperaturas, nos últimos anos, têm caído vertiginosamente chegando, neste ano que se finda, aos 11°. Agora, a coisa reverteu. Ontem (30), os termômetros chegaram a marcar 40° no centro da cidade de Princesa. Um calor abafado e sufocante nos dando a impressão de ser muito maior do que é.

Em consequência do asfaltamento das principais ruas da cidade – o que é um imperativo natural do progresso e do desenvolvimento -, a sensação térmica se exacerba nos dando a impressão de que, o tempo, está muito mais quente do que era antigamente. E, nesses tempos de mudanças climáticas, nem a nossa Princesa, encravada na cumeeira da Serra do Teixeira e famosa pelo clima ameno, vem escapando desse calorão.



segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Uma retrospectiva que atesta a vergonha atual

Fazendo uma retrospectiva sobre as administrações municipais dos últimos 50 anos em Princesa (para não ir mais além) constatamos, com tristeza, que os tempos atuais nos envergonham a todos. Em tempo algum se viu o que vemos hoje em Princesa! Nos atendo apenas ao tempo que conta de 1973 até os dias de hoje, o nosso município teve oito prefeitos: Chico Sobreira, Batinho, Gonzaga Bento, Assis Maria, doutor Sidney, Thiago Pereira, Dominguinhos e Ricardo Pereira do Nascimento. Todos eleitos democraticamente, ou seja: pela vontade do povo!

Numa rápida análise dessas administrações, podemos observar que as sete primeiras - no que tange ao item comportamento - funcionaram de forma muito parecida e sem nenhum procedimento que tenha fugido à regra e que seja digno de nota. É verdade que aconteceram duas cassações de prefeitos, mas ambas, é sabido por todos, por motivos “políticos”. Os sete prefeitos que encabeçam essa lista, entraram e saíram da prefeitura com a mesma condição financeira e nenhum deles apresentou, durante ou depois de seus mandatos, sinais de riqueza. Todos continuaram com suas vidas normais – durante e depois - muito semelhantes ao que eram antes.

Uma peculiaridade, no entanto, realça a atual administração comandada pelo prefeito Ricardo Pereira do Nascimento. Essa administração, que já se apresenta em seus estertores da morte, se constitui em algo inusitado, inédito! Nunca em Princesa se viu tanta prosperidade e tanta ostentação, tanto do titular do cargo maior quanto dos que vivem no seu entorno. São carrões caríssimos; mansões cinematográficas; viagens; penduricalhos que enfeitam pescoços, braços e dedos, enfim, um acinte à população carente que não tem sequer o básico que é uma Saúde de qualidade. Os tempos são outros. Hoje, a ordem é: viva o luxo dos “chefes” e morram as necessidades dos que mais precisam.

No reino da corrupção, quem financia tudo isso são cheques previamente endossados e retirados na boca do caixa dos bancos; são botijões de gás prometidos e não entregues; são dinheiros de verbas federais desviados de seus objetivos; são superfaturamentos na compra de componentes eletrônicos, sem falar em outras irregularidades detectadas e que ora são investigadas pelo Tribunal de Contas do Estado. A essa calamidade pública, soma-se o fato de que essa prosperidade não se atém apenas ao comandante geral, mas extensiva aos que vivem no entorno do prefeito. Hoje, quem tinha uma bicicleta, desfila em camionetas caríssimas; quem morava de aluguel, ocupa casas suntuosas!

Se há uma coisa que não existe mais nos tempos de hoje – quando nos referimos aos que comandam Princesa -, é humildade e respeito pela população. A prosperidade é uma regra, algo nunca visto antes. Na esteira disso tudo, ainda vêm os gritos nos que precisam e os desaforos que muitos têm de aguentar quando criticam essa situação. O contraditório é proibido, quando vereadores são cooptados e a imprensa é amordaçada. A população tem de aguentar, calada, uma Educação maquilada e uma Saúde que não funciona. Na verdade, além da prosperidade deles, a única coisa que funciona é a mentira midiática atestando, diariamente, o que não existe e jogando a podridão para debaixo do tapete. 2024 vem aí!



CURIOSIDADES

                            O fabuloso Tancredo Neves

Tancredo de Almeida Neves nasceu em 04 de março de 1910, em São João del Rey, Minas Gerais. Era filho de Francisco de Paula Neves e de dona Antonina de Almeida Neves. Durante sua longa jornada política, galgou todos os postos eletivos da República. Foi vereador em 1935, em São João del Rey, eleito pela primeira vez com 197 votos. Na qualidade de vereador e presidente da Câmara Municipal, foi prefeito interino da mesma cidade. Alguns anos mais tarde tornou-se deputado estadual e, em seguida, deputado federal, cargo para o qual foi reconduzido pelo voto outras quatro vezes até meados dos anos 70. Foi senador e governador do estado de Minas Gerais. Durante a crise institucional que estabeleceu o parlamentarismo no Brasil, antes do golpe militar em 1964, Tancredo Neves foi eleito, pelos seus pares, Primeiro Ministro da República. Em 1985, foi eleito presidente da República, pelo Colégio Eleitoral. Antes de tomar posse, adoeceu gravemente e faleceu, em 21 de abril daquele ano, sem exercer um dia sequer do mandato para o qual foi eleito. Dentre todos os políticos brasileiros, Tancredo foi o único político a ocupar todos os cargos: vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador, governador, primeiro-ministro e presidente da República.



FRASES FAMOSAS

 

“O ‘Bolsa Família’ é pouco dinheiro nas mãos de muitos”

LULA

 

“Na primeira vez que me perguntaram se eu era comunista, respondi: sou torneiro mecânico”

LULA

 

“O Salário Mínimo nunca será o ideal porque ele é ‘mínimo’”

LULA

 



domingo, 29 de outubro de 2023

Adeus à minha comadre Maria do Carmo

 

Faleceu hoje (29), na cidade pernambucana de Arcoverde a minha querida amiga e comadre Maria do Carmo Leandro de Carvalho, mais conhecida por "Maria de Tozinho". Acometida de um mal súbito e misterioso estava em estado quase vegetativo há mais de uma ano. Apagou-se o protótipo da alegria de viver. Uma pessoa boa, comunicativa, amiga de todos e, acima de tudo amante de Princesa. Segundo informações de familiares, o sepultamento será amanhã, aqui em Princesa. Vai em paz minha amiga. Para mim, llva e tua afilhada Vitória, deixarás eternas saudades!



Domingo eu conto

 

Por Domingos Sávio Maximiano Roberto

A botija de dona Chiquinha

A velha era igual “Bombril”, tinha mil uma utilidades. Era rezadeira para achados e perdidos; para curar doenças, afastar o mal ou prever o futuro; fazia renda numa almofada de bilros; mestre na confecção de colchas de retalhos; exímia no tricô e crochê, costurava roupas e ainda achava tempo para falar da vida alheia e para dar pitacos em tudo o que acontecia em seu entorno. Ranzinza e mal-humorada, Francisca de Esperidião era uma viúva na faixa dos 70 anos, sempre vestida de preto numa indumentária composta de blusa de mangas compridas e saia longa até os mocotós, realçava também um grande cocó grisalho enroscado para trás da cabeça. Branca, magérrima e de estatura mediana, a velha, andava corcunda quase ao ponto de arrastar seu longo nariz pelo chão. O protótipo de uma bruxa. Chamava-se Francisca, mas, desde cedo foi alcunhada de Chiquinha. Morava sozinha numa casa de poucos cômodos. Nada cozinhava, pois, dois sobrinhos seus, menores de idade, levavam-lhe a comida todos os dias. Passava o dia todo em seus afazeres entre bilros, linhas e carretéis, mas sempre encontrava tempo para dar conta de tudo o que acontecia na rua em que morava.

O mobiliário de sua casa era simples e despojado. Na sala de estar, quatro velhas cadeiras de gerdau e uma preguiçosa. No cômodo contíguo, que servia de copa e cozinha, além da máquina de costura – uma Mercswiss americana -, constava uma pequena mesa rodeada por quatro cadeiras com tampos de couro; um pote de barro contendo água para beber, encimado por um porta-canecos em madeira; um fogão de lenha; algumas panelas de barro, uma gamela de madeira e uma bateria repleta de velhas e amassadas peças de alumínio e estanho dependuradas. No seu quarto de dormir, uma rede e um grande baú aonde guardava suas roupas e demais panos de bunda, além de uma mesinha ocupada por alguns livros. Debaixo da rede, um penico. Nas paredes, nenhum quadro de santos, somente o retrato do falecido esposo, Esperidião. Na casa, que não tinha banheiro, a velha, que não usava calçola, fazia suas necessidades fisiológicas no quintal. Para mijar, bastava levantar a longa saia, abrir as pernas e pronto.

Pelos vizinhos era chamada de dona Chiquinha. Pelos que dela não gostavam recebia a alcunha de “Sá Chica”. Sabia ler e escrever, pois, filha de homem de posses, estudou até o quarto ano primário no Grupo Escolar “Gama e Melo”. Gostava de ler romances e falava bem, mas sua leitura preferida era o livro “São Cipriano, o Bruxo” e outros grimórios. Muito jovem, casou-se com um viúvo que dilapidou toda sua herança recebida do pai e ainda a deixou pobre quando morreu. Casada somente na Igreja, não teve direito à herança de Esperidião que lhe foi surrupiada pelos filhos do primeiro casamento do velho. Naquele tempo em que não havia aposentadoria para idosos desocupados, dona Chiquinha vivia dos bicos que fazia em sua máquina de costura, das rendas que fabricava em sua almofada e das gorjetas que recebia pelas rezas que fazia. Quando não cuidava de sua rotineira labuta achava-se debruçada numa das janelas da casa a observar o que se passava. Gostava de espiar as crianças brincando na rua e, quando uma delas sofria uma queda, ela corria, de dentro de casa, com um caneco d’água para “espaiar” o sangue da criança ao que as mães acorriam aflitas para impedir que o menino ou a menina bebessem o sobejo da velha. Sá Chica, sempre que saciava sua sede, entornava o que sobrava dentro do mesmo pote.

Anticlerical, dona Chiquinha, abominava padres, rezas convencionais e os ritos da Igreja – lugar aonde nunca ia. Mesmo assim, a velha era supersticiosa e cheia de crendices. Seus desafetos diziam que “Sá Chica” cuidava mesmo era de ganhar dinheiro explorando a fé alheia, uma hipócrita e oportunista. Além de rezadeira, ela fazia experiências com elementos das crendices populares. No dia 8 de dezembro – Dia de Nossa Senhora da Conceição – a velha fazia a experiência com as pedras de sal quando dispunha 7 torrões de sal, expostos ao sereno da madrugada, cada um representando um mês, para saber se o inverno seria bom. Os meses eram de dezembro a junho do ano seguinte, e os torrões que mais molhassem o chão seriam os meses de chuvas mais intensas. No dia 19 de março, dizia a velha: “Se hoje o sol nascer atrás de uma densa barra de nuvens, o ano será bom de inverno”. Aos consulentes que nela acreditavam, dona Chiquinha distribuía garrafas de vidro contendo o que ela dizia ser cinzas da última fogueira de São João para serem aspergidas ao redor das casas o que, segundo a velha, protegia dos fortes ventos e das tempestades do inverno. Além dessa simpatia, recomendava a aposição de uma cruz, na porta da frente da casa, confeccionada com as palhas da folha de um coqueiro de primeira safra para proteger de maus olhados. Em suas previsões, ela dizia também que se a Lua Nova do mês de dezembro pendesse para o norte, o inverno seria ruim.

Bem de vida que foi um dia, dona Chiquinha só pensava em dinheiro. Era ávida em auferir vantagens financeiras em tudo o que fazia. Diziam, no cochicho, que a velha tinha um pacto com o diabo, que havia dado um pingo de sangue ao satanás. Quando falavam em religião na sua frente, ela dizia, de forma irritada: “Esse Deus ao qual vocês se referem e adoram é um ser criado pela imaginação dos oportunistas!” E acrescentava: “Se esse tal Jesus voltasse à Terra, tenho certeza de que ele não passaria sequer na calçada da igreja Católica nem adentraria ao templo dos ‘bodes’. Ou melhor, se entrasse em algum, seria munido do mesmo chicote com que surrou os fariseus e vendilhões do templo de Jerusalém”. Dona Chiquinha detestava padres e freiras, a quem chamava de “sepulcros caiados”. “Já viu um padre magro? São todos gordos porque se empanturram das mais finas iguarias proporcionadas pelas generosas esmolas doadas pelos pobres crentes”, dizia. Sá Chica era assim. Não tinha papas na língua. Em seus comentários deletérios ela primava em ferir os que criam nas coisas da Igreja. Seu ódio incontido talvez se explicasse pelas injustiças sofridas na vida, principalmente pelo fato de haver sido deserdada do marido por ter contraído núpcias somente no religioso e, também, pelo fato de que, entre seus muitos enteados, constar um que era um próspero comerciante e cuidador das coisas da Igreja. Isso alimentava seu desejo de vingança.

Mística que era, dona Chiquinha agia em todas as frentes. Contumaz apostadora no “Jogo do Bicho”, aqui acolá dormia nua e amarrada para sonhar com o bicho que daria na roleta do dia seguinte. Certa noite, preparada nesse ritual ridículo, não sonhou com o bicho, mas teve uma quase visão – parecida com um sonho – que, pelo visto, a faria tirar o pé da lama. Nesse dia, acordou tarde, já eram quase 8 horas da manhã quando desceu da rede. Foi desperta por uma réstia que entrava por uma brecha de uma goteira na telha de seu quarto. A velha acordou atarantada e logo pôs as ideias em ordem lembrando-se do sonho que teve. Ainda sentada na rede começou a rememorar o que se passara durante o sono naquela noite. Enquanto roncava, num sono profundo, Sá Chica ouviu uma voz que lhe dizia: “Chiquinha, queres melhorar de vida? Tenho um presente para ti”. E continuou a voz: “debaixo do pé de Pereiro grande, lá na lagoa das freiras tem uma pedra e, sob essa pedra, tem uma moeda. Cave embaixo da pedra e o que tiver lá é teu!” Lembrando dessas palavras, dona Chiquinha se arrepiava toda e lembrou ainda da recomendação final da misteriosa voz: “Não vás sozinha nem te acompanhes de pessoas ambiciosas e, quando retirares o que lá está, mandes rezar três missas pela alma do Major Feliciano e does 10% de tudo à Santa Madre Igreja”.

Dona Chiquinha animou-se e pensou: “Bati as paradas, vou ficar rica de novo e me vingarei daqueles que me prejudicaram!” A partir daí, passou a matutar o plano de como faria para arrancar a bendita botija. Com quem iria? Resolveu chamar um dos poucos a quem chamava de amigo: um velho mais ou menos de sua idade, a quem chamavam de “Pade Maia”. Para ajudar na necessária escavação, convidou um negro que trabalhava de cabeceiro para o comerciante Miguel Rodrigues, chamado Cosmo que era mais conhecido por “Musa”. Era um crioulo, à época ainda jovem, forte, espadaúdo e meio abestalhado. Feitas as diligências necessárias, a velha preparou-se para colher os frutos do sonho, mas antes pensou: “Vou enrolar esses dois bestas e não darei um tostão sequer à Igreja”. Numa sexta-feira de manhã, Sá Chica, reunida com Pade Maia e Musa, partiu para a lagoa das freiras. Lá chegando, avistou logo o pé de Pereiro. Junto ao caule da árvore havia uma pedra. Logo a velha, acocorada, levantou a pedra e, de fato, estava lá uma pataca. Nesse momento, começou uma grande ventania e, dona Chiquinha, ao invés de invocar o nome de Deus e pedir proteção, mandou o negro Musa cavar e Pade Maia tirar a terra. Logo encontraram uma caixa de madeira, retiraram-na e, quando abriram a caixa, qual não foi a surpresa; estava repleta de pedras de carvão! Do estado de ansiedade em que se achava, provocado pela perspectiva de enriquecer, de súbito, Sá Chica foi acometida de uma crise de apoplexia e, ali mesmo, acocorada como estava, esticou a canela.



sábado, 28 de outubro de 2023

Fogo amigo preocupa prefeito

Condutores e locadores de veículos em contrato com a prefeitura de Princesa, põem a boca no trombone em reclamação quanto aos atrasos nos pagamentos desses contratos. Há carros locados com até 14 meses de atraso nos pagamentos. Em face da reclamação, o secretário de Transportes disse apenas que prima por fazer a coisa certa e que essa parte de pagamentos não é com ele. São poucos os que têm coragem de falar contra essa situação com medo de retaliação do alcaide.

O problema é que, de acordo com a fala do secretário, fica parecendo que “fazer a coisa certa” é exigir uma boa prestação do serviço mesmo sem efetuar os pagamentos correspondentes. Nesse caso, a “coisa certa” não é pagar em dia aos donos dos veículos. O que se depreende disso é que a coisa tá ficando feia para o lado de Nascimento. Os problemas se avolumam e se agravam a cada dia. Além das locações de veículos sem pagamentos, há também salários de servidores com até quatro meses de atraso.

Com a afirmação do secretário, quando diz: “isso não é comigo”, significa que está, claramente, tirando o seu da reta e pondo a culpa no prefeito. O problema é que, quando o barco começa a fazer água, cada um procura livrar o seu e, via de regra, deixam na solidão aqueles que lhes deram a mão. O fogo amigo, que começa a queimar Nascimento, está sendo aceso agora e, a cada dia, põem mais lenha na fogueira. O que era antes um circo das vaidades está-se transformando num cemitério de calamidades.



SABÁTICAS

. Num estica e puxa sem fim na ONU, Resoluções são apresentadas em busca da paz no Oriente Médio, mas as maiores potências bélicas do Planeta: EUA e Rússia vetam. Enquanto isso, milhares de palestinos inocentes morrem todos os dias.

. Rei morto, rei posto. Com a eclosão da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, esqueceram da Guerra na Ucrânia. Tudo é uma questão de moda. Mesmo assim, muitos continuam morrendo na Ucrânia e, a imprensa, não dá mais uma nota sobre isso.

. Teocracia significa “Governo Divino”. É esse o governo do Irã que financia o terrorismo do Hamas. Jihad, significa “Guerra Santa”. É essa guerra que vem matando palestinos e israelenses há mais de 70 anos. Tudo sob a invocação de Javé e de Alá.

. Enquanto 350 mil reservistas foram convocados por Israel para comporem as tropas que invadirão, por terra, a Faixa de Gaza, o filho do primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está flanando em Miami nos EUA.

. Javier Milei, candidato a presidente da República Argentina é católico conservador. Mesmo assim, chamou seu conterrâneo, o papa Francisco, de comunista.

. Uma fonte me informou que, no início desta semana que termina, o prefeito Nascimento – que anda muito irritado – deu gritos danados em alguns auxiliares seus na prefeitura. Dizem que por lá, os babões de plantão, andam todos pisando em ovos com medo dos surtos do chefe.

. Essa mesma fonte me confidenciou que a rejeição ao nome de Garrancho como pré-candidato a prefeito vem de seus colegas vereadores. Os edis mirins querem Brás, o tesoureiro que é também o preferido dos agiotas.

. Falar em pré-candidato, tem um que prima pela elegância. Se fosse um concurso de “beleza”, já estaria eleito. Só anda nos trinques, tudo combinando e dizem, a boca pequena, que tem 250 pares de sapatos, tênis, etc.

. A Unidade de Acolhimento, fechada para uma reforma continua fechada há 7 meses e a obra não acaba. Na prefeitura de Princesa, a ordem é economizar.

. Num discurso na Câmara Municipal, por ocasião de um evento cultural, na última segunda-feira (23), o prefeito Nascimento fez duras repreensões ao diretor de cultura e, este, presente ao ato, esboçou somente um sorriso igual ao do gato de “Alice no País das Maravilhas”.

. Uma mulher, moradora do Sítio Carneiro dos Medeiros mandou uma mensagem me informando que assinou um papel como se tivera recebido três botijões de gás da prefeitura de Princesa, mas, até agora, só recebeu um. Os outros dois, o gato comeu?

. Os abraços de hoje, vão para: Lourdes Gabriel Morais, Valdemir Ricart, Zé do Brejo, Assis Bezerra, Vinício Natália Gomes, Cícero e Yolanda, Emanoel Domingos Guimarães, Zelma Ferraz, Márcio Caboclo, Duíno do Carneiro, Cosminho, Creusa de Damião, Bosco Fernandes, Marileuza Nicácio, Chiara Advíncula, Rena Bezerra, Manezim da Carroça, Cristina Lopes, Nida do Espetinho, Marquinhos Lira, Tião Lucena, Dedé Leandro, Geraldo Luís, Pipita Lima, Val de Gino, Fernando Borrêgo, Serioja Mariano, Chico Severino, Neno de Mirabeau, Zé Maceió e frei Aloísio.



Irmãos Moura reeditam “Total Saúde Solidário”

Sob a coordenação do doutor Aledson Moura e participação efetiva dos também médicos, doutor Alan e dra. Aynara, num patrocínio do Total Saúde, Grupo Memorial Vida, Óticas Luz e Associação Comunitária do Gavião, será realizado amanhã (29), a partir das 08h00, no Sítio Gavião, o “Total Saúde Solidário”. Essa jornada, que tem também o apoio do vereador Maciel do Café e atenderá também às Comunidades de Guaribas, Jatobá, Sanguessuga e Carneiro dos Serafins.

Na ocasião serão realizados exames de ultrassonografia (obstétrica, mama, transvaginal, abdome total, próstata, vias urinárias, tireoide, pélvica, parede abdominal, abdome superior, partes moles e outras); exames do coração (eletrocardiograma com laudo do cardiologista); exames de sangue (hemograma, colesterol total e frações, glicemia, triglicerídeos e outros); exames de vistas com a doação de armações; distribuição de cestas básicas e sorteio de vários prêmios.

Além dos serviços médicos, estará instalado também um parquinho infantil com distribuição de pipocas e algodão doce para as crianças. Após os cuidados médicos será oferecida uma deliciosa feijoada e música para animação de todos numa promoção de um domingo feliz para todos. Depois do sítio Gavião essa ação será estendida a outras comunidades rurais.



sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Grande Vaquejada do parque "Amparo Medeiros"

Está acontecendo, a partir de hoje (27), mais uma grande vaquejada no parque "Amparo Medeiros", no sítio Cedro de Princesa Isabel/PB. A festa de gado se estenderá até domingo (29), com a participação das bandas musicais: "Brasas do Forró" e "Rey Vaqueiro". Esse é mais um empreendimento patrocinado pela marca "Frangos Macapá" do empresário princesense Ary Medeiros.



Somos todos filhos de Deus?

É conhecida por "Terra Santa" a região polarizada pela cidade de Jerusalém, no Oriente Médio. Ali nasceram as três principais religiões monoteístas que dominam mais da metade do Planeta. São Judeus, Cristãos e Muçulmanos. O Cristianismo, dali extraído, migrou para a Europa e se espalhou pelo mundo ocidental, se constituindo hoje a maior religião quando congrega 31,4% da população mundial. Tirante das antigas cruzadas e do terrorismo do IRA na década de 70, essa religião prima pela paz.

No berço de seus nascimentos ficaram: o Judaísmo e o Islamismo. Em eterna disputa por territórios, essas duas religiões, se conflagram em guerras desde que o mundo é mundo, o que se exacerbou quando da criação do Estado de Israel para abrigar os judeus que viviam em diáspora pelo mundo. Desde então, acabou-se a paz. Ao invés de resolverem suas querelas políticas com diplomacia, apelam para a guerras como a que acontece agora entre Israel e os terroristas do Hamas.

O pior é que as guerras são feitas em nome de Deus e de Alá. Se digladiam e morrem sob essas "proteções" '. É tanto que mesmo em meio aos bombardeios, se confundem os apitos das sirenes que recomendam à população se proteger das bombas com o som das difusoras conclamando os fiéis muçulmanos para as orações obrigatórias. Depreende-se desse inusitado o seguinte questionamento: Será que somos todos filhos de Deus, ou alguns estão esquecidos?



7 de Setembro de 1968

A foto acima retrata um pelotão alegórico do Grupo Escolar "Gama e Melo" no desfile do dia 7 de Setembro do ano de 1968. A faixa, ostentada por Dedé de Genésio, traz a seguinte inscrição; "Crianças de hoje, Homens de amanhã". As crianças retratadas nessa fotografia são as seguintes: de capacete, Toinho de Edeildo posa de "engenheiro"; de batina, roquete e missal nas mãos, Dominguinhos retrata o "padre"; logo atrás, está Zé de Odilon com uma aquarela nas mãos se fazendo de "pintor"; ao lado de Dominguinhos, vemos "Pirrita" de Wálter Barreto com a maletinha de "médico"; atrás dele, Elizabeth Felizardo é a "professora"; e, por fim, Brás de Alfredo Carlos é o "arquiteto". Pelo que sei quase nada se confirmou. Cada um tomou seu rumo, no mais das vezes, de forma diferente do que está composto nessa fotografia. Dos retratados, apenas eu e doutor Dedé ficamos aqui em Princesa, os demais - à exceção de Zé de Odilon que já nos deixou -, residem todos fora de Princesa. Se não tomaram as profissões aqui prenunciadas, pelo menos as notícias são de que todos enveredaram pelo caminho do bem, exceto o "padre", que virou político.



quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Lei que desonera a Folha de Pagamento de 17 setores foi aprovada ontem pelo Senado Federal

Projeto de Lei nº 334/2023 que prorroga a desoneração das folhas de pagamentos de 17 setores da economia brasileira, de autoria do senador Efraim Filho (União Brasil), foi aprovada ontem (25), no Senado Federal, e segue agora para sanção do presidente da República. Essa prorrogação se estenderá agora até 31 de dezembro de 2027. “As empresas precisam de segurança jurídica para poder ter tempo de abrir novas filiais, ampliar os seus negócios e, portanto, contratar mais pessoas, que é a finalidade dessa política pública, tirar pais, mães e jovens da fila do desemprego e, com o suor do seu rosto, colocar o pão na mesa de suas casas”, afirmou o senador Efraim Filho.



Articulada a oposição, em Princesa, caminha unida

Faz-se mister dizer que a oposição, em Princesa, anda a passos largos para a formação de uma chapa competitiva para concorrer às eleições do próximo ano. Os nomes que se apresentam e que estão na crista da onda, a exemplo de Rúbia Matuto respaldada pelo médico Aledson Moura e pelo advogado Sidney Filho nomes que, visivelmente, caíram no gosto popular. Pelo visto, o sentimento de mudança encontrou guarida nesse trio.

Nunca, em tempo algum, na história política de Princesa, o grupo de oposição ao prefeito de plantão esteve tão forte e tão articulado quanto agora. Nem no ano 2000 quando se negociavam os nomes para comporem a chapa de oposição ao então prefeito Assis Maria, isso ocorreu. Naquela quadra, ninguém queria ser vice na chapa encabeçada por doutor Sidney. Diferente de agora quando essa escolha será decidida pelo povo, através de uma pesquisa eleitoral.

Enquanto isso, o grupo da situação, liderado pelo prefeito Ricardo Pereira do Nascimento, patina quanto à escolha de um candidato viável. Via de regra, as dificuldades para a indicação de candidatos é mais comum no seio da oposição. A situação, quando está bem, lança cedo seus candidatos para que estes possam ser alimentados pelo prestígio e pela popularidade do chefe.

O candidato in pectoris do prefeito Nascimento e que também é o querido do stablishment é o Brás. O Garrancho, que mesmo atrás de Rúbia, pontua melhor nas pesquisas não detém a confiança do alcaide e está sendo, claramente, cristianizado. Já a secretária da Educação, Ana Paula que é a comandante da educação de “excelência” e que era a carta na manga do alcaide, agora é uma carta fora do baralho. Em face dessa confusão toda, a oposição segue impávida angariando apoios vários.



 

Conselhos do Príncipe VIII

Qualquer triunfo momentâneo que tenha alcançado discutindo é na verdade uma vitória de Pirro: o ressentimento e a má vontade que você desperta são mais fortes e permanentes do que qualquer mudança momentânea de opinião. É muito mais eficaz os outros concordarem com você por suas atitudes sem dizer uma palavra. Demonstre, não explique. (NICOLAU MAQUIAVEL, 1469-1527).



 

 

A Casa de doutor Severiano

O imóvel acima retratado foi construído no início da década de 1940 para servir de residência ao primeiro médico princesense a servir à nossa comunidade como clínico geral. Doutor Severiano dos Santos Diniz – que já teve seu perfil biográfico divulgado por este blog -, morou sempre nesse imóvel sito à Praça “José Nominando Diniz” com sua esposa – a baiana de Salvador/BA -, dona Zelita e seus dois filhos: Socorro e José. Ali recebia pessoas para “receitar” e também para encetar confabulações políticas, pois, além de médico era também político. Lembro-me, ainda menino, que nessas reuniões, no mais das vezes, enquanto doutor Severiano conversava com os amigos e correligionários, dona Zelita – dama da fina flor da sociedade soteropolitana – dedilhava seu piano de cauda onde executava peças eruditas de músicos e compositores famosos. Aliás, foi sentada a esse piano que a esposa de doutor Severiano compôs - em paródia -, vários dos hinos das campanhas eleitorais da agremiação política na qual militava seu marido. O médico Severiano Diniz foi candidato a prefeito de Princesa em 1935 e em 1951. Em ambas essas ocasiões não logrou êxito eleitoral. Foi eleito vice-prefeito de Princesa em 1947, como companheiro de chapa do velho Nominando Diniz. Na década de 1940 foi nomeado prefeito da cidade pernambucana de Triunfo. A casa de doutor Severiano pertence hoje ao comerciante Assis Bezerra e está preservada em sua arquitetura original.


quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Enquanto líderes mundiais se reúnem na ONU, Judeus e Palestinos se matam no Oriente Médio

Eles fazem uma reunião para marcar outra. Representantes dos países mais importantes do mundo, que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas – ONU, dezoito dias após o início do conflito sangrento que castiga israelenses e palestinos, na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, não encontraram ainda um consenso quanto a uma solução que permita acabar ou, no mínimo, promover ações que possam minorar o sofrimento das vítimas inocentes que morrem, aos montes, sob intensos bombardeios.

“Nós seremos julgados pelas próximas gerações por não havermos agido corretamente”. Com essa frase, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, que preside temporariamente aquele Conselho de Segurança, dá mostras de que as grandes potências mundiais, com poder de veto, estão aproveitando a oportunidade, mais para se digladiarem em suas diferenças políticas do que para viabilizar uma resolução em prol da paz no Oriente Médio.

O Brasil apresentou uma proposta de um cessar fogo e para a criação de um corredor humanitário entre a Faixa de Gaza e o Egito para que civis de outros países possam ser evacuados e para que, os palestinos de Gaza, possam receber ajuda na forma de medicamentos, comida, combustíveis, etc., mas os Estados Unidos vetaram essa proposta porque, na Resolução, não consta apoio irrestrito a Israel. Outra propositura está sendo elaborada pelos EUA, com o mesmo teor, acrescentada de apoio a Israel, porém, a Rússia, já avisou que vetará.

Nesse jogo de empurra, em que os cinco países (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) com assento permanente no Conselho de Segurança e com poder de veto, atendem somente aos seus interesses políticos, já se viu que nada se resolve. Enquanto isso, quase três milhões de pessoas, encurraladas, sofrem bombardeios intensos, situação em que já morreram mais de cinco mil civis, quase a metade crianças. Além da morte vinda dos céus, os palestinos de Gaza estão sem energia, água, comida, medicamentos, etc. e, com a promessa do primeiro-ministro de Israel de eliminar o Hamas a qualquer custo, com certeza, o remédio usado vai matar o paciente.



A guerra do Rio

Existem guerras declaradas entre nações inimigas, mas existem também guerras sub-reptícias como a guerra que assola a cidade do Rio de Janeiro há várias décadas. Nos últimos dez anos perderam a vida, de forma violenta, no Rio de Janeiro, mais pessoas do que as que pereceram na guerra da Síria que durou 10 anos e, nesse meio, morreram muitos inocentes, vítimas de balas perdidas ou de irresponsabilidade, tanto da Polícia Militar quanto dos grupos de milicianos e traficantes.

Diante dos graves e trágicos acontecimentos dos últimos dias, quando vários ônibus foram incendiados na Zona Oeste do Rio de Janeiro, as autoridades se empertigam, sufocadas por gravatas Gucci, para fazerem pronunciamentos públicos. O governador do Rio, Cláudio Castro – como se isso fora uma novidade ou não fora da conta dele – disse: “Não seremos complacentes, não arredaremos um milímetro na intenção de punir os culpados”.

Já o Secretário Executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli (este sem gravata) afirmou: “A situação no Rio é gravíssima, inaceitável!” Ora, esses caras falam como se estivessem descobrindo o Brasil! Há décadas que a cidade do Rio de Janeiro vem sendo atacada, sob o controle de traficantes e milicianos que dominam tudo, o que vem se expandindo dia-a-dia e se agravando sobremaneira e, as providências tomadas, são somente discursos vãos.

O mal tem de ser extirpado pela raiz. Milicianos que antes existiam com o pretexto de promover a segurança da população ante o terror do tráfico de drogas, agora, associados a estes, agem da mesma forma. A Polícia Militar que deveria combater as duas facções (milicianos e traficantes) no mais das vezes, é conivente com eles. Para completar, grande leva de políticos dão cobertura a esses terroristas e até os condecoram com medalhas, porque são eles os promotores de suas eleições.

Pelo visto, não tem jeito. Passada essa onda de terror que está assolando a “Cidade Maravilhosa”, tudo se aquietará, todos esquecerão o que aconteceu e o que as autoridades disseram. Em breve virão as cenas do próximo capítulo. Prova disso é a fala de um cidadão brasileiro que mora em Israel e foi perguntado se, diante dos perigos de lá, não queria voltar para cá. Reparem no que ele disse: “Aqui em Israel nós estamos mais seguros do que no Rio de Janeiro”. A bola está com o bispo.



Em Princesa, parcerias políticas são financiadas com o dinheiro do povo

Num claro comportamento escuso e escancarado, o prefeito de Princesa, Ricardo Pereira do Nascimento, sem nenhum escrúpulo ou reserva, quando sequer disfarça, faz uso do que é público para promover a si próprio e aos seus parceiros políticos. Toda e qualquer ação da prefeitura de Princesa é anunciada como se fora conseguida por obra e graça dos deputados apoiados por Nascimento.

Ontem (24) num vídeo em que o alcaide, ladeado pela secretária da Saúde, anunciou a realização de cirurgias de pterígio (alteração conjuntiva na membrana transparente que recobre a parte branca do olho) para pessoas com necessidade desse tratamento, aproveitou o ensejo para agradecer aos seus parceiros políticos como se fora isso um favor daqueles em quem ele vota.

Sem fugir a essa regra ilegal, Nascimento não perde oportunidade para misturar política eleitoral com Saúde, Educação, Assistência Social, Obras, etc. Em tudo o que promove com o dinheiro do povo, faz proselitismo político em busca de votos. Na verdade, o comportamento do nosso alcaide denota, claramente, que ele tem a prefeitura como se fora uma propriedade sua. Já vimos esse filme recentemente e, deu no que deu.



FRASES FAMOSAS

"Enquanto partidos políticos falarem mais alto do que as pessoas, a política não servirá de nada para o povo"

ALISON PORFÍRIO

"Cometi o único pecado que a política não perdoa: dizer a verdade antes do tempo"

SENADOR ROBERTO CAMPOS

"Quando estamos no comando do poder, mandamos nós. Quando não, quem manda é o povo"

VBAMSF