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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

CONSCIÊNCIA NEGRA





Hoje, 20 de novembro, aniversário da morte do herói negro, Zumbi, comemora-se o “Dia da Consciência Negra”. Efeméride que foi instituída para lembrar a importância e valorizar um povo que muito contribuiu e contribui para o desenvolvimento histórico, econômico e cultural do Brasil. Afinal, é o nosso país, a nação que tem a maior população negra do mundo. É verdade que a inclusão social de segmentos humanos historicamente discriminados, não se resolve somente com a criação de leis que tentem regulamentar isso. Porém, não deixa de ser um passo importante pois, no Brasil, em que pese as estatísticas serem desfavoráveis aos negros (65,2% dos desempregados são negros), algumas já se apresentam favoráveis, graças às leis complementares que foram estatuídas na esteira desse afã em resgatar direitos dos afrodescendentes, a exemplo dos números que hoje mostram que os negros já são maioria nas Universidades Públicas do Brasil.

A exclusão

A incompatibilidade racial no Brasil é pequena e menos notória em nossa sociedade, porém, temos que combater a exclusão social a que são submetidos os negros, o que para muitos significa quase que uma morte. Nada temos de diferentes. Somos todos iguais. Até porque, no Brasil, quase todos têm nas veias sangue branco. Sabemos que quase todos os negros descendem de um pai português, espanhol, holandês... Como dizia o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso: “Todos nós temos um pé na cozinha”. Por que discriminar? Portanto, que as comemorações de hoje - possibilitadas pela Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003 e que somente foi sancionada em 2011 -, sirvam de motivo para botarmos a mão na consciência e para que promovamos a igualdade entre todos. Afinal, nenhum homem ou mulher nasceu escravo, foram escravizados e hoje, todos libertos, devem ter os mesmos direitos e as mesmas oportunidades.


(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 20 de novembro de 2019).

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