Já observei que as matérias que posto neste Blog, que são
desfavoráveis ao governo Bolsonaro, quando não recebem críticas negativas,
simplesmente são ignoradas ou lidas em surdina. É claro que grande parte dos
que acessam esse veículo de comunicação, é formada por pessoas de classe média,
que emprestaram apoio ao presidente Bolsonaro nas últimas eleições e ainda
apostam no sucesso desse governo. Tudo bem. Posso até concordar com o compasso
de espera. Porém, enquanto esperam, deveriam observar que as ações desse
governo são voltadas, sempre, em fomentação de prejuízos para os menos
favorecidos. Os menores são os que mais sofrem com as ações dessa administração.
Agora, através do “pacote” de medidas que o Planalto enviou ao Congresso
Nacional, consta o desmonte de vários municípios brasileiros. Só na Paraíba,
serão 67 as cidades que poderão deixar de existir. É um retrocesso e tanto para várias
comunidades urbanas que já se firmaram com sua identidade de cidades e, agora, poderão
voltar a ser dependentes de cidades vizinhas maiores. Em nossa Região - em se
tornando realidade a proposta de Bolsonaro -, São José de Princesa deixará de
ser cidade e voltará à condição de Distrito. Ou seja, deixará de ser dona de si
e passará a depender, de novo, de Princesa.
Hipocrisia institucional
Observei nos noticiários televisivos de ontem que, quase todos
os “âncoras” dos jornais noturnos, exultaram com o provável fim de vários
municípios e, consequentemente, de vereadores, prefeitos, secretários, etc.
Ora, registro aqui a título de esclarecimento: esses repórteres deveriam dizer
também que o dinheiro que hoje vai, para São José de Princesa, por exemplo,
voltará a ser incorporado aos repasses que serão feitos ao município que o
incorporará. Nesse caso, vai aumentar também o repasse para a Câmara Municipal
de Princesa. Ou seja: não haverá economia; apenas centralização dos recursos o
que, com certeza, prejudicará a população desses municípios que serão extintos.
Deixo aqui uma pergunta: o que é melhor para os pequenos municípios ora
existentes, administrarem seus próprios recursos ou dependerem de uma outra
cidade? Por tudo isso, considero essa proposta do Governo Central, um tremendo
retrocesso. Com a palavra, os senadores e os deputados federais que, com
certeza, no exercício do corporativismo que lhes é peculiar, para o bem das
comunidades urbanas menores, continuará tudo como d’antes, no quarte
D’Abrantes.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 06 de novembro de 2019).
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