Hoje, 20 de novembro, aniversário da morte do herói negro,
Zumbi, comemora-se o “Dia da Consciência Negra”. Efeméride que foi instituída
para lembrar a importância e valorizar um povo que muito contribuiu e contribui
para o desenvolvimento histórico, econômico e cultural do Brasil. Afinal, é o
nosso país, a nação que tem a maior população negra do mundo. É verdade que a
inclusão social de segmentos humanos historicamente discriminados, não se
resolve somente com a criação de leis que tentem regulamentar isso. Porém, não
deixa de ser um passo importante pois, no Brasil, em que pese as estatísticas
serem desfavoráveis aos negros (65,2% dos desempregados são negros), algumas já
se apresentam favoráveis, graças às leis complementares que foram estatuídas na
esteira desse afã em resgatar direitos dos afrodescendentes, a exemplo dos
números que hoje mostram que os negros já são maioria nas Universidades
Públicas do Brasil.
A exclusão
A incompatibilidade racial no Brasil é pequena e menos
notória em nossa sociedade, porém, temos que combater a exclusão social a que
são submetidos os negros, o que para muitos significa quase que uma morte. Nada
temos de diferentes. Somos todos iguais. Até porque, no Brasil, quase todos têm
nas veias sangue branco. Sabemos que quase todos os negros descendem de um pai
português, espanhol, holandês... Como dizia o ex-presidente da República,
Fernando Henrique Cardoso: “Todos nós
temos um pé na cozinha”. Por que discriminar? Portanto, que as comemorações
de hoje - possibilitadas pela Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003 e que
somente foi sancionada em 2011 -, sirvam de motivo para botarmos a mão na
consciência e para que promovamos a igualdade entre todos. Afinal, nenhum homem
ou mulher nasceu escravo, foram escravizados e hoje, todos libertos, devem ter
os mesmos direitos e as mesmas oportunidades.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 20 de novembro de 2019).
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