Ano fatídico, ano perdido. 2020 vai ficar marcado na história
como um período de grandes agruras para todo mundo. A Pandemia do Novo
Coronavírus mudou tudo, ensinou-nos a viver diferente e nos privou do que
estávamos acostumados. A Semana Santa não aconteceu; o São João não existiu;
não tivemos Natal, comemoração alguma houve. O calor humano, próprio dos
brasileiros, foi posto em quarentena. Por conta da Pandemia, tivemos perdas não
somente de vidas – quase 200.000 pessoas morreram vítimas da Cocid-19 -, mas
perdas na economia também, o que apresentará seus resultados e efeitos nefastos
ao longo dos próximos anos. O Brasil foi mais penalizado do que alguns outros
países quando não teve, da parte do Governo Federal, uma atenção mais efetiva
no sentido de combater a doença. O nosso presidente da República, negacionista
desde o início, sempre considerou a Covid-19 como algo irrelevante, uma
“gripezinha” e com isso, contribuiu sobremaneira para o aumento dos efeitos
desse mal. Na verdade, temos muito pouco a registrar sobre o que aconteceu
nesse maldito ano de 2020. Tudo foi proibido ou adiado. Aconteceram as eleições
municipais, que em Princesa, foram talvez as mais diferentes já havidas, tanto
pela atipicidade da campanha, como também pelo alto investimento financeiro
para a consecução de votos. Foi reeleito prefeito um candidato inelegível e uma
bancada de vereadores, em sua maioria descompromissada com os interesses da
sociedade. Mas, tudo isso não poderia ser diferente num ano em que quase tudo
deu errado. O desemprego cresceu; a inflação subiu; o desmatamento e as
queimadas em nossas florestas aumentaram; o presidente Bolsonaro falou mais
besteiras do que no ano anterior; a olimpíada foi adiada; os estádios de futebol
funcionaram vazios de público; os mortos foram enterrados como indigentes, sem
velório; uma verdadeira tragédia. De lucro, tivemos a reinvenção da vida,
quando a virtualidade digital comandou a parada. É claro que o tempo não para
nem se faz diferente apenas por uma nova sequência do calendário, mas torcemos
para que, com 2020, vão embora todas as agruras de que fomos vítimas nesses 12
meses malditos e que venha um Ano Novo, com a perspectiva da vacina salvadora,
para que tudo volte ao nosso novo normal. Adeus ano velho!
DSMR, em 31 de dezembro de 2020.
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