ERENILSON BEZERRA DE
SIQUEIRA, mais
conhecido como “Rena Bezerra”, nasceu em São José de Princesa em 02 de novembro
de 1969, mais exatamente no sítio “Alto dos Bezerras”. Filho do agricultor
Edilson Bezerra e da professora Rita Henriques, é pai de Renata. Erenilson
iniciou seus estudos na Escola Elementar Distrital Mista de São José onde
concluiu o curso primário. Em 1981 foi estudar o ginasial na Escola Cenecista
“Nossa Senhora do Bom Conselho” em Princesa e em 1985 iniciou o curso
científico na mesma escola. Em 1986 foi estudar em Campina Grande onde concluiu
o científico. Em 1989 prestou vestibular para o curso de Bacharelado em
Biologia pela Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde – FAFOPA,
obtendo êxito no vestibular e havendo concluído o curso superior em 1993. Antes
mesmo de se formar, Rena lecionou nas seguintes escolas: Cenecista “Nossa
Senhora do Bom Conselho”; “Gama e Melo”; “Alcides Vieira Carneiro”; Instituto
“Frei Anastácio” e “Iracema Marques”, todas em Princesa.
Desenvolvimento artístico
Ainda adolescente
- aos 14 anos de idade -, descobriu sua tendência para o fazimento de versos e
começou, na escola, a fazer rimas sobre temas diversos. Sempre que visitava as
feiras livres se interessava grandemente pelos versos de cordel que eram recitados
naquelas oportunidades, a exemplo do cordel “Pavão Misterioso”; “A Donzela
Theodora”; “Coco Verde e Melancia”, dentre outros. Em 1990, aos vinte e um anos
de idade, Erenilson escreveu o seu primeiro cordel, intitulado: “O Morto que
não Morreu”, o que foi um sucesso de divulgação e vendas quando lançado em 2012,
portanto, 12 anos após sua composição. Segundo o cordelista princesense, o
mesmo já escreveu mais de 300 cordéis, porém, publicados foram apenas cerca de
30. O mais famoso deles, por sua ampla divulgação - e que tem sua capa
reproduzida acima -, é o cordel lançado em 2015, intitulado: “O Encontro de
Lampião com o Caboclo Marcolino” – do qual citamos algumas estrofes abaixo -, e,
o mais recente trabalho composto e divulgado por Erenilson Bezerra é o cordel ”Ilustres
Anônimos da Minha Terra”, lançado já neste ano de 2019 e com ampla repercussão
pela qualidade dos versos e felicidade na escolha do sugestivo tema que, além
de homenagear pessoas simples que fizeram parte da construção da história
popular de Princesa, se constitui também num resgate por demais interessante e
de grande importância para a cultura do nosso município.
Alguns versos
Eis aqui algumas
estrofes do mais famoso Cordel de Rena Bezerra: “O Encontro de Lampião com o
Caboclo Marcolino”, numa referência à prisão de Marcolino Pereira Diniz pelo
assassinato do juiz de Triunfo/PE;.
E Lampião ao saber
Da prisão de Marcolino,
Mandou levantar os cabras
João Dedé e Jesuíno,
Gitirana e Gavião
Jandaia, Gato e Baião
Luís Pedro e João Cirino.
Depois de tudo acertado
Lampião esvaziou,
A cadeia de Triunfo
Que Marcolino guardou,
Desmoralizou o estado
Foi preso pra todo lado
Todo mundo se mandou.
O bando de Lampião
Mostrando que nunca atrasa,
No pingo do meio-dia
O sol quente que nem brasa,
Libertaram Marcolino
E
trouxeram esse ferino
Para
se tratar em casa.
Assim Lampião pagou
Um favor a seu Marçal,
Que ficou agradecido
De uma maneira tal,
Que ainda disse a Lampião:
Por aqui nesse rincão
Você é o maioral.
Pela pródiga produção poética aliada à
qualidade literária de seu trabalho, está, Erenilson Bezerra, merecedor de ser
inscrito no rol dos princesenses ilustres, que, pelo interesse em divulgar as
coisas do nosso município, num resgate cultural e histórico sem par, traz à
baila os havidos e acontecidos de Princesa na forma de versos nesse módulo
cordelista que, pelo regionalismo se faz muito nosso.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 19 de agosto de 2019).
Parabéns ao idealizador dessa homenagem ao poeta cordelista Rena Bezerra, confesso que sempre fui apaixonada pela Literatura de Cordel e qual não foi a minha felicidade ao saber que eu tinha um primo poeta e melhor ainda, cordelista. Nós , os amantes da Literatura de Cordel, só
ResponderExcluirtemos a agradecer ao Rena por mais esse lançamento.
Obrigado prima e professora Zuleide, estamos juntos nessa caminhada. Abraço.
ExcluirJusta e acertada homenagem! Nosso professor, poeta e agricultor, a quem rendo homenagens pela conjugação desses predicados que mencionei, é mais um dos ilustres de nossa terra, em especial pelas benfazejas que distribui, um incansável lutador pela melhor formação de seus alunos, leitores e admiradores!!! Mestre e amigo Dominguinhos, mais um cirúrgico acerto na escolha do homenageado!!! Reitero os elogios, dos quais és igualmente digno!!!
ResponderExcluirGrande fazendeiro, advogado dos bons(tem a quem puxar) e amigo Guga, você é o cara, obrigado por tantas qualidades a mim distribuídas no seu relevante comentário. Grande abraço.
ResponderExcluirGostaria de salientar que a capa do cordel O encontro de Lampião com o Caboclo Marcolino é um extraordinário trabalho em xilogravura do amigo e doutor Rômulo Paiva, tavarense e que ora trabalha no programa mais médico em Jaguarão do Sul-RS.
ResponderExcluirÓtimo!
ResponderExcluirEita primo, cada vez mais vc me enche d orgulho por ter um primão cm vc ! O melor cordealista da nossa amada zona nordestina. "PARABÉNS PRIMÃO !!! Q DEUS SEJA SUA GUIA" hoje e sempre. Vai em frente fime e forte !ABRAÇOS ! GRANDE HEROI!!!
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