ODE

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Uma retrospectiva que atesta a vergonha atual

Fazendo uma retrospectiva sobre as administrações municipais dos últimos 50 anos em Princesa (para não ir mais além) constatamos, com tristeza, que os tempos atuais nos envergonham a todos. Em tempo algum se viu o que vemos hoje em Princesa! Nos atendo apenas ao tempo que conta de 1973 até os dias de hoje, o nosso município teve oito prefeitos: Chico Sobreira, Batinho, Gonzaga Bento, Assis Maria, doutor Sidney, Thiago Pereira, Dominguinhos e Ricardo Pereira do Nascimento. Todos eleitos democraticamente, ou seja: pela vontade do povo!

Numa rápida análise dessas administrações, podemos observar que as sete primeiras - no que tange ao item comportamento - funcionaram de forma muito parecida e sem nenhum procedimento que tenha fugido à regra e que seja digno de nota. É verdade que aconteceram duas cassações de prefeitos, mas ambas, é sabido por todos, por motivos “políticos”. Os sete prefeitos que encabeçam essa lista, entraram e saíram da prefeitura com a mesma condição financeira e nenhum deles apresentou, durante ou depois de seus mandatos, sinais de riqueza. Todos continuaram com suas vidas normais – durante e depois - muito semelhantes ao que eram antes.

Uma peculiaridade, no entanto, realça a atual administração comandada pelo prefeito Ricardo Pereira do Nascimento. Essa administração, que já se apresenta em seus estertores da morte, se constitui em algo inusitado, inédito! Nunca em Princesa se viu tanta prosperidade e tanta ostentação, tanto do titular do cargo maior quanto dos que vivem no seu entorno. São carrões caríssimos; mansões cinematográficas; viagens; penduricalhos que enfeitam pescoços, braços e dedos, enfim, um acinte à população carente que não tem sequer o básico que é uma Saúde de qualidade. Os tempos são outros. Hoje, a ordem é: viva o luxo dos “chefes” e morram as necessidades dos que mais precisam.

No reino da corrupção, quem financia tudo isso são cheques previamente endossados e retirados na boca do caixa dos bancos; são botijões de gás prometidos e não entregues; são dinheiros de verbas federais desviados de seus objetivos; são superfaturamentos na compra de componentes eletrônicos, sem falar em outras irregularidades detectadas e que ora são investigadas pelo Tribunal de Contas do Estado. A essa calamidade pública, soma-se o fato de que essa prosperidade não se atém apenas ao comandante geral, mas extensiva aos que vivem no entorno do prefeito. Hoje, quem tinha uma bicicleta, desfila em camionetas caríssimas; quem morava de aluguel, ocupa casas suntuosas!

Se há uma coisa que não existe mais nos tempos de hoje – quando nos referimos aos que comandam Princesa -, é humildade e respeito pela população. A prosperidade é uma regra, algo nunca visto antes. Na esteira disso tudo, ainda vêm os gritos nos que precisam e os desaforos que muitos têm de aguentar quando criticam essa situação. O contraditório é proibido, quando vereadores são cooptados e a imprensa é amordaçada. A população tem de aguentar, calada, uma Educação maquilada e uma Saúde que não funciona. Na verdade, além da prosperidade deles, a única coisa que funciona é a mentira midiática atestando, diariamente, o que não existe e jogando a podridão para debaixo do tapete. 2024 vem aí!



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