O maestro JOAQUIM
LEANDRO DE CARVALHO era princesense, nascido em 14 de julho de 1898, filho
de Antônio Leandro e de dona Maria da Conceição Carvalho. Foi casado com dona
Maria Eugênia Estima de Carvalho, com quem teve os seguintes filhos: Paulo;
Humberto; José; Maria das Dores; Marlene e João. Desde menino apresentou
vocação para a música. Acompanhava as retretas promovidas pela Banda de Música
que foi criada pelo coronel José Pereira Lima no início do Século passado,
ocasião em que imitava os componentes daquela banda em suas execuções musicais.
Aos dez anos, passou a frequentar os ensaios da Banda de Música na sede daquela
composição. Primeiro como observador e, depois, começou a pegar alguns
instrumentos e treinar alguns sopros. Já no final da adolescência, o jovem
Joaquim já havia desenvolvido alguma intimidade com os instrumentos musicais. Em
1916, completando 18 anos foi servir ao exército na capital paraibana. Lá,
demorou pouco tempo, pois, sua mãe não suportando a saudade do filho caçula foi
buscá-lo de volta. Esse afago materno teria sido prejudicial ao futuro maestro
Joaquim Leandro uma vez que o mesmo já estava engajado na Banda Musical do Exército.
Porém, na qualidade de autodidata que sempre foi e muito inteligente, Joaquim
não teve dificuldades em continuar no seu afã musical. O pouco aprendizado lá
fora foi suficiente para que o mesmo se tornasse um expert, tanto na execução de instrumentos musicais como na arte de
compositor. Exímio conhecedor das partituras musicais compôs vários dobrados (o
que infelizmente perdeu-se com o tempo) e tornou-se maestro da Banda
Filarmônica de Princesa. Abriu uma Escola de Música por onde passaram vários
músicos princesenses que se destacaram, alguns se tornando famosos pela sua
competência artística nesse campo, a exemplo de: Francisco Soares de Araújo,
mais conhecido como “Canhoto da Paraíba”; Manoel Marrocos Sobrinho; Antônio
Dellano; dentre outros. Quando vivia em Princesa, Joaquim Leandro de Carvalho
residiu à Rua Juarez Távora (mais precisamente, em frente ao oitão do prédio
onde hoje funciona a Agência do INSS). Já com mais de sessenta anos, por força
da necessidade de estar junto da família (filhos) que se haviam mudado todos
para São Paulo, foi ali residir e nunca mais voltou a Princesa. Na capital
paulista, o maestro continuou produzindo musicalmente. Em visita a familiares
que residiam no Recife veio a falecer com pouco mais de 70 anos no início da
década de 1970. Esta homenagem, mais do que merecida, resgata pequena parte da
história daquele que foi um dos maiores musicistas de Princesa e, não fora esta
iniciativa, estaria para sempre esquecido.
(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO
MAXIMIANO ROBERTO, EM, 07 DE JUNHO DE 2019).
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